Cycling Fantasy — Gran Premio Miguel Indurain
Indurain, Indurain, a caminho de Viseu. Ok, esta foi má. Esperemos que a prova seja melhor. Soler vai ser líder: segurem-se bem.
Análise ao percurso: Estamos na presença de uma clássica na região de Navarra, que teve no passado outros nomes e configurações, e que a partir de 1999 (onde Stefano Garzelli cruzou a meta em primeiro lugar) ganhou este nome em homenagem ao grande corredor espanhol — vencedor do Tour por cinco ocasiões e do Giro d'Italia noutras duas. Com partida e chegada em Estella é uma corrida de um dia perfeito para puncheurs e trepadores com algum kick, uma vez que apesar de tratar-se de um sobe-e-desce constante nunca é demasiado exigente.
A startlist, convém dizer, não é uma delícia, mas sempre tem alguns trepadores de qualidade para nos encher a barriga: Sergio Higuita, Richard Carapaz, Mattias Skjelmose, Esteban Chaves, Pierre Latour e, claro, o grande e único: Ruben Guerreiro. O orçamento pode não ser suficiente para levarem os tubarões principais, mas não deve ser tarefa assim tão árdua. Levem homens que consigam passar as dificuldades e possam disputar a corrida ao sprint num grupo reduzido, que julgo ser o cenário mais provável de desfecho da prova — a não ser que algum moicano consiga destacar-se a solo, mas tendo em conta os nomes aqui presentes, tenho bastante dúvidas. E não se esqueçam: estamos em Espanha.
O principal destaque do Gran Premio Miguel Indurain é, obviamente, a presença da equipa portuguesa Efapel Cycling, liderada por Joaquim Silva, top-10 do Tour de l'Avenir em 2014 e que este ano foi nono no Gran Camiño.
Shortlist falso plano
1000:
- Richard Carapaz — Ainda em pré-época. Duvido um bocado, mas…
- Sergio Higuita — Está a começar a parecer uma daquelas épocas em que achamos que Higuita afinal não é assim tão bom. Vejamos se aqui a lógica se inverte. Se assim não for, já sabem: em 2024 limpa tudo.
800:
- Mattias Skjelmose — Vai, meu amor, eles não estão à tua altura, é tudo teu, basta quereres.
600:
- Marc Soler — E agora? É ele o líder? Isto é estranho. Como lidar com uma prova onde Soler não vai ter de trabalhar para mais ninguém a não ser para ele? Que pânico.
- Marc Hirschi — GP Industria & Artigianato chegou em décimo quarto. Parece estar à procura de se reencontrar depois da desistência na Algarvia. Costuma dar-se bem neste tipo de prova. Soler trabalhará para ele?
- Diego Ulissi — É seguramente um dos candidatos à vitória. Tendo em conta o traçado é um bocado inevitável. A não ser que tenha de trabalhar para o Soler…
- Esteban Chaves — Todos os anos dizem que está morto. Mas Chavito ergue a cabeça e mete a mão na orelha, como quem pergunta: o que é que estavam para aí a dizer? Vem de duas belas etapas na Catalunha, onde quase ganhou. O único problema pode ser a falta de maior dureza.
- Ion Izaguirre — Estamos em Espanha.
- Alex Aranburu — Esperava mais dele em Sanremo, mas isso não faz do espanhol uma pior hipótese para esta corrida.
- Andreas Kron — Olhando para o perfil da prova, parece a sua cara. Olhando para os corredores aqui presentes… Nem tanto. A não ser que a corrida seja uma pasmaceira, acho difícil que consiga infiltrar-se no grupo dos melhores.
400:
- Pierre Latour — O seu Paris-Nice não foi propriamente um espectáculo (terminou em décimo quarto na geral). Mais: não estamos em França. Ainda assim, é sempre de desconfiar de Latour.
- Ruben Guerreiro — Patrão fora: dia santo na loja.
- Victor Lafay — Não estamos em França II. Não te estiques. Até porque se ganhares… Lafay a gente fala.
- Andrea Vendrame — Vai acabar a carreira sem termos a certeza que tipo de corredor é o italiano. Mas tendemos todos a achar que neste terreno é capaz de andar bem. Até porque as opções dentro da equipa não abundam. Por outro lado, é mais ou menos a coisa do que o Kron… Se a corrida for agitada…
- Clément Champoussin — À excepção do quinto lugar no Trofeo Laigueglia, a mudança para a Arkéa-Samsic não está a gerar grandes frutos. Precisa de afirmar-se como opção válida, mas só Deus sabe se será sob a sombra de Indurain.
- Ide Schelling — Reapareceu na Catalunha como D. Sebastião surgiu por entre a penumbra, com três etapas no top-10. Em 2022 o seu melhor resultado foi um décimo terceiro lugar na Primus Classic… Depois não querem que uma pessoa ande confusa da cabeça.
200:
- Davide Formolo — Mais um Emirates para estar entre os melhores. Este sabemos que ao sprint não ganha, mas pode chegar no grupo ou tentar um ataque de longe.
- Luis León Sánchez — O regresso à Astana está a ser fraquinho. Mas também, quem regressa à Astana depois de lá ter estado não merece grande coisa. Por outro lado, é um dos corredores que melhor conhece esta estrada, tendo chegado no pódio em 2019 e em 2021.
- Natnael Tesfatsion — Vem de um belo quarto lugar no GP Industria & Artigianato. E isso diz muito sobre a sua qualidade.
- Stef Cras — Opção perfeitamente válida para o top-20.
- Corbin Strong — Acho que não passa, mas já não digo nada.
- Chris Harper — Parece-me que seria necessário mais altitude e pendentes mais pronunciadas para o australiano chegar entre os melhores. Mas depende sempre da velocidade a que isto vai ser feito.
- Fernando Barceló — Mais um duzentinho.
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