Cycling Fantasy — Trofeo Laigueglia
Há uma coisa boa: a Jumbo-Visma não está presente nesta prova. Escolham a belo prazer que eles esta não ganham.
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Análise ao percurso: É a sexagésima edição do Trofeu Laigueglia, uma corrida de um dia que tem no seu palmarés vencedores como Eddy Merckx, Luca Paolini, Filippo Pozzato, Danilo Di Luca, José Rodolfo Serpa, entre tantos outros. Mais recentemente, Simone Velasco, Giulio Ciccone, Bauke Mollema e Jan Polanc levantaram os braços em Laigueglia, cidade italiana esparramada sobre o Mar da Ligúria. É uma prova com história e que foi desenhada para classicómanos com capacidade para subir, uma vez que a dureza é bastante considerável.
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Basta olhar ao dois quilómetros da Colla Micheri, passada por quatro vezes nos últimos 40 quilómetros da prova, para perceber que aqueles cujas pernas não têm apetência para lidar com inclinações elevadas, não vêm aqui fazer nada. São dois quilómetros a 8.2% de média, intervalado ainda pelo mais simpático Capo Mele (2 kms a 3.4%). Antes disso, na primeira fase da tirada, há duas montanhas que não devem servir para muito mais do que afastar quem esteja num dia menos bom.
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O segredo, parece-me, é levar trepadores e gente que não o sendo de forma pronunciada, se adapta bem a subidas curtas. E, estando em Itália, também convém levar alguns italianos, que seguramente conhecem melhor estas estradas. Ainda que nas últimas duas edições a sorte não tenha sorrido a nenhum corredor transalpino, basta espreitar os top-10 dos últimos anos para perceber que eles estão lá sempre. Em 2022, a UAE Emirates ocupou os três primeiros lugares do pódio — Polanc, Ayuso e Covi —, e este ano volta a ter um dos blocos mais fortes, a que se junta também a EF Education-EasyPost, a Trek-Segafredo, a Groupama-FDJ, a Lotto Dstny, a Intermarché-Circus-Wanty e, claro, a INEOS Grenadiers. Vá lá, é uma clássica. Dentro daqueles nomes mais evidentes é fechar os olhos e esperar acertar.
Shortlist falso plano
600:
- Diego Ulissi — Nas duas clássicas francesas do fim-de-semana passado, saiu-me caro. Mas na sua bela Itália, a conversa talvez seja outra. Ou talvez não.
- Biniam Girmay — Se há homem rápido que consegue passar isto, esse homem é Girmay. A mim parece-me tarefa árdua, mas com o eritreu o melhor é nunca dizer nunca.
- Bauke Mollema — O vencedor de 2021 — a solo, com 39 segundos de vantagem sobre Bernal, Vansevenant, Champoussin, Ciccone e Landa — gosta deste sobe-e-desce constante. Terminou a Volta ao Algarve em 8.º classificado, ou seja, parece estar a subir de forma. Aos 36 anos, Mollema ainda consegue ser Mollema.
- Giulio Ciccone — Gostava de ter confiança neste rapaz. A 600 faz-me torcer o nariz, mas é factual que apareceu muito bem na Volta à Comunidade Valenciana. O futuro está escrito nas estrelas. Eu só não sei qual é.
- Carlitos Rodríguez — Em 2022, o prodígio espanhol esteve perto de vencer, chegando a meros oito segundos de Jan Polanc. O top-5 na última edição da Lombardia é outra prova que Carlitos se dá bem em provas de um dia. Diria que é um dos candidatos mais lógicos.
400:
- Lorenzo Rota — A única hesitação em relação à inclusão de Rota na minha equipa é a presença de Girmay. Ainda assim, acho que a Intermaché já deu provas que é capaz de correr com várias setas apontadas para o mesmo objectivo sem que estas se atropelem. Para mim, o senhor Rota é o favorito número um de toda a startlist.
- Alberto Bettiol — Somos todos Bettiol. Estimada organização, cuidado com os drones.
- Alessandro Covi — Costuma correr bem no início do ano. E só não venceu em 2022 porque quis dar uma esmola a Polanc.
- Thibaut Pinot — O coração bate forte, só de pensar que este é o seu último ano. Ainda assim, cuidado com as outras opções dentro da Groupama — FDJ.
- Victor Lafay — Tem boa ponta final para um possível sprint em grupo reduzido. Foi quarto na Faun-Ardèche, portanto, é menino para rondar o top-10.
- Benoît Cosnefroy — 2023 tarda em começar para o campeão mundial de sub-23 de Bergen, em 2017. A 400, tendo em conta as opções, parece-me obrigatório.
200:
- Rui Costa — Rui Costa mais 8.
- Alessio Martinelli — Foi vice-campeão mundial de juniores em Harrogate, 2019, atrás de Quinn Simmons. Este ano, conseguiu dois top-10 em dias consecutivos do Challenge de Maiorca. Será este o ano de afirmação do jovem talento?
- Henok Mulubrhan — Acabou de ganhar, e com estilo, a Volta ao Ruanda. Eis o próximo grande talento da Eritreia.
- Andrea Piccolo — O Coraçãozinho de Satan da EF já teve melhores dias. Mas clássicas italianas são a sua praia.
- Romain Grégoire — Depois não digam que eu não avisei.
- Rudy Molard — Perito em ficar no último lugar do top-10. E isso, como sabem, dá pontos.
- Maxim Van Gils — Isto não é o Médio Oriente. Ou então tenho de começar a admitir que o rapaz até anda umas coisas de bicicleta. Será para ele, para Moniquet ou para Van Eetvelt? Ou para os três?
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