Cycling Fantasy — Gran Piemonte
Os senhores organizadores importam-se de pensar nos fantasistas quando decidem os perfis das corridas? Agradecidos.
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Análise ao percurso: Há provas um bocado estranhas. O Gran Piemonte é um desses casos, alternando o seu percurso quase todos os anos e, por isso, atraindo corredores de perfis bastantes distintos de edição para edição. Em 2019, a meta estava colocada no final de uma ascensão muito exigente de quase 11 quilómetros a 6.6% onde Bernal venceu. Um ano volvido e estávamos perante uma clássica rompe pernas, muito dura, bem ao estilo da Lombardia que lhe sucede — e não é que faz sentido criar uma prova de preparação para o último monumento do ano com características semelhantes? Venceu George Bennett — saudades, George. Já o ano passado optaram por uma corrida sem grandes dificuldades, algo que desaguou num sprint em pelotão compacto vencido por Matthew Walls. Esquizofrénico? Não, claro que não.
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2022, por sua vez, é uma edição de 198 quilómetros que começa em Omegna e termina em Beinasco. Tem algumas subidas não categorizadas logo a abrir a prova, onde a fuga se deve estabelecer e depois, a 65 quilómetros da meta, temos uma subida de 3.3km a 7.9% de pendente média. 'Tou? Está aí alguém? Pois. Será o Il Pilonetto suficiente para afastar os grandes sprinters da vitória?
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Parece difícil de acreditar, sobretudo porque tirando a Bahrain-Victorious — que traz Caruso, Landa, Mohorič e Gino Mäder — ninguém parece muito interessado noutro cenário que não uma chegada ao sprint. Bom, a Trek-Segafredo tem Mollema, a UAE Emirates tem Hirschi e há mais uns intrusos na startlist. Dito isto, a grande questão é: que equipa levar? Carregar a 100% nos sprinters para tentar vencer? Misturar um pouco as duas possibilidades? Tenho cá para mim que o melhor será levar sprinters capazes de passar o Pilonetto e depois apostar num ou outro homem de características ofensivas capaz de descer bem e rolar até ao final — durante mais de 35 quilómetros. Nada fácil, meus meninos, nada fácil. A única notícia boa é que o orçamento é largo.
Shortlist falso plano
800:
- Matej Mohorič — Mostrou na CRO Race que está em forma. Desce como poucos. E tem-se intrometido muito bem em sprints onde não estão os melhores do mundo. Pode render.
- Magnus Cort — Se todos os sprinters passarem é pouco provável que faça um grande resultado, talvez top-20, o que já não seria mau se não custasse 800. Se a corrida for mais atacada, quem sabe…
600:
- Marc Hirschi — No Coppa Bernocchi andou muito tempo na frente, prometendo boa forma. Pode ser um daqueles que tenta que o desfecho seja diferente do que a maioria das equipas deseja. E é provavelmente um dos que tem melhores pernas para o fazer.
- Bauke Mollema — Sabemos como é um descedor apto. Tem mostrado que está bem. E a Trek-Segafredo confiar em Moschetti ou Aberasturi para o sprint não parece grande ideia. Resta saber se vai resultar.
- Neilson Powless — A EF Education-EasyPost é outra equipa que se apresenta neste Gran Piemonte sem um sprinter puro — até porque o único que tem ainda está a tentar mostrar resultado em elites. Powless adora provas de um dia e pode tentar integrar um grupo de escapas no Pilonetto.
- Olav Kooij — Provavelmente, o maior candidato em prova. O problema é que todas as outras equipas sabem disto, mesmo aquelas que têm bons sprinters. O que vão inventar para o fazer descolar? Pregos na estrada?
- Kaden Groves — É menino para passar a montanha. E tem Mezgec para o lançar… Será que vai ter velocidade para se infiltrar entre os melhores?
- Mikel Landa — Vai vencer isto fácil com um ataque a 70 quilómetros. Estou a brincar. Não vão por aí.
- Elia Viviani — Sinceramente, não acredito. E mesmo que dispute a vitória… Há gente mais rápida por aqui. Claro que se fizer pódio vou ficar arrependido.
- Giacomo Nizzolo — Tem características para fazer um bom resultado. O problema está dentro da equipa, chama-se Corbin Strong.
400:
- Stefano Oldani — Acho que é uma boa aposta porque serve os vários cenários da corrida. Bom, já não é bem um sprinter, como era aos 21 anos, mas ainda tem alguma ponta final. E se bem o conheço vai tentar sair antes.
- Robert Stannard — Está a sprintar cada vez melhor, embora seja um puncheur. Se alguns velocistas ficarem pelo caminho pode fechar top-10.
- Benjamin Thomas — É mais ou menos o mesmo dos dois de cima.
- Simone Consonni — No dia 25 de Setembro bateu Dylan Groenewegen, Démare e De Lie ao sprint, numa clássica francesa. Se conseguir passar a turbulência… Cuidado. Até porque a Cofidis está em ácidos.
- Jhonatan Narváez — É rápido, o Viviani não vai chegar e eu gosto dele. Receita para correr mal. Mas isto cada um sabe de si.
- Matteo Trentin — Já sabemos que a sua ponta final já viveu melhores dias. Mas dificilmente não estará entre os primeiros classificados.
- Davide Ballerini — Vem de uma vitória e por isso é um evidente candidato. A não ser que tenha de fazer de babysitter de Mark Cavendish.
- Garcia Cortina — O Mercúrio já não está retrógrado, portanto é melhor não levar.
- Max Kanter — Belo final de temporada para o sprinter alemão. Quando ele era miúdo achei que ia ser incrível, agora acho que é útil levá-lo na fantasy.
200:
- Corbin Strong — É preciso dizer alguma coisa?
- Madis Mihkels — Desde que o Pratas escreveu aquela crónica sobre a Intermarché-Wanty-Gobert Matériaux só ficou mais evidente que temos sempre de incluir nesta lista um corredor desta equipa. É um sprinter estónio com talento e bons resultados em juniores.
- Filippo Fiorelli — Das melhores opções de 200.
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