Velogames — Tour Down Under

O Down Under é a terra das oportunidades. Na primeira prova da época, qualquer um pode estar bem. E o Fisher-Black pode valer 14.

Velogames — Tour Down Under
Tour Down Under 2025

Análise ao percurso: ver Antevisão — Tour Down Under.

Sistema de pontuação: ver Fantasy Tour Down Under — Scoring Points.

Um pequeno intervalo no Dry January para a cerimónia do pódio do Down Under 2024. (fonte: X do Santos Tour Down Under)

Shortlist falso plano

  • Jhonatan Narváez (22) — Em 2024, o equatoriano foi terceiro no Willunga Hill e segundo na geral, batido apenas por Stephan Williams. Não são muitas as ocasiões em que o percurso permite a Narváez lutar pelos classificações gerais, mas esta é inegavelmente uma delas. E este ano está na UAE. (Não me parece que seja saudável levar dois elementos de 22, está é a minha opção em detrimento de Stephen Williams.)
  • Oscar Onley (18) — Era final de Setembro/início de Outubro de 2022 e estávamos na Croácia. Um jovem britânico agarrava-se à roda de Jonas Vingegaard como se fosse um adversário temível. O tempo passou e Onley está ainda à procura de se afirmar de forma categórica no World Tour. Mas 2025 pode ser esse ano (estará no Tour…). O britânico foi o vencedor da ascensão a Willunga o ano passado e volta com sede. Um dos grandes candidatos à vitória final — apesar de uma queda durante um treino ainda antes do Natal.
  • Jay Vine (16) — A sua única vitória da carreira em classificações gerais foi aqui em 2023. É o dorsal número um da equipa e o facto de ser australiano não é para ser ignorado. A forma é, no entanto, uma incógnita — perder os nacionais de contrarrelógio para Luke Plapp não parece grande indicador.
  • Sam Welsford (16) — A cada corredor, a sua Volta a França. E para o campeão olímpico de perseguição na vertente colectiva, estes últimos dias de Janeiro sabem a Julho. À falta de cangurus à solta nos Campos Elísios, Welsford vai tentar repetir a dose de 2024: vencer três etapas. Fica difícil não levar.
  • Finn Fisher-Black (14) — Feche os olhos, estimado leitor. Pense em pradarias sem fim à vista, pense numa cor, na cor que quiser, pense que essa cor domina a perspectiva, já está? Agora abra os olhos e tente não cair da cadeira: o Fisher-Black vale 14 numa fantasy. Algo que provavelmente nem o próprio algum dia sonhou, algo que nenhuma pradaria seria capaz de inventar. A verdade é que o traçado é bem ao seu jeito, mas para isto compensar é preciso que o Herói de Bejes feche no pódio. É fechar os olhos e rezar.
  • Corbin Strong (14) — Welsford custa 16. E isso já é uma talhada forte no orçamento. Gastar mais 14 biscas num sprinter é ousado e por isso eu sugiro que se o vão fazer, o façam com Strong, rapaz da casa e que se aguenta bem nas subidas.
  • Phil Bauhaus (14) — Também se pode dar o caso de Bauhaus estragar a festa a Welsford. É experiente, potente e já venceu aqui — gosta particularmente da chegada a Tanunda, venceu em 2023 e foi segundo em 2024; este ano a localidade volta a receber uma chegada ao segundo dia. Se são daquelas pessoas que acreditam no destino pode estar aqui uma solução mais em conta.
  • Luke Plapp (14) — É Janeiro, estamos na Austrália e como tal Plapp tem de estar nesta shortlist. Isso não quer dizer que eu o vá levar.
  • Mauro Schmid (12) — O Schmid já foi um corredor muito mais fiável. Mas também é preciso dizer que percorrer o perfil das várias etapas deste Down Under é saber que um Schmid em forma pode estar bem em vários dias. Malta, é a primeira prova do ano, eu sei lá.
  • Tim Torn Teutenberg (10) — Tem a infelicidade de ser apelidado muitas vezes de TTT, o que também é sigla para Team Time Trial, algo muito aborrecido e de que ninguém com dois dedos de testa gosta. Ainda assim, o sprinter alemão da Lidl-Trek é uma flecha cheia de andamento. 10 talvez seja excessivo, mas pode surpreender.
  • Lukas Nerurkar (10) — Eu gostava que ele estivesse aqui ao serviço de Chavito. Mas mesmo o mais cego fã do astro colombiano tem de encarar a realidade: Nerurkar é uma opção muito mais válida. Tem aquele kick sempre necessário para voar neste Down Under.
  • Paul Lapeira (10) — Não é de todo o cenário mais evidente, mas a terceira e quarta etapa podem servir os intuitos do francês, que tanto gosta de ataques tardios ou sprints em grupos reduzidos.
  • Marc Soler (10) — Mais um homem perigoso dentro da UAE. Soler preferia seguramente ter mais dureza no percurso, mas sabemos como, se estiver para aí virado, ataca a desnível de 2%, positivo ou negativo. E convenhamos que patrão fora, dia santo na loja.
  • Matthew Brennan (8) — Depois de um ano ao serviço da equipa de desenvolvimento — e com resultados bastante interessantes —, Matt Brennan aproxima-se do peixe graúdo. Tem 19 anos e é rápido como tudo. Cuidado.
  • Albert Withen Philipsen (8) — Aos 18 anos, o dinamarquês é um dos maiores prodígios do ciclismo mundial e vai ser cabeça-de-cartaz durante muitos anos, assim tudo lhe corra de feição. Vejamos como esta primeira experiência no World Tour lhe corre. O ano passado, Isaac del Toro estreou-se a vencer por estas bandas.
  • Rui Oliveira (6) — Não digo que seja dos mais rápidos desta startlist. Mas a concorrência não é propriamente abundante e sabemos da destreza na colocação e da inteligência na leitura de corrida. Rui, se estiveres a ler isto fica aqui escrito que eu não te acho um 6. Tu vales muito mais.
  • Henri Uhlig (6) — Se é ele que vai sprintar na Alpecin eu não posso garantir. Mas se for podem dizer que vão da minha parte.
  • Robert Stannard (6) — Em 2024, Rob Stannard correu pouco. Ou seja, está fresquinho. E a 6 parece uma air fryer na Black Friday.
  • Sven Erik Bystrøm (4) — Eu sei, desde que está na Groupama que Bystrøm parece ter-se esquecido como é que se pedala. Mas a verdade é que o norueguês já foi sétimo na geral desta prova. E esse é o tipo de argumento que estamos à procura na hora de escolher um corredor que vale 4.
  • Diego Pescador (4) — Mais um sétimo que importa referir. No caso do jovem trepador colombiano foi no Tour de l'Avenir 2024. Pode aparecer em Willunga.
  • Daniel Skerl (4) — O jovem sprinter italiano está aqui em estágio com Phil Bauhaus. Não sei se será o seu lançador, mas nem que seja por assist points pode render qualquer coisinha.
  • Andrea Raccagni Noviero (4) — Outro ragazzi. Este a meio caminho entre o sprint e o contrarrelógio. Pode ser a opção da Soudal para as chegadas em pelotão compacto.
  • Donovan Grondin (4) — A prova de que a Arkéa está à beira do fim é que esta é capaz de ser a sua melhor opção para o sprint. Se não for Grondin, será Giosuè e não é que algum deles tenha grandes possibilidades de sonhar com um top-5.

Código da liga falso plano: 331446411