Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux: uma equipa exemplar

Esta equipa vai ganhar um monumento em 2023.

Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux: uma equipa exemplar
Intermarché - Wanty - Gobert Matériaux (foto: Intermarché - Wanty - Gobert Matériaux)

Se até 2016 torcia pela Tinkoff de Contador, Majka e Sagan, desde 2017 ganhei simpatia pela competência da BORA-hansgrohe, que recrutou os dois últimos e cimentou-se como um dos melhores blocos do WT com Ackermann, Bennett e Schachmann. Em 2019 fiquei rendido ao talento de Tadej Pogačar e desde aí à UAE Emirates que tem montado um plantel cada vez mais equilibrado, conjugando juventude e experiência, capaz de lutar em todas as frentes, foi um tirinho.

Entretanto surgiu outra equipa que me enche as medidas e é desse conjunto que quero falar: Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux.

Em Setembro de 2020 a equipa belga Circus-Wanty Gobert adquiriu a licença WT que era detida pela extinta CCC Team e ascendeu ao escalão máximo do ciclismo mundial no ano seguinte, já como Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux. Desde aí, a equipa liderada Jean-François Bourlart tem tido uma evolução notável e sustentada.

2020 — Circus-Wanty Gobert (PRT): A transição

Na temporada imediatamente anterior à entrada no World Tour, o conjunto belga teve um desempenho muito discreto: apenas quatro vitórias e todas em provas pouco relevantes. Xandro Meurisse conquistou uma etapa e a geral na Vuelta Ciclista a la Región de Murcia (2.1) e Loïc Vliegen e Danny van Poppel conquistaram as clássicas Tour du Doubs (1.1) e Gooikse Pijl (1.1), respetivamente.

No final da temporada os dois nomes mais relevantes que sairam foram Xandro Meurisse e Timothy Dupont. O classicomano belga, que era uma das caras da equipa nos dois anos anteriores, a par de Andrea Pasqualon e Guillaume Martin, saiu após uma temporada discreta, sem qualquer vitória e com apenas um par de pódios — em 2018 tinha estado no pódio por oito ocasiões e em 2019 por onze vezes, conquistando uma vitória em cada uma dessas temporadas.

2021 — Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux (WT): A estreia

Na entrada para o World Tour reforçaram-se discretamente. Recrutaram apenas cinco corredores de equipas WT: Louis Meintjes da NTT Pro Cycling, Taco van der Hoorn, que foi dispensado pela Jumbo-Visma, e Georg Zimmermann, Jan Hirt e Jonas Koch, ciclistas da extinta CCC.

Fora deste lote, o melhor reforço chegou da Vini Zabù-KTM. Lorenzo Rota, um corredor italiano com bastante potencial, muito regular em corridas de um dia e já com três participações no Giro, foi um reforço certeiro.

O veterano Rein Taaramäe, proveniente da Team Total Direct Energie, revelou-se um reforço muito importante no início desta caminhada no WT.

Em Agosto assinaram contrato com aquele que é, ao dia de hoje, a grande estrela da equipa: Biniam Girmay. O ciclista eritreu corria na DELKO, de José Azevedo, que foi desmantelada a meio da temporada devido a problemas financeiros.

As perspectivas não eram boas. O plantel era o mais fraco do WT.

Se no ano anterior, tinham conquistado apenas quatro vitórias sem grande importância, em 2021 conseguiram nove triunfos, alguns deles em grandes palcos, além de uma série de bons resultados e do desenvolvimento sustentado de jovens como Girmay, Hermans e Rota.

O primeiro grande momento da equipa no WT aconteceu no dia 10 de Maio, com a vitória mítica de Taco van der Hoorn na terceira etapa do Giro d'Italia. O ciclista neerlandês conseguiu chegar quatro segundos antes do pelotão, numa vitória a solo numa tirada que se esperava de sprint massivo. A Intermarché era considerada uma das equipas mais fracas dessa edição do Giro e Taco tinha sido dispensado da Jumbo-Visma, pelo que esta vitória teve bastante significado. Arrisco-me a dizer que foi o momento mais emocionante do ano no mundo do ciclismo.

A emocionante vitória de Taco van der Hoorn na terceira etapa do Giro em 2021 foi o primeiro grande momento da equipa no WT. (foto: twitter Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux)

O corredor neerlandês, após duas épocas de menos fulgor na Jumbo-Visma, deu uma nova vida à sua carreira e afirmou-se como um dos melhores fugitivos do pelotão, vencendo também uma etapa no Benelux Tour e a clássica belga Omloop van het Houtland Middelkerke-Lichtervelde.

Rein Taaramäe conquista a roja em Picón Blanco na terceira etapa da Vuelta 2021. (foto: twitter Teledeporte)

O outro palco onde a equipa brilhou foi a Vuelta. A equipa belga teve uma edição de sonho com uma etapa conquistada e um total 9 dias com a roja, com dois ciclistas diferentes. Rein Taaramäe venceu a terceira etapa no Picón Blanco, conquistando a roja, para a perder dois dias depois, devido a uma queda. Odd Christian Eiking recuperou a roja na décima etapa, apenas para a perder já na décima sétima, em Lagos de Covadonga, onde também foi vítima de um acidente. O azar da equipa não se ficou por aqui: Louis Meintjes estava bem encaminhado para terminar dentro do top-10 mas uma aparatosa queda na etapa 19 obrigou o sul-africano a abandonar.

Odd Christian Eiking disfrutou da roja por sete dias. (foto: Photogomezsport)

No final da temporada, dispensaram os excedentários e apenas libertaram dois corredores de qualidade: Danny Van Poppel e Odd Christian Eiking. O corredor neerlandês saiu para a BORA. Hoje em dia considerado por muitos o melhor lançador do mundo, teve uma segunda metade de 2021 fantástica, conquistando duas vitórias — Egmont Cycling Race (1.1) e Binche - Chimay - Binche / Mémorial Frank Vandenbroucke (1.1) — e uma série de bons resultados nas clássicas e na Volta à Polónia, onde conquistou a camisola dos pontos. Esses bons desempenhos valeram-lhe um contrato chorudo na BORA, onde está a dar continuação ao bom momento. Eiking, que tinha feito uma época muito sólida, com destaque para o sétimo lugar na Clássica de San Sebastian, segunda na Noruega e décimo primeiro na Vuelta, onde andou de roja por sete dias, saiu para a EF Education-EasyPost, e está a ter um 2022 muito discreto.

Nas contas finais do ano, a Intermarché conseguiu terminar à frente da Arkéa-Samsic, Lotto-Soudal, BikeExchange, Qhubeka NextHash e DSM no ranking UCI. Nada mau para aquela que era, teoricamente, a pior equipa no World Tour.

2022 — Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux (WT): A afirmação

Voltaram a ter um mercado sem grandes loucuras, mantendo a coerência de apostar na experiência — Kristoff e Pozzovivo — e na juventude — Page e Thijssen. E esta estratégia resultou em cheio.

O reforço de maior peso, literalmente, foi Alexander Kristoff. O veterano norueguês, já numa fase descentente da carreira, estava a fazer um 2021 muito discreto, com apenas um pódio — segundo no Trofeo Alcudia-Port d'Alcudia, atrás de um Greipel já em pré-reforma — até ao início de Agosto, altura em que acordou a transferência para a Intermarché, juntamente com o colega de equipa Sven Erik Bystrøm. Desde esse momento, ainda na UAE Emirates, ganhou vida, e fez uma segunda parte da temporada de alto nível: dois segundos lugares e vencedor dos pontos na Artic Race na Noruega, outro segundo lugar na Volta à Noruega, duas vitórias e terceiro à geral na Volta à Alemanha assim como o terceiro lugar na Eschborn-Frankfurt. Nesta temporada, já ao serviço da Intermarché, soma já perto de uma vintena de pódios e cinco vitórias. Destaco a categórica vitória a solo na histórica clássica de Scheldeprijs e o triunfo impressionante que obteve no Circuito Franco-Belga. Bourlart acertou na mouche com esta contratação. Além da mentoria para jovens como Girmay e Thijssen, o veterano , que repartiu a liderança da equipa nas clássicas com Girmay, ofereceu algumas vitórias e muitos pontos UCI à equipa.

Van Gestel e Campenaerts não tiveram pernas para evitar a vitória de Kristoff no Circuito Franco-Belga. (foto: twitter Nieuwsblad Sport)

Domenico Pozzovivo, veterano italiano de 39 anos, ficou sem equipa após a extinção da Qhubeka NextHash no final de 2021. As equipas WT pensavam que Pozzo estava morto e não quiseram apostar no velhote, que tinha tido um 2021 muito discreto. Apenas em meados de fevereiro conseguiu um contrato. A Intermarché decidiu arriscar e ofereceu um contrato até ao final do ano para o voltista de Policoro. E não se arrependeu, o pequeno trepador fez oitavo num Giro onde até teve vários azares, a começar pela queda na descida do Mortirolo, durante a décima sexta etapa, quando era quinto na geral.

Gerben Thijssen, sprinter com muito potencial, foi contratado à Lotto-Soudal e já provou que consegue bater-se com os melhores. O jovem já levantou os braços por três vezes, com destaque para as vitórias na Polónia, primeiro no WT, e na clássica Gooikse Pijl, onde, lançado por Kristoff, bateu nomes de topo como Philipsen, Groenewegen ou De Lie. Uma aparatosa queda na segunda etapa da Vuelta fez com que tivesse de abandonar precocemente a prova de três semanas, onde era um forte candidato a ganhar uma etapa.

Outro reforço com bastante potencial e que vai dar de falar nos próximos anos: Hugo Page. Estejam atentos.

No dia 27 de Março fez-se história. Um ciclista africano ganhou pela primeira vez uma das principais clássicas do circuito WT. Biniam Girmay, um jovem eritreu, venceu a mítica Gent-Wevelgem na sua epóca de estreia nas clássicas de primavera, e afirmou-se nesse dia como um dos craques do pelotão internacional e tornou-se a maior estrela do ciclismo em África.

Bini Vidi Vici @ Gent-Wevelgem (foto: ChrisAuldPhoto)

Em Maio chegávamos ao Giro e um dos principais aliciantes da prova era o duelo Van der Poel vs Girmay pela maglia ciclamino. O corredor eritreu começou o Giro em grande forma: seis top-5 em dez etapas, com vitória na décima tirada. Com esse triunfo tornou-se no primeiro africano negro a vencer uma etapa na Volta à Itália. Fez história, mais uma vez. E estava bem encaminhado para a camisola dos pontos, a três pontos de Démare e 58 pontos à frente de MvdP, mas uma lesão caricata durante a celebração obrigou ao abandono antes de arrancar a décima primeira etapa: ao abrir a tradicional garrafa de champanhe, a rolha acertou-lhe no olho esquerdo, provocando uma hemorragia na câmara anterior desse olho.

Apesar deste revés, ainda tiveram motivos para celebrar: Jan Hirt, que já tinha vencido a etapa rainha e a geral no Tour de Omã, venceu a etapa 16 e finalizou no sexto lugar da geral, a apenas 14 segundos do top-5, e Pozzovivo fechou em oitavo. Duas vitórias e dois corredores no top-8 é sem dúvida um Giro de sonho para o conjunto belga. E não fosse o champanhe ter gás a mais — ou Bini ter jeito a menos —, e provavelmente teriam conquistado a ciclamino e quem sabe mais alguma vitória em etapa.

As duas grandes voltas seguintes também foram positivas para a equipa, em grande parte devido a Louis Meintjes, que voltou à forma de outrora. Sexto classificado no Critério do Dauphiné, partiu para o Tour com a motivação em alta e conseguiu a sua melhor prestação de sempre na Volta a França: foi sétimo classificado — já não fazia um top-10 numa grande volta desde 2017 — e brilhou na etapa 9 da Vuelta, em Las Praeres, com uma imponente vitória a solo. O corredor sul africano, que já não ganhava desde 2015, já nos tinha surpreendido com uma vitória, também a solo, no Giro dell'Appennino no início de Junho.

Meintjes levantou os braços pela primeira vez no WT. (foto: twitter LOOK Cycle)

Além destes grandes momentos, há que destacar a evolução de Lorenzo Rota. O italiano já é um dos melhores e mais regulares dos pelotão em corridas de um dia. Que exibição na prova de estrada nos mundiais de Wollongong! Merecia a medalha. O seu crescimento em provas de uma semana também tem sido notável, fez top-5 nas últimas quatro participações em competições deste tipo: quarto no Baloise Belgium Tour, quarto no Tour da Valónia, campeão no Sazka Tour com vitória na segunda etapa e quinto classificado no Tour du Limousin.

À semelhança de Rota, há um corredor belga que, apesar de estar de saída, merece todos os elogios: Quinten Hermans. O belga também teve uma evolução muito interessante em corridas de um dia e em provas de uma semana. Conseguiu conquistar uma etapa no Baloise Belgium Tour, mas o ponto alto da temporada foi o surpreendente segundo lugar na Liège-Bastogne-Liège, à frente de Van Aert.

Ainda não chegámos ao final de Setembro e a melhor equipa belga da atualidade já soma 24 vitórias.

À data que escrevo este artigo, a Intermarché encontra-se no quarto lugar do ranking UCI (!), apenas atrás das super equipas Jumbo-Visma, INEOS Grenadiers e UAE Team Emirates. Caso vos tenha escapado: a Intermarché-Wanty-Gobert está à frente da Quick-Step Alpha Vinyl Team a pouco mais de duas semanas do final da temporada. É certo que as medalhas de Remco Evenepoel nos mundiais devem empurrar a Quick-Step para o quarto lugar mas, ainda assim, um top-5 é excelente e supera todas as expectativas.

Ranking UCI 2022 @ week 37

Agora as más notícias: Hermans, Hirt e Kristoff vão despedir-se da equipa no final desta temporada. O primeiro vai juntar-se a Van der Poel e Philipsen na também belga Alpecin-Deceuninck enquanto que o trepador checo vai juntar-se à matilha da Soudal—Quick-Step para dar suporte a Remco Evenepoel na alta montanha. Kristoff assinou por três temporadas com a equipa do seu país, a Uno-X Pro Cycling, onde será o capitão na estrada e terá um papel de mentor para os talentos emergentes da Dinamarca e da Noruega.

2023 — Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux (WT): A estabilização

Para já, ainda não oficializaram nenhum reforço sonante mas há quatro nomes confirmados que, com papéis diferentes, parecem-me opções muito interessantes.

Mike Teunissen, terá na Intermarché mais oportunidades para procurar a glória individual, esperando-se que noutros momentos seja fundamental no suporte a Girmay nas clássicas.

Rune Herregodts e Arne Marit, atualmente na Sport Vlaanderen-Baloise, são dois jovens belgas com muito potencial. O primeiro é um especialista em fugas e um contrarrelogista muito competente. Já celebrou duas vezes em 2022, nas primeiras etapas da Volta à Andaluzia e do Sazka Tour. Marit baixou muito o nível nesta temporada mas ainda é jovem e se recuperar o potencial pode ser um caso sério para as clássicas.

Um reforço surpreendente mas que faz todo o sentido: Rui Costa. A aposta na experiência tem dado resultado, então é continuar a seguir essa receita. Não esperem vitórias dele, esse tempo já lá vai, mas terão no português um verdadeiro capitão na estrada em todo o tipo de provas. Aproveitem míudos, há poucos como ele a posicionar-se. E a mamar roda.

O antigo campeão do mundo junta-se à Intermarché em 2023. (foto: twitter Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux)

O que falta?

Um voltista capaz de lutar por um top-5 em grandes voltas, é a componente mais débil da equipa e não me parece que haja grandes oportunidades no mercado. Só Louis Meintjes é curto. Mais ninguém parece capaz de finalizar num top-10 em três semanas.

Um sprinter puro. Posso sonhar? E se Arnaud De Lie ou Ewan não continuassem na Lotto-Dstny devido à despromoção iminente do WT? Tirando esta epifania, a verdade é que não há muitas opções na montra. Bauhaus seria uma opção interessante mas acabou de renovar. Cavendish encaixava perfeitamente nesta filosofia veteranos-jovens mas deve ter opções mais interessantes a nível financeiro. Que tal Cees Bol? Conseguiriam o milagre de o recuperar? Gaviria? Não, obrigado.

Um ciclista capaz de lutar por provas de uma semana e por clássicas mais duras, um Rota com capacidade na alta montanha. Conheço um que faz isto e até já ganhou uma etapa e a maglia azurra no Giro. E se lhe derem essa oportunidade, se calhar até safa um top-10. Bourlart, se estás a ler isto, há um no mercado e é português. Encaixava perfeitamente: Ruben Guerreiro. Aproveita esta que é de borla, a próxima já tens de pagar.

Potenciar os jovens

Os miúdos desta equipa vão continuar a ter oportunidades e a destacar-se. Eu aposto na explosão de Page e Zimmermann e na afirmação de Herregodts e Thijssen.

Caçar etapas nas grandes voltas

Têm nomes fortes, capazes de ganhar etapas em qualquer uma das três grandes voltas e deverão ter como objetivo pelo menos uma vitória em cada uma delas. Vamos ver um eritreu ganhar a maglia ciclamino?

Mais vitórias no WT

24 vitórias em 2022 mas apenas cinco foram no WT e três dessas cinco foram nas grandes voltas. O caminho é melhorar o desempenho em provas WT, nomeadamente nas corridas de uma semana. Girmay, Herregodts, Rota e Thijssen dão garantias.

O primeiro Monumento

Está escrito nas estrelas. Biniam Girmay vai ganhar um monumento em 2023.

A Filosofia

A filosofia de combinar a veterania com a juventude tem dado frutos. Todos tem oportunidades, sentem-se valorizados e acabam por apresentar resultados, muitas vezes acima de todas as expectativas. Nestes dois anos, quantos ciclistas proscritos se reencontraram e voltaram ao nível do passado? Meintjes não fazia um top-10 numa GV desde 2017 nem vencia uma corrida desde 2015. Kristoff é oitavo no ranking UCI e apenas tinha sido 69.º e 46.º nos dois anos anteriores. Pozzovivo já não fazia top-10 no Giro desde 2018. Taaramäe não vencia no WT desde 2016. Taco van der Hoorn não ganhava nada desde 2018. Hirt não tinha qualquer vitória desde 2016. Bem, se calhar, venha de lá o Gaviria.

O futuro

A aposta na juventude mantém-se e deixa boas perspectivas. Para 2023 estão garantidos quatro jovens com imenso potencial, a juntar aos já referenciados corredores da Sport Vlaanderen-Baloise, Herregodts e Marit.

  • Madis Mihkels, de apenas 19 anos, foi quarto classificado no recente mundial de sub-23. Em 132 participantes era o décimo segundo mais novo. No ano passado, o jovem proveniente da Estónia tinha fechado pódio no mundial de juniores.
  • Dries De Pooter, belga também de 19 anos, atualmente na Hagens Berman Axeon, conta já com dezenas de participações em corridas seniores da categoria 1 e 2.
  • Laurenz Rex e Tom Paquot, dois jovens de 22 e 23 anos, respetivamente, foram recrutados à Bingoal Pauwels Sauces WB. São belgas e por isso a sua especialidade são as corridas de um dia. Gosto.

A aposta na juventude não é um risco, é uma garantia de sucesso e sustentabilidade para o futuro. Esse processo tem é de ser feito no ritmo certo, respeitando a capacidade e a maturidade de cada corredor, sem queimar etapas. Nem todos os miúdos são prodígios como Ayuso, Evenepoel ou Pogačar.

Esta Intermarché conta com jovens que têm muita qualidade mas acima de tudo são corredores sem medo de arriscar. O futuro é risonho.

O futuro é risonho para Girmay e companhia. (foto: Cor Vos)