Cycling Fantasy — Presidential Cycling Tour of Turkiye
Desilusões, pré-reformados e um bando de pinos à procura de um último rodapé num jornal local.

Análise ao percurso: Se o Tour de France é Hollywood, o Presidential Tour of Türkiye é aquele teatro comunitário onde toda a gente tem direito a brilhar… mesmo que a peça seja uma trapalhada. Portanto, o que teremos pela frente é uma semana de competição entre "pinos", onde ex-campeões com dificuldades em dizer adeus, sprinters em recuperação e fugitivos de profissão vêm em busca de glória... ou, pelo menos, de um último rodapé num jornal local.
Quanto ao percurso, mistura de tudo um pouco: abrimos com uma etapa plana que nos vai começar a aniquilar as esperanças no Fantasy, seguindo-se dois dias de colinas que na Turquia nunca sabemos se os sprinters sobrevivem ou cai para um ataque kamikaze. Finalmente na 4ª etapa o pelotão enfrenta o inferno em Kiran, uns maravilhosos 9 quilómetros com média de 10%. Separado o trigo do joio, nas restantes etapas voltam os sprinters à ação, exceção feita ao sexto dia, onde se devem fazer os últimos ajustes na Geral e as últimas marretadas no Fantasy.

Shortlist falso plano
800:
- Alexander Kristoff — Quase irónico que um dos melhores da startlist esteja a dizer adeus ao ciclismo profissional. Mas também diz muito da prova. Embora já não seja o mais rápido, a experiência e resistência do homem da Uno-X colocam-no como um dos favoritos em várias etapas.
600:
- Wout Poels — Seguimos em modo Centro de Dia… mas na Astana-XDS eles ganham anos de vida. A preparar a participação no Giro, Wout Poels é talvez o principal favorito à vitória final, até porque deve adorar os desníveis loucos da subida a Kiran.
400:
- Giovanni Lonardi — O sprinter italiano foi 5º lugar na Clásica de Almería, 6º no Cholet Agglo Tour e, já este mês, um pódio na primeira etapa do Région Pays de la Loire Tour são sinónimo de boa forma. Face à concorrência é aposta segura.
- Casper van Uden — Típica opção obrigatória… até nos enterrar! O jovem neerlandês tarda em mostrar as esperanças que a Picnic tinha nele. Se não fosse a Volta à Turquia apostava que não ia fazer nada.
- Andreas Kron — Comecei a escrever estas linhas quando Kron era o homem da Uno-X para a geral. E o falhanço era certo. Com a entrada de Kulset (vou pagar para ver quantos vão levar o Kulset da Wish), Kron passa a ter liberdade para a etapa 2 e 3. E aí acredito mais.
- Frank van den Broek — Vencedor da edição anterior, Van den Broek regressa com a ambição de defender o título. Recentemente, foi 2º na Volta NXT Classic, mostrando que atravessa boa fase. E eu gosto de um gajo que prepara as suas barras e géis energéticos de forma artesanal.
- Jon Aberasturi — Sprinter confiável que pode acumular bons resultados ao longo da corrida. Recentemente, venceu uma etapa na Volta a Catalunha.
200:
- Jakub Mareczko — Sinónimo de pontos e “quase vitórias”. Nos finais planos como uma panqueca contem com este polaco, que não sendo veterano parece que anda nisto há décadas.
- Harold Martin López — Época de afirmação do jovem equatoriano. Acaba de vencer a geral da Volta à Grécia, depois de uma Volta à Catalunha de bom nível e um top10 na Milano-Torino. Pode não ser o plano A da Astana, mas esta equipa vence com o A, B e o C.
- Tibor Del Grosso — A nova coqueluche classicomana do ciclismo holandês. Bicampeão mundial sub23 de ciclocrosse, na estrada foi 6º na Dwars door Vlaanderen, 10º na Brabantse Pijl este ano e duas vezes pódio na Volta à Catalunha. A vitória chegará na Turquia.
- Davide Bomboi — Um habitué quando a prova é de “pinos”. Como só pontua na Ásia, temos alguma esperança porque está ali na fronteira.
- Mikel Bizkarra — Escalador espanhol experiente, Bizkarra pode aproveitar as etapas mais duras para caçar posições de destaque na montanha.
- Luca Colnaghi — Já paguei faturas por desvalorizar este menino. Pode ser uma opção interessante em etapas planas. Arrisquem por vossa conta e risco.
- Giovanni Carboni — Versátil, Carboni tanto se pode destacar em etapas de média montanha como procurar oportunidades em fugas.
- Sasha Weemaes — Ano passado foi segundo na etapa de abertura. E não tenho mais nada para escrever.
- Alexandre Van Engelen —Como diz um amigo, é uma espécie de CR7 dos distritais. Mas eu desconfio, até porque nunca o vi tão a ocidente.
- Iván Ramiro Sosa —Ciclista curioso. Adora etapas com grande desnível positivo, mas a carreira segue ano após ano em franco desnível negativo. Os últimos resultados anunciam mais um flop, mas lá está, a etapa que decide a classificação geral tem a cara dele.
- Lander Loockx — A antítese de Ramiro Sosa. Os resultados recentes anunciam uma grande prova. Etapa rainha deve ser demasiado dura para o homem do ciclocross, mas apontem o nome dele para pontuar forte.
- Adrien Maire — Querem um joker? Aqui está ele. Só não vou dar muito destaque porque senão vocês levam todos!
- Simon Dehairs — Chamem-lhe hype, mas aposto umas moedas que este senhor será o primeiro líder da Volta à Turquia.
- De Schuyteneer — E se não for o Dehairs, será o De Schuyteneer.
- Fausto Masnada — Só está aqui nesta lista para não ser acusado de jihadista.
- Matteo Malucelli — Quarto ciclista da Astana nesta lista. Não há coincidências. Vem a somar bons resultados desde fevereiro em Espanha, Emirados Árabes Unidos e Hainan. Vai continuar a fazer estragos.
- Johannes Kulset — Primeira dica: não se enganem no Kulset a levar. Este é um jovem viking em quem deposito algumas esperanças e que vem de um top-5 esta semana. Classificação que deve repetir na Turquia.
Código da liga falso plano: FALSOPLANO
Password: 2474
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