Rescaldo de Véspera — Omloop Nieuwsblad WWT

Quem joga Fantasy gosta de apostar no futuro, que tal vermos a prova hoje? 🔮

Rescaldo de Véspera — Omloop Nieuwsblad WWT
'Tá fácil (foto: lnkl)

Introdução

Começando pelo fim, que vitória espetacular! Venceu de forma imperial, foi perfeita na leitura da corrida e, para finalizar, ao sprint, seja em grupos grandes ou pequenos, é a melhor do mundo.

Com uma manhã húmida e alguns chuviscos, era esperado que assim fosse ao longo do percurso. Mas nada ia parar estas ciclistas no fim de semana de abertura das clássicas. Na vigésima edição da prova, contávamos, à partida, com grandes nomes do ciclismo feminino atual, como Vollering, Wiebes, Balsamo, Niewiadoma, Reusser, Lippert, Puck Pieterse, entre muitas outras ciclistas de qualidade. As principais ausências foram as de Marianne Vos, campeã em título, Lotte Kopecky e Longo Borghini, que completaram o pódio no ano anterior. A única ciclista que poderia fazer a dobradinha era Tiffany Cromwell, ciclista australiana da Canyon, que venceu esta prova em 2013.

A corrida

Como era esperado, a fuga demorou a consolidar-se. Já tínhamos passado o primeiro setor de pavé quando a fuga se formou. Mas nada de pânico para Lorena Wiebes, que iria ser a vencedora no final do dia. A equipa já tinha uma estratégia definida e era essa que iam seguir. Com o passar dos quilómetros e o aproximar da fase mais dura da corrida, houve algumas quedas pelo caminho, mas tudo tranquilo para ela.

Ao quilómetro 81, com a entrada nos muros e no pavé, ela tinha de estar na frente. Sabia que viriam aí ataques e tentativas. Os dois trechos mais temidos nesta fase eram o Molenberg e o Berendries. E não falharam: em ambos, tivemos ataques das favoritas, mas Wiebes conseguiu defender-se muito bem. No Berendries, foi mais complicado, com ataques de Vollering, Reusser e Niewiadoma.

Seguiu-se uma acalmia num mini pelotão e um período de desconfiança. Todas sabiam o que vinha pela frente: num espaço de 6 quilómetros, entre o início do Muur (1,1 km a 7,2%) e o fim do Bosberg (0,9 km a 6,1%), seria a parte decisiva da corrida. As principais figuras tentaram atacar no Muur, e Vollering conseguiu sair, juntamente com Niewiadoma e Puck. A Team SD Worx, nesta fase reduzida a três ciclistas (Lach, Mischa e Wiebes), viu Balsamo descolar. Começaram a trabalhar para tentar apanhar as fugitivas, tendo a ajuda da Movistar, com Lippert e Reusser. O grupo ainda mantinha a hipótese de alcançar algo. Chegando ao Bosberg com poucos segundos de vantagem, Lippert tentou fazer a ponte para o grupo da frente, mas sem sucesso. Houve mais ataques, como o de Thalita de Jong, mas apenas alongaram o grupo.

Na descida, juntaram-se atrás , ainda com as três ciclistas na frente, com 12 quilómetros até à meta e apenas 15 segundos de vantagem. Atrás, começaram a organizar-se para apanhar as da frente, mas ninguém queria levar Wiebes à vitória. Por outro lado, assim estavam fora do pódio. Então, vimos Reusser e Rose a trabalhar para as suas sprinters ou ciclistas que finalizam (Lippert e Paternoster), juntamente com Lach e Mischa. Conseguiram alcançar as fugitivas já dentro dos 2 km finais. A partir desse momento, a SD Worx assumiu o seu comboio de três ciclistas, e o resto é história: com um sprint a 250 metros, sem hipótese alguma para a concorrência, Lorena Wiebes ganha a sua primeira Omloop Het Nieuwsblad, após já ter ficado em segundo e terceiro em anos anteriores. A fechar o pódio, tivemos Pesico e Paternoster.