Cycling Fantasy — De Brabantse Pijl - La Flèche Brabançonne

Remco está de volta, Wout está desesperado por vencer e Pidcock vai estragar a festa aos belgas. Má onda, Tom.

Cycling Fantasy — De Brabantse Pijl - La Flèche Brabançonne
Cycling Fantasy

Análise ao percurso: Acabou o pavé. Quer dizer, mais ou menos. As subidas ao Hertstraat e ao Moskesstraat, passadas três vezes cada uma no circuito final desta prova, fazem a transição entre as clássicas flandrianas e as Ardenas da maneira perfeita. Com um pouco de pavé, para ir desenjoando, mas com um sobe e desce tão constante que só pode ser encontrado nas clássicas das Ardenas.

Os últimos 80 quilómetros não encontram um metro plano nesta clássica que historicamente tem sido vencida por puncheurs (e que puncheurs - Mathieu van der Poel, Julian Alaphilippe, Thomas Pidcock e Philippe Gilbert são alguns dos vencedores nas últimas dez edições), mas que com o menor endurecimento deste ano (removeram 2 voltas ao circuito final), pode deixar uma aberta para os sprinters versáteis.

A chegada a Overijse é durinha e com a startlist que aqui se apresenta, temos tudo para assistir a uma corrida muito atacada e partida.

Beersel — Overisje (163km)

Shortlist falso plano

1200:

  • Remco Evenepoel — É finalmente o regresso à estrada do prodígio belga, depois de passar pela "fase mais dura da carreira". Há incerteza quanto à sua forma, naturalmente, mas hoje em dia é raro quem apareça a competir para rolar apenas, por isso terá de ser um dos favoritos. Eu não levo, acho possível que tente atacar mas que acabe por abrir para o lado. Mas eu sou meio Remco hater, por isso..
  • Wout van Aert — Está com uma sede de vitória surreal, e bem precisa dela. Vem aqui procurá-la e neste percurso deverá ser muito difícil descartar um Wout que vem de Roubaix com boas pernas. Este levo.

800:

  • Alex Aranburu— Depois do que mostrou no País Basco, é quase obrigatório. 800 é puxado, mas acho que vale a pena, sobretudo se não levarem os dois de cima.
  • Thomas Pidcock — Se sou meio Remco hater, também sou meio Pidcock lover, que a vida é feita de balanços. O britânico tem nesta próxima semana um dos grandes objetivos da época e se quer tentar fazer tremer um esloveno com jeito para isto que marcará presença a partir da Amstel, deverá ter de estar a um nível que o permita descarregar toda a gente aqui sem dificuldade.

600:

  • Neilson Powless — Super exibição na Dwaars, discreto na Flandres. É uma carta de risco porque deverá mexer muito na corrida para tentar criar um grupo pequeno e isso pode-se pagar caro. Nunca foi ciclista de top-20, é top-5 ou é top-50. Vai ou racha.
  • Corbin Strong — É o tipo de percurso ideal para o neozelandês, embora a forma não impressione particularmente. Fez top-10 aqui o ano passado e é um fortíssimo candidato a repetir o feito.
  • Marijn van den Berg — Foi nesta prova, na edição de 2024, que testemunhei a mais impressionante exibição do Marinho. Ainda hoje acho que só não ganhou porque teve mais olhos que barriga e atacou quando era claramente o mais rápido no grupo. Não estou a adorar 2025, mas dadas as lembranças do ano passado vou ter de levar.

400:

  • Jhonatan Narváez — É inconsistente que dói. Abriu a época a vencer na Austrália e desde aí nem um top-10 para amostra. Deverá ter toda a liberdade do mundo dentro da UAE e em teoria o percurso é ótimo. Eu tenho sempre medo dele, mas é arriscado deixar de fora.
  • Tiesj Benoot — Continua a ser super fiável na Primavera e leva 4 top-20 consecutivos nas últimas 4 provas. Aqui, já soma dois pódios, em 2017 e 2018. Dificilmente não pontuará, mas também dificilmente ganha.
  • Milan Menten — Tem uma temível ponta final e poderá marcar bastantes pontos ao sprintar para os primeiros lugares de um eventual segundo grupo/pelotão.
  • Quintem Hermans — Dá-se bem aqui e ainda o ano passado fechou na 6.º posição. Um ano de altos e baixos, mas há a destacar o top-10 no primeiro monumento do ano, a Figueira Champions Classic.
  • Dylan Teuns — Sabe-se que chega esta altura do ano e por norma aparece o melhor Teuns. Foi 2.º aqui em 2024 e apesar de uma aproximação discreta à prova, não devo ter coragem de o deixar de fora.
  • Alexey Lutsenko — Na teoria tudo. Na prática, muitas vezes, nada. Eis Alexey Lutsenko.

200:

  • Vito Braet — Top-10 o ano passado defende-se bem nas subidas e tem uma bela ponta final. Terá liberdade dentro da equipa para procurar o seu resultado.
  • Alec Segaert — Nem sei como é que ele está inteiro depois das 29 vezes que foi ao chão em Roubaix. Está a ter uma época interessante e pode ser um joker engraçado.
  • Floria Vermeersch — Está a andar que se farta, por isso tem lugar aqui mesmo o percurso não sendo a sua cara.
  • António Morgado — O percurso é a cara dele, por isso tem lugar aqui mesmo não estando a andar que se farta. E porque é o Morgadão. Morgadão tem sempre espaço no falso plano, obviamente.
  • Guillermo Thomas Silva — Impressionou e muito com um top-5 no GP Miguel Indurain e também não esteve péssimo no País Basco. É mais um outsider que tenho curiosidade de ver se consegue vingar também na Bélgica.
  • Archie Ryan — Não andou mal no Induráin, ao fechar em 11.º. Não deverá dar muito mais que isso mas é um nome interessante.
  • Tibor Del Grosso — Enquanto for 200 só não o levo na Clássica do Ventoux.
  • Fredrik Dversnes — Fez 2.º atrás de Pidcock no AlUla Tour e depois provou que não tinha sido por acaso ao vencer uma etapa no Tirreno-Adriatico. O registo em clássicas não é incrível, mas o potencial está lá.
  • Joseph Blackmore — Devia ter ganho o ano passado, mas teve de trabalhar para Teuns que dava pontos para a equipa, algo que não era o caso para o jovem britânico ainda. Tem estado abaixo do esperado neste inicio de época mas eu acredito que o vencedor do Avenir pode começar esta semana a mostrar o que vale.

Código da liga falso plano: FALSOPLANO
Password: 2474

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