Cycling Fantasy — Tre Valli Varesine

Agora é que vamos ver quem é que agarra o Sjoerd Bax.

Cycling Fantasy — Tre Valli Varesine
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Análise ao percurso: Estamos todos a contar os dias para a Lombardia — último monumento do ano que sábado vai para a estrada. Entretanto, temos aperitivos condignos por caminhos italianos. A Tre Valli Varesini é um desses miminhos: 196.3 quilómetros entre Busto Arsizio e Varese. É uma clássica acidentada que assinalou em 2021 os seus cem anos de história. Os primeiros 150 quilómetros de corrida são feitos em oito voltas num circuito que oferece aos corredores duas ascensões não muito duras: Casbeno (2.5km a 4.8%) e Montello (2km a 5.2%). Depois disso, aparecem as maiores dificuldades da tirada: Morosolo (1.6km a 7.8%) e Casciago (1.8km a 5%). Na última fase da prova passam estas duas colinas por duas vezes e ainda Casbeno e Montello de novo, antes de uma subida não categorizada que antecede a chegada a Varese.

Parece evidente que a exigência das pendentes não é desmedida, mas a verdade é que o facto de estarmos perante um traçado tipicamente classicómano aponta para uma situação de corrida partida, sobretudo a partir da primeira passagem no Morosolo, onde os principais trepadores e puncheurs devem tentar fazer diferenças. Espero um grupo relativamente curto, talvez uns 10/15 corredores, a sair numa primeira fase e depois, eventualmente, alguém ou alguns com mais pernas possa arrancar daí para a vitória.

Em 2021, De Marchi venceu Formolo num sprint a dois, seguindo-se um grupo de dez com Pogačar, Gaudu, Higuita, Rota, Covi, Guillaume Martin, entre outros. O melhor conselho que posso dar-vos é este: escolham os nove primeiros. E rezem, rezem muito.

Sobe. Desce. Sobe. Desce. Sobe. Desce. Sobe. 

Shortlist falso plano

1200:

  • Tadej Pogačar — Acho que todos concordamos que algo de estranho se passa. Mas mesmo quando não ganha o craque esloveno costuma dar muitos pontos.
  • Enric Mas — O Mas de 2021 jamais estaria nesta lista. O Mas de 2022 é melhor que esteja. O resto deixo ao vosso critério.
  • Aleksandr Vlasov — Só não o levo porque é o meu ciclista preferido e não quero agoirar. Desiludiu no Giro dell'Emilia, mas isso não quer dizer que agora não apareça a voar.

1000:

  • David Gaudu — Levei-o no Giro dell'Emilia e foi o que se viu. Agora não o vou levar: ou seja é melhor levarem-no. Este ano já bateu Wout Van Aert ao sprint
  • Adam Yates — Só está aqui porque dizem que ele é bom neste tipo de provas.

800:

  • Alejandro Valverde — É a penúltima corrida do Bala. Se o coração bate forte aí dentro força. Em 2023 já não o podem levar. Além disso, mostrou boas pernas no Giro dell'Emilia e este traçado parece assentar-lhe ainda mais.
  • Romain Bardet — Está a ter uma temporada bastante interessante. Falta uma vitória brilhante para lhe dar mais cor.
  • Sergio Higuita — Por muitos coices que o pequeno colombiano me dê, eu continuo a amá-lo. É aquela coisa do quanto mais me bates mais eu gosto de ti, sabem? Dito isto, cada um sabe de si, não meto as mãos no fogo por ele.
  • Diego Ulissi — Está a ter um belo final de temporada. É um bocado caro se acreditarmos que a equipa vai trabalhar para Pogačar. Mas que isto tem a cara dele lá isso tem. Já foi segundo em 2016.
  • Guillaume Martin — É filósofo e eu gosto disso. De resto, não gosto da sua forma de correr, mas há valores maiores que se levantam. Candidato evidente ao top-10.

600:

  • Dani Martínez — Agora que vale 600 ainda gosto mais dele — já para não falar da barbicha. Finaliza bem e se chegar no grupo da frente é um grande candidato.
  • Mattias Skjelmose Jensen — Como não adorar este rapazito dinamarquês? Está é caro, mas cada vez anda mais. Eu acho que vou pagar para ver.
  • Rigoberto Urán — Digam lá que o velhote não está a andar muito, digam, vá. Se fizessem uma grande volta agora não sei não…

400:

  • Lorenzo Rota — A este preço é de levar.
  • Benoît Cosnefroy — Não tem como não levar.
  • Quentin Pacher — Se aguentar os ataques e chegar na frente… muita atenção. No entanto, tenho algumas dúvidas que o consiga fazer.
  • Quinten Hermans — O mesmo que o Quentin acima.
  • Warren Barguil — Um mestre a sacar top-10. Vejam as últimas três provas em que participou.

200:

  • Andrea Piccolo — Ou será Coraçãozinho de Satã? Levem o miúdo.
  • Davide Formolo — Está endiabrado e é uma pechincha.
  • Simone Velasco — Assim já tenho um Astana nesta lista.
  • Thomas Gloag — Acredita em ti. Tu és capaz. Juntos somos mais fortes.
  • Jesús Herrada — A Cofidis está em forma. O Herrada nem por isso. Mas se quiserem levar o Rubén Fernández, força.
  • Sjoerd Bax — Um dos mais sérios candidatos à vitória. A sério.

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