Cycling Fantasy — World Championships ME - ITT

Wollongong não se vai repetir — foi dos piores dias de 2022. Este ano, se não for pedir muito, que vença um corredor a sério.

Cycling Fantasy — World Championships ME - ITT
Isto não se vai repetir. (Fotografia: Simon Wilkinson/SWPix/Cor Vos)

Análise ao percurso: ver Antevisão — World Championships - ITT.

Shortlist falso plano

1200:

  • Remco Evenepoel — Depois da desilusão da prova de estrada, depois de mais um amuo, o campeão mundial de Wollongong vem com ambições reforçadas ao esforço individual. Se tivesse de apostar diria que até come alcatrão para sair vencedor. E o percurso — com alguma dureza no final — assenta-lhe bem.
  • Wout van Aert — Boas notícias para o recente papá: aqui não há Mathieu van der Poel. Um dos mais fortes candidatos às medalhas.
  • Tadej Pogačar — Talvez não dê para encaixar tanta gente de 1200, mas estou cá com uma ideia que o astro esloveno se vai dar bem nesta chegada a Stirling. Pena Vingegaard não estar.

800:

  • Filippo Ganna — Será que temos mais uma desilusão a caminho? O facto de o percurso não ser totalmente plano deixa os adversários sonhar. E aqueles últimos 800 metros em empedrado podem ser fatais.
  • Stefan Küng — Há pouco gente no mundo com tanta vontade de ganhar esta prova. King Küng é, há já muitos anos, um dos melhores contrarrelogistas do globo e nunca conseguiu o ouro. Sinceramente, tendo em conta os adversários presentes e o percurso em questão, acho difícil que seja este ano.
  • Brandon McNulty — Num dia de inspiração, McBacon pode aspirar ao top-5. O que nem sempre é fácil de saber é quando é que o norte-americano está num desses dias.

600:

  • Kasper Asgreen — As pernas que mostrou na prova de estrada não dão muita confiança. É aliás algo que parece recorrente em Asgreen: ceder nos momentos de maior pressão. Isso não quer dizer que não seja um candidato ao top-5.
  • Jay Vine — É rapaz para andar bem. Mas pagar 600 para alguém cujo momento de forma é tão duvidoso pode ser mal jogado.

400:

  • Stefan Bissegger — Em sub-23, o rapaz era um sprinter talentoso. Depois virou um contrarrelogista bastante capaz. Mas este ano, as indicações não são as melhores, nem na Suíça foi capaz de vencer, fechando apenas em quarto. Mas isto às vezes não quer dizer nada.
  • Mikkel Bjerg — A força do escandinavo é, por todos, sobejamente conhecida. É difícil imaginá-lo num dos lugares cimeiros desta classificação, mas também será estranho se falhar um lugar no top-10/15.
  • Rohan Dennis — O antigo grande monarca da especialidade, há muito abandonou o trono. Este ano, o melhor resultado que tem é um segundo lugar num Gran Camiño com uma startlist fraquinha. Há melhores opções.
  • Remi Cavagna — Sabem qual é o melhor resultado que Cavagna tem em mundiais de contrarrelógio? Sétimo. No minímo estranho, para um motor tão capacitado como o dele. Ainda assim, vale 400 e já obteve excelentes resultados em 2023.
  • Tobias Foss — Enfim, eu não queria colocá-lo aqui, mas tem de ser, ganhou em 2022, sabe Deus como.

200:

  • Joshua Tarling — Na Valónia ficou apenas a oito segundos de Ganna, em quase 33 quilómetros. Aos 19 anos, Tarling é naturalmente um dos outsiders desta prova. Talvez não chegue para ganhar, mas as medalhas não me parecem impossíveis.
  • Mattia Cattaneo — Se andar como andou na Polónia… Cuidadinho. Estará assim tão longe das medalhas?
  • Bruno Armirail — Nunca se esqueçam: o francês andou de rosa bem tarde no Giro. O que é que isso tem que ver com este contrarrelógio? Nada, porque aqui não há fugas. Mas é mais um nome, sei lá.
  • Daan Hoole — Se isto fossem 50 quilómetros com zero inclinação, acho que o neerlandês era candidato ao top-5. Assim é candidato ao top-20. Podia ser pior.
  • Nelson Oliveira — Conta já com cinco top-10 em mundiais de contrarrelógio. É de uma regularidade e longevidade impressionantes. A 200 parece barato.

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