Cycling Fantasy — World Championships ME - RR

Nunca percebo nada de mundiais, nunca sei quem é que devo levar, nunca sei que tácticas vão fazer, nunca sei nada. Mas tinha de ser eu a escrever porque depois vou estar fora. Deve ganhar Remco.

Cycling Fantasy — World Championships ME - RR
Cycling Fantasy
Da última vez, em 2019, que uns mundiais se disputaram no Reino Unido, Yorkshire, Mads Pedersen foi o feliz contemplado. 

Análise ao percurso: ver Antevisão — World Championships ME - RR.

Shortlist falso plano

1200:

  • Remco Evenepoel — Sabemos como há pouco corredores com as suas características e vimos como a forma está excelente em San Sebastián. Vai ter de sair cedo — pelo menos a uns 40/50 quilómetros, se não antes —, e nessa primeira investida é provável que não vá sozinho. Depois é deixar quem consigo esteja para trás. É, provavelmente, o maior candidato à vitória.
  • Wout van Aert — Sempre que há mundiais lá vem a pergunta: então e o Wout? Pois. A pergunta permanece. Sabemos que Remco será o número um, mas isso também pode deixar algum espaço para quem venha a seguir.
  • Mads Pedersen — A equipa da Dinamarca é indubitavelmente uma das mais fortes constelações de estrelas que se apresentam à partida desta prova de estrada. E Mads Pedersen é talvez aquela que mais brilha. É um todo-o-terreno que sabe o que é ganhar mundiais. O grande problema é saber se sai no momento certo e se terá capacidade de ombrear com locomotivas como Remco Evenepoel ou Mathieu van der Poel, por exemplo.
  • Tadej Pogačar — Bom, não é suposto o esloveno vir aqui vencer, mas também não era suposto ele vencer a Volta à Flandres, por isso, já sabem, nunca desconsiderem o alien. É capaz de tudo e mais alguma coisa. E pode ser aquele sentimento de arrependimento no final.

1000:

  • Christophe Laporte — Nem é pela medalha de prata de 2022, é pela estupenda forma como tem andado este ano, mostrando que é um dos melhores do mundo em corridas de um dia que não sejam estupidamente acidentadas. Diria que está numa segunda linha de possíveis vencedores, juntamente com Mads Pedersen.
  • Mattias Skjelmose — É o tipo de percurso que lhe assenta muito melhor do que um dia com o Tourmalet pelo meio. Não sei em que momento de forma estará depois de um Tour em que se desgastou muito, mas acho que pode surpreender e é logicamente um candidato ao top-10.
  • Michael Matthews — Ahhh, como ele gosta destas corridas. A correr em casa, em Geelong (2010), foi campeão mundial de sub-23. Depois disso tem uma medalha de prata em Richmond (2015), um quarto lugar em Doha (2016), um terceiro lugar em Bergen (2017), um sétimo lugar em Imola (2020) e outro terceiro lugar em Wollongong (2022) — pelo meio uma série de resultados não tão interessantes. É preciso dizer mais alguma coisa? É: se há alguém que merece, é Michael Matthews.

800:

  • Mathieu van der Poel — No papel, talvez o maior candidato à vitória, isto é, aquele que melhor se adapta ao traçado, até pelas inúmeras curvas inseridas no circuito final. Claro que existe um senhor chamado Evenepoel, mas Van der Poel é um temível adversário. E até está mais barato.
  • Matteo Jorgenson — A temporada está a ser um estrondo e os dois top-10 na E3 e na Volta à Flandres são bons indicadores no que a clássicas diz respeito, embora nessa parte do mundo as estradas sejam diferentes do que aquelas que vai encontram em Glasgow. Em teoria, é candidato evidente a top-10, no entanto, o abandono no Tour por lesão pode não ser bom sinal.

600:

  • Marc Hirschi — Acho que é generalizado aquele sentimento que diz: "O Hirschi de 2020 nunca mais voltará". No entanto, é preciso ser rigoroso e dizer que o helvético tem, quase todos os anos, somado resultados interessantes em clássicas. Chega em boa forma, é campeão nacional suíço e o percurso assenta-lhe bem. Foi bronze em 2020.
  • Neilson Powless — É uma maquina do cacete neste tipo de prova. Mas, não sei, sinto que a forma estupenda como andou no início do ano o pode impedir de estar com os melhores aqui. Mas é um candidato óbvio aos primeiros lugares, dentro de uma super-equipa norte-americana.
  • Kasper Asgreen — Fez um Tour bastante interessante e tacticamente acredito que será uma peça chave a jogar pela Dinamarca nas movimentações dos primeiros tubarões. Vejamos se consegue aproveitar.
  • Valentin Madouas — Mais uma carta valiosa para a turma francesa. Gosta de corridas com muita quilometragem. O problema foi ter desiludido bastante no Tour, mas com ele nunca se sabe.
  • Alex Aranburu — É um daqueles corredores de quem gosto muito, mas que parece ter passado ao lado de uma grande carreira, tendo em conta a qualidade que parece ter nas pernas e na leitura de corrida. É tecnicamente muito bom e isso pode ajudar — além de rápido para sprints em grupos reduzidos.
  • Fred Wright — É o número um evidente dentro da selecção britânica. Jogar em casa pode trazer mais pressão, mas Wright tem tudo nas pernas para se infiltrar no grupo dos melhores.
  • Matteo Trentin — Gosta muito de mundiais e o percurso é bem ao seu jeito. É mais um daqueles que já merece. Mas isso do merecer…
  • Andrea Bagioli — Vem de uma vitória na Valónia e de um top-10 em San Sebastián. O Bagioli que o ano passado faz pódio em Montréal é um lógico candidato ao top-10. Mas aqui as trutas são outras, Andrea.    

400:

  • Dylan van Baarle — É certo que tem Van der Poel na equipa, a gente sabe. Mas às vezes é precisamente nesses momentos, mais inesperados, que o comboio Van Baarle arranca a toda a velocidade. Cuidado.
  • Michal Kwiatkowski — Chega aqui numa das melhores formas que apresentou nos anos mais recentes. E olhem que ele sabe o que é ganhar isto, minha gente.
  • Alexey Lutsenko — Vem de ganhar o Circuito de Getxo. Talvez precisasse de pendentes mais pronunciadas para ter mais hipóteses, mas a corrida pode ser bem partidinha e ele é rapaz para gostar dessas aventuras.
  • Søren Kragh Andersen — Se calhar vai ter de trabalhar, mas é outro joker que pode aparecer de Nárnia.
  • Ben Healy — Já não digo nada deste rapaz.
  • Lorenzo Rota — Mais um classicómano cheio de talento numa selecção italiana com muitas hipóteses em cima da mesa.  

200:

  • Jhonatan Narváez — É barato, ganhou três etapas na Volta à Áustria (mais um segundo lugar e a classificação geral e dos pontos) e parece-me das opções mais confiáveis a 200.
  • Nils Politt — Politt a 200 parece uma prenda de Verão. Não é que o alemão acumule excelentes resultados pelo mundo fora, até tem sido o oposto, mas numa corrida de um dia com tantos quilómetros e possibilidades de fugas, cautela.
  • Simone Velasco — Ano de afirmação para aquele que tem sido um dos melhores elementos da Astana em 2023. Foi campeão italiano e a 200 pode render um top-20.
  • Mathias Vacek — É o líder da Chéquia e tem revelado boas pernas nos últimos tempos. A queda e desistência na Valónia podem estragar os planos.

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