Cycling Fantasy — Deutschland Tour

Saudades de quando isto era só escolher nove sprinters

Cycling Fantasy — Deutschland Tour
Cycling Fantasy

Análise ao percurso: Chegadas em pelotão compacto ou fugas tardias. Os últimos anos da Volta à Alemanha têm servido sprinters e corredores atacantes. Os primeiros apresentam-se na linha de partida para acumular vitórias em etapa e os segundos para levar a geral - sem prejuízo de também estes por vezes erguerem os braços na meta mais para o final da semana. A edição de 2022 é algo diferente. Além de um prólogo de 2.7 quilómetros, que é preciso ter em conta na constituição da equipa, a prova dá-nos uma chegada em alto na terceira etapa — duas primeiras categorias consecutivas. No fundo, só a primeira etapa parece um sprint garantido, embora a segunda também possa acabar dessa forma. A última e quarta etapa — também por poder ser decisiva para as contas da classificação geral — dá-nos um circuito final digno de clássica, com a meta em Estugarda. Sabem quando se fazia equipa para a Volta a Alemanha com sete sprinters e dois possíveis vencedores da geral? Esqueçam. Acho que uma equipa equilibrada pode ser o segredo.

Deutschland Tour (foto: site Deutschland Tour)

Shortlist Falso Plano

1000:

  • Filippo Ganna - Há um prólogo e o orçamento é largo. Ainda assim são apenas três quilómetros… Se o italiano não vencer o prólogo não vale o investimento. O problema é que pode bem fazê-lo.
  • Pello Bilbao - Bom contra o relógio. Deve fechar dentro dos melhores na ascensão da terceira etapa e tem ponta final para eventuais chegadas em que os sprinters não passem. Eu não gosto dele, tenho de decidir se faço o esforço ou não.
  • Adam Yates - Não corre desde a Volta a França, mas se estiver com as pernas da Volta aos Emirados…
  • Egan Bernal - Não façam isso. O amor também é saber esperar.

800:

  • Fabio Jakobsen - Acho que todos sentimos o mesmo: se há 1% de inclinação é melhor não arriscar. Diria que deve vencer uma etapa. Será que é suficiente?
  • Phil Bauhaus - A correr em casa e com o arranha-céus Jonathan Milan como lançador… Sinto-me mais tentado do que o habitual.
  • Romain Bardet - Se não contarmos com Bernal: melhor trepador em prova.
  • Alexander Kristoff - Apesar de estar de saída da equipa, é dos sprinters presentes um dos que melhor passa dificuldades.

600:

  • Olav Kooij - Ai de vocês que não levem o melhor sprinter da actualidade. (emoji com óculos de sol)
  • Rúben Guerreiro - Não o quiserem levar à Vuelta, não foi? #educationarrependida.
  • Patrick Konrad - Parece em forma, a subida não é assim tão dura ao ponto de ele não conseguir acompanhar e adapta-se a finais sobe-e-desce.
  • Mattias Skjelmose Jensen - Repitam comigo: o-b-r-i-g-a-t-ó-r-i-o.
  • Bauke Mollema - O percurso parece assentar-lhe na perfeição. Mollema e Skjelmose são as duas balas da Trek-Segafredo. E provavelmente compatíveis.
  • Yves Lampaert - Sabe o que é ganhar contra o relógio em inícios de prova. Se mantiver a camisola da liderança até à etapa três é saco cheio.

400:

  • Nils Politt - Entendo que queiram levar o vencedor do ano passado, mas subir não é propriamente a especialidade de Politt. Teria de andar muito bem até à terceira etapa para render.
  • Mauri Vansevenant - Gostava mais dele quando valia 200. Ainda assim, é um candidato óbvio ao top10.
  • Max Kanter - Tem conseguido terminar entre os melhores. É alemão. E a Movistar está desesperada.
  • Simon Geschke - Se não for por mais nada que seja pela barba aprazível. (emoji do coração)
  • Alberto Bettiol - Candidato ao top5 no prólogo. Se estiver em forma pode render muitos pontos.
  • Mikkel Bjerg - 400? Um trepador deste gabarito? Pechincha.
  • Tobias Foss - Será que já regressou das férias no Algarve?

200:

  • Marco Haller - Quem vence Wout Van Aert…
  • Ivan Ramiro Sosa - Estou a gozar.
  • Ben Tulett - Depois não chorem.
  • Georg Zimmermann - É um corredor bastante ofensivo. É certo que vai tentar. Veremos se corre bem.
  • Gijs Leemreize - Depois não chorem II.
  • Jakub Mareczko - Se vos faltar um sprinter.
  • Jérémy Lecroq - Ou dois.
  • Sven Erik Bystrøm - A Alemanha é praticamente na Escandinávia.