Cycling Fantasy — Skoda Tour Luxembourg
Sempre gostei da palavra Grão-Ducado.
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Análise ao percurso: Comecemos com uma memória bonita: no ano passado o vencedor desta prova foi João Almeida. E o traçado não é muito distinto. Quase todas as etapas são antecedidas de alguma dificuldade, o que afastou os puros sprinters desta startlist. No fundo, são cinco etapas que parecem cinco clássicas — tirando o contrarrelógio individual ao quarto dia, que promete inferir diretamente na classificação geral. A primeira etapa é já a habitual chegada a Kirchberg, um muro com 1.6km a 6.1% e antes disso têm o Côte de Stafelter: 1.8km a 7.9%. Como se pode perceber, o primeiro líder da prova será alguém com pernas para subir bem. A segunda etapa tem uma dificuldade não muito exigente (1km a 6.6%) a quatro quilómetros da meta fazendo com que alguns sprinters possam disputar a etapa. A terceira e a quinta etapa são muito parecidas à primeira, com alguns muros exigentes nos derradeiros quilómetros. Em suma: as oportunidades para sprints não são muito evidentes, mas sabemos que há homens que conseguem passar essas curtas subidas e disputar a etapa. A maioria das etapas deve ser discutida por grupos pequenos ou ataques tardios. Contudo, a classificação geral deve ir para alguém que ande bem contra o relógio. A quarta etapa faz-se em 26 quilómetros com duas subidas pelo meio — a primeira tem 1.6km a 8.8%.
Relativamente ao orçamento, é impossível gastar os cinco mil — até porque o corredor mais caro vale 600. No fundo, é gerir a belo prazer e largar a ansiedade de ficar com 1000 pontos por usar — nem sempre os mais caros são os que dão mais pontos.
Shortlist Falso Plano
600:
- Mattias Skjelmose — Enorme temporada do dinamarquês. Com um contrarrelógio como este é possivelmente o mais evidente candidato à vitória final.
- Davide Ballerini — Depois de apresentar boas pernas na Valónia nunca mais fez nada de jeito. Se estiver ao seu melhor nível pode ser um dos poucos homens rápidos a disputar etapas. Eu cá não vou arriscar (ou seja: levem-no).
- Florian Sénéchal — Gente com dois apelidos é sempre de desconfiar. Mas a forma do campeão francês parece sólida. E é capaz de passar muros.
- Matteo Trentin — É um dos meus ciclistas preferidos e já há muito deixou de ser sprinter. É um classicómano com bastante velocidade. Não vai ganhar a geral, mas pode disputar pelo menos duas etapas.
- Hugo Hofstetter — No início do ano estava em muito melhor forma. Não sei se vai conseguir disputar etapas, mas a verdade é que tem características para isso. Além disso, tem um nome muito bonito.
- Giulio Ciccone — Nunca mais. Mas é que nunca mais gasto dinheiro neste flop. Só por ter escrito isto vai ganhar uma etapa.
400:
- Valentin Madouas — Um dos grandes candidatos a vencer a primeira etapa, sinónimo de muitos pontos. Tirando o contrarrelógio, que o deve afastar da luta pela geral, vai andar bem.
- Benjamin Thomas — Ao tempo que deixou de ser um puro contrarrelogista para ser um ciclista que pode disputar provas de uma semana e algumas clássicas. Outro dos grandes favoritos à classificação final. E a Cofidis bem precisa.
200:
- Jannik Steimle — As opções na Quick-Step Alpha Vinyl são várias, mas nenhuma tem o contrarrelógio do alemão. Se não perder tempo nas etapas anteriores ao contrarrelógio, cuidado com ele para a geral.
- Kevin Geniets — Nasceu no Grão-Ducado.
- Felix Gall — Fez uma Volta aos Alpes muito interessante. Se gostarem de austríacos…
- Axel Laurance — Aos 21 anos, anda que se farta. É rápido, suporta inclinações não muito prolongadas. É um belo partido.
- Nicola Conci — O italiano tem andando muito bem em provas de uma semana com este perfil meio acidentado. Bendita a hora em que a Alpecin-Deceunick o resgatou à Gazprom.
- Franck Bonnamour — Fez uma Volta a França miserável. Mas em Agosto já venceu a clássica da Polynormande. O percurso assenta-lhe bem.
- Rune Herregodts — Ainda se lembram da vitória espectacular da fuga na primeira etapa da Volta à Andaluzia, em fevereiro? Foi este senhor, um belo contrarrelogista. Pode ter uma palavra a dizer na geral.
- Thibault Guernalec — Outro grande especialista a andar contra o relógio. Vejamos se tem pernas para o resto. No início do ano fez top10 no Etoile de Bessèges e na Volta ao Algarve.
- Kévin Vauquelin — Uma das grandes revelações da temporada e está a voar. Tem bom contrarrelógio e é um dos candidatos evidentes à geral.
- Orluis Aular — O vencedor da Volta ao Alentejo é um daqueles sprinters que num dia bom consegue passar muros exigentes. Vem de uma desistência na Volta a Burgos, ou seja, não sabemos bem como está de pernas.
- Michel Ries — Nasceu no Grão-Ducado II.
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