Cycling Fantasy — Danilith Nokere Koerse

Análise ao percurso: O perfil pode ter tendência a induzir-nos em erro, pois a organização contabiliza trinta setores de pavé, aos quais ainda se juntam duas mãos cheias de colinas. No entanto, a história (e a startlist) dizem-nos que esta clássica belga será disputada ao sprint. Existirão certamente aventureiros a tentar inviabilizar este desfecho, pois o circuito onde decorre a prova assim o permite. Deixarei alguns nomes para cobrir essa possibilidade e se quiserem apostar neles pode sair-vos a sorte grande mas o meu conservador e aborrecido conselho irá no sentido de apostarem nos mais rápidos dos homens presentes.

Shortlist falso plano

800:

• Tim Merlier — Já só falta escolher oito.

600:

• Kaden Groves — A nova equipa até agora não lhe tem feito bem. Muito apagado neste início de época, o australiano vai tentar aproveitar o embalo de Philipsen e provar que a Alpecin começou a época tarde mas bem a tempo.
• Pascal Ackermann — Molano não veio pelo que fica difícil fazer segundo atrás dele, melhor resultado dos últimos tempos. Esta prova não tem o melhor pelotão da história daí ele estar presente na lista.
• Alberto Dainese — Como assim este rapaz vale 600? Não marcará presença no falso plano em provas em que o budget seja um fator, apesar de não ter entrado mal na época. Mesmo aqui acho que Welsford será a aposta mas a DSM pode bem dar uma de Arkéa e sprintar com os dois.

400:

• Victor Campenaerts — Se a vitória não se decidir em pelotão compacto, Campenarts estará presente no grupo que enganou os velocistas. É uma questão de quanto risco querem tomar. Eu levo só para me divertir mais a ver a corrida.
• Edward Theuns— Anda sempre bem neste tipo de provas. A semana passada fechou pódio na Le Samyn e eu gosto desta escolha porque tanto garante um top-10 no sprint como pode ser uma opção válida para seguir o Victor numa das suas aventuras.
• Gerben Thijssen — Vem de uma vitória numa clássica belga em que bateu Caleb Ewan. Há quem diga que bater Caleb Ewan hoje em dia não é assim grande cartão de visita. E há até quem diga que não bateu Caleb Ewan. De qualquer maneira cabe na minha equipa. E tem que estar aqui, mais não seja porque antevisão falso plano sem representação da Intermarché não é uma real antevisão falso plano.
• Piet Allegaert — Últimos quatro dias de prova, quatro clássicas belgas, quatro top-15. Não vai vencer mas são pontos garantidos.

200:

• Sam Welsford — Enquanto for a 200 e se mantiver perto do nível que tem apresentado, é indiscutível.
• Florian Vermeersch — Ai tu és daqueles que gosta de se armar em esperto e não levar só sprinters? Então tens aqui mais um nome que terá de ser arrojado para poder lutar por um lugar honroso.
• Sep Vanmarcke — Mais um para a categoria acima citada. Tem o bónus de ser um corredor que tenta sempre a melhor classificação possível e sprinta para ficar em 15º. O que é um bocado estranho, mas para nós, fantasistas, é uma característica apreciável.
• Ivo Oliveira — Se o Ackermann for igual a si mesmo e flopar por alguma razão, teremos representação portuguesa no top-10.
• Milan Menten — Depois da vitória em Le Samyn já somou mais dois top-10 em provas do circuito continental. Será a carta da Lotto para uma chegada massiva. Levá-lo é apostar na forma e não no nome. E isso às vezes não é nada um mau plano.
• Lewis Askey — Estes miúdos da FDJ andam todos muito. Já tem alguns resultados apreciáveis esta época e pode ser um nome menos escolhido mas interessante.
• Madis Mihkels — Será a segunda opção dentro da Intermarché com todos os riscos que isso acarreta. Mas o jovem estoniano é rápido.
• Timothy Dupont — Adoro levá-lo assim nestas clássicas meio perdidas. Ninguém o vê, eu diria que ninguém sequer sabe bem quem ele é. Mas no fim o nome dele aparece no top-10.
• Emīls Liepiņš — Quatro top-10 em chegadas rápidas no WT esta época. Entre ele e Theuns acredito que um irá sprintar e outro irá tentar infiltrar-se num ataque distanciado da meta.
• Kristoffer Halvorsen — A já não tão jovem eterna jovem promessa terá aqui uma oportunidade de correr para si, algo que com o aumentar de qualidade na equipa será cada vez menos comum. Até o Branco já perdeu a esperança nele, mas de vez a vez saca um coelho da cartola.

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