Cycling Fantasy — Primus Classic

Análise ao percurso: A Primus Classic está inserida na UCI ProSeries e oferece-nos 200 quilómetros de terreno tipicamente belga entre Boortmerbeek e Wespelar. É uma clássica de terreno algo acidentado, sobretudo entre os 112 e os 169 quilómetros. Vários picos curtos e inclinados, bem como cinco passagens por sectores de empedrado, são o grande atrativo desta corrida que nos últimos anos tem sido decidida entre sprints em pequenos grupos de ciclistas escapados ou em mini-pelotão (com 30 ciclistas, aproximadamente). E isso deve-se precisamente ao facto de as maiores dificuldades do percurso estarem ainda algo longe da meta — o último sector de pavé está colocado a quase 40 quilómetros da meta e o último muro assinalável a 31. É por isso uma corrida imprevisível de leitura algo difícil.

Alguns sprinters são perfeitamente capazes de chegar — até Fabio Jakobsen, que ultimamente tem sido incapaz de superar subidas até bastante acessíveis, chegou inserido no mini-pelotão aquando da vitória de Edward Theuns em 2019. Dito isto, sabemos que os verdadeiros classicómanos vão querer partir a corrida e sair do pelotão na tal zona mais acidentada. Um último e importantíssimo detalhe: é muito possível que chova, uma vez que os sites meteorológicos dão 90% de hipótese de precipitação para aquela zona do globo — e as temperaturas não devem superar os 14º C. Portanto, preparem-se para o caos. #vaidarmolho.

Shortlist falso plano

1200:

• Jasper Philipsen — Está em forma e foi sexto no Grand Prix de Wallonie. É daqueles que pode bem passar as dificuldades. Sem Mathieu Van der Poel será a grande aposta da equipa.

1000:

• Arnaud Démare — Nas últimas duas clássicas belgas que correu fechou em segundo lugar. Parece estar com boas pernas e gosta deste tipo de terreno.

800:

• Fabio Jakobsen — A questão é sempre a mesma: passa? Tendo em conta o orçamento largo podem pagar para ver. Se bem que a chuva…
• Alexander Kristoff — Está a fazer uma temporada de sonho, com duas vitórias na Bélgica já este ano. Velhos somos nós.

600:

• Dylan Teuns — Isto é tudo menos o Mur de Huy. No entanto, tem capacidades para sair do pelotão e inserir-se num grupo que foge até à meta. A sua falta de sprint não o deve permitir vencer, a não ser que vá sozinho. E a Israel Premier-Tech tem opções mais adequadas.

400:

• Greg Van Avermaet — Eu não gosto dele, mas vocês façam o que quiserem, todos sabemos que é regular.
• Jordi Meeus — Ganhou uma etapa no Tour of Britain, ou seja, está bem. Além disso, gosta de sprintar sem os melhores presentes no grupo. Saberá lidar com a chuva e com o frio?
• Victor Campenaerts — Tendo em conta a sua terrível ponta final, vai atacar de longe, não tem nada a perder. Por isso, pode ser o seu dia. Se não for há mais opções na equipa.
• Garcia Cortina — Fez quinto lugar no Québec, tem sprint, candidato evidente ao top-10.
• Dylan Groenewegen — Se não o deixam para trás é dos homens mais rápidos em prova. Tendo em conta as condições meteorológicas não parece provável.
• Edward Theuns — Já venceu a prova. E vem de um belo Tour Poitou em França, com quatro top-10.

200:

• Arnaud De Lie — Pode não conseguir chegar, mas vão mesmo fazer isso? Fica à vossa consciência.
• Bert Van Lerberghe — E se o Jakobsen não chega?
• Stan Van Tricht — E se o Jakobsen não chega? II.
• Marco Haller — Aposto que vai tentar sair longe da meta. Estou a sentir.
• Axel Zingle — Não parece o seu terreno de eleição. Mas eu gosto tanto dele que acho que até o levava se isto fosse o Mount Ventoux Challenge.
• Taco Van der Hoorn — Venceu a prova em 2018. Dez paus como sai ao quilómetro zero. E depois agarrem-no.
• Loïc Vliegen — Especialista neste tipo de terreno, mais uma das flechas da Intermarché-Wanty.
• Corbin Strong — Ainda estou a perceber se gosto dele ou não. Mas que está numa forma excelente, lá isso está.
• Sep Vanmarcke — Cara ou coroa. Vence ou cai.
• Arjen Livyns — É um dos corredores-fetiche do falso plano. Acreditem que fecha top-30. (Para o próximo ano vai estar na Lotto-Dstny).
• Dries Van Gestel — Ele sabe o amor que lhe tenho. Depois do Grand Prix de Wallonie tem de compensar-me. Pode bem vencer.

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