Cycling Fantasy — Gran Premio Miguel Indurain

Pelotão, pernas, as vossas esperanças de um top-100 na Fantasy: vai chegar tudo partido.

Cycling Fantasy — Gran Premio Miguel Indurain
Cycling Fantasy

Há uns anos, um jornalista espanhol do L'Équipe ficou com a tarefa de escrever um artigo sobre a personalidade de Miguel Induráin. Até porque os factos já todos sabem: era uma lenda do ciclismo. O único a vencer cinco Tour consecutivos. O grande vencedor da Volta ao Alentejo em '96.

Mas de resto, conhecer Induráin sempre foi uma missão quase impossível: o homem é reservado, calado, até misterioso. O pouco que se sabe, nem sabemos se é bem assim. Frustrado por encontrar tão pouco, o jornalista acabou por escrever: "Será que até a mulher dele sabe quem é o homem que dorme ao lado dela?"

Ya, eu sinto o mesmo sobre esta corrida.

Na edição de 2024, uma das maiores lendas do ciclismo e o seu troféu. Também lá estava o Miguel Induraín. (foto: GP Miguel Induraín)

Análise ao percurso: Como nas Voltas a França entre 1991 e 1995, aqui é sempre o mesmo. A saber, um percurso de 204 quilómetros à volta da região de Estela - Lizarra. Fun fact: é bem perto de onde Miguel Induráin venceu a sua primeira grande corrida: a da fecundação. Bela homenagem.

Um sobe-e-desce constante – como a minha vida amorosa – e que tem os seus momentos de maior dificuldade para as pernas no Alto Guirguillano (2.8 km a 5.7%), no Alto de Lezaun (3.9 km a 5.6%) e no Alto de Eraul (3.9 km a 5.3%). Muita atenção às lombas escondidas: eu vou estar de olho no Alto de Irache, a 30 km do final, onde um ataque explosivo o pode tornar num Alto e Pára o Baile.

Não é um circuito, mas há quatro passagens pela linha da meta (em descida) e duas passagens no traçado dos últimos 15 km. Eu adoro isto: bom para os ciclistas, que marcam onde vão atacar; bom para os fãs, que vêem o pelotão duas vezes e, com isso, medem os seus níveis de alcoolismo a cada passagem.

No fundo, isto está bom para ataques tardios de puncheurs ou montanhistas que desçam bem. E sim, como o percurso é quase sempre o mesmo (exceto em 2022), os resultados das últimas edições podem ser um bom indicador. Pelotão e pernas: vai chegar tudo partido.

Este é o percurso. Não me deixaram pôr uma imagem da corrida à fecundação.

Shortlist falso plano

1800:

  • Miguel Induráin — O favorito para entregar o prémio ao vencedor.

1000:

  • Brandon McNulty — Vencedor em 2024 e líder de uma UAE carregada de hipóteses. Tem de ser ele e mais oito. É verdade ou mentira, Brandão?

800:

  • Alex Aranburu — Talvez se esteja a guardar para o verão. Talvez seja a mudança para a Cofidis. Mas talvez seja desta?
  • Marc Hirschi – Um caso agudo de classicomania. Esta época, passou três dias em Espanha: uma vitória e dois top-10. Numa corrida sem grandes problemas de budget, acho que compensa.

600:

  • Oscar Onley — Pódio na última edição, já andou a subir bem este ano. O meu favorito para limpar isto. Salva a Picnic, Oscar. És a Onley hope.
  • Thibau Nys — O Rogério diz que ele pode vir a ser o tipo que faz frente ao Van der Poel. Só por essa coragem merece estar aqui. Calha que eu também gosto dele e, com tantas descidas e num dia mais soft, pode render pontos.
  • Daniel Felipe Martínez – Primeiro dia da época, por isso a forma é uma incógnita (sim, eu recuso-me a ir ver ao Strava). Se já estiver afinado, poucos sobem como ele. Jogada de alto risco, recompensa maior.
  • Kévin Vauquelin – Alguém que salve a Arkéa.
  • Maxim van Gils – Na Red Bull em principio voa este...

400:

  • Roger Adrià — ...ou voa este...
  • Finn Fisher-Black – ... ou voa o outro.
  • Isaac del Toro – Está a andar tanto que é impossível deixá-lo de fora. Mesmo a trabalhar para McNulty, o vencedor da Milano-Torino é garantia de pontos.
  • Clément Champoussin – Pá, é da Astana. Esta época, tem de ir sempre um.
  • Ion Izagirre – Anda sempre bem aqui. É o único na startlist que pode igualar o recorde de três vitórias nesta corrida (venceu em 2016 e 2023). Se vai acontecer? Não com essa atitude. Eu levo para dar sorte.
  • Pablo Castrillo – Vai parecer uma boa ideia até verem os resultados.
  • Andrea Bagioli – O Valadas 'tá cá com uma confiança.

200:

  • Igor Arrieta — Nos últimos três anos, pontuou sempre aqui. Agora que está a andar melhor que nunca? Boa duzentinha de saldos.
  • Warren Barguil — Ganhou em 2022, quando o percurso era menos puxado. Esta época, em terrenos parecidos, pontuou sempre.
  • Fabien Doubey — Esta é para os meus tropas fãs do Tour of Rwanda. Estamos juntos.
  • Urko Berrade – Olhem para os resultados dele quando corre em Espanha. Depois olhem para aquele bigode. Eu levaria por um destes motivos, mas não vos digo qual.
  • Jon Barrenetxea – Haverá um dia em que a aposta nele bate e eu não quero ficar de fora. (Acho que ainda não é desta.)
  • Eric Antonio Fagúndez – Quando forem insultados pelos vossos colegas de equipa por esta incrível escolha, digam que vêm da minha parte.
  • Diogo Gonçalves — Querem um toque nacional? Pá, levem o campeão nacional de gravilha ou assim.

Código da liga falso plano: FALSOPLANO
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