Cycling Fantasy — CIC - Mont Ventoux

A subida é incrível. O vencedor da última edição então nem se fala. E como não tenho mais coisas agradáveis para dizer, fico por aqui.

Cycling Fantasy — CIC - Mont Ventoux
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Ruben Guerreiro venceu isolado a última edição.

Análise ao percurso: Não tem muito que saber, tem é muito que subir. 4429 metros de desnível positivo acumulado marcam esta peculiar clássica, desenhada para os trepadores também poderem experimentar a sensação de levantar os braços em provas de um dia.

Vaison-la-Romaine - Mont Ventoux (153km)

Antes da dupla subida ao famoso Mont Ventoux aparecem no percurso umas pequenas colinas (lombas, diria até, se comparadas com o que se segue) que servirão para definir a fuga, aquecer as pernas e, sobretudo, para nos dar um perfil de subida que nós neste projeto adoramos.

Ora digam lá se a Rocher du Cire não é uma beleza.

Rocher du Cire: 18.6 quilómetros em falso plano.

A prova está feita em crescendo, sendo esta primeira passagem pela subida que dá nome à prova feita pela vertente mais longa, mas claramente menos dura.

A primeira passagem pelo Mont Ventoux.

Para o fim, a subida de todas as decisões. O monstro conhecido pela sua dureza, pelas suas paisagens lunares e por o Froome ter corrido desesperadamente por ela acima.

A luta entre os favoritos começará aqui e não haverá muita tática, as pernas colocarão cada um no seu lugar e o mais forte vencerá.

A derradeira subida ao Mont Ventoux: em 21 quilómetros de estrada inclinada, os ciclistas vão subir dos 300 aos 1900 metros de altitude.

Shortlist falso plano

600:

  • Michael Woods — Provavelmente o mais cotado dos ciclistas em prova, tem quase a obrigação de vencer. Já teve momentos muito bons esta época e começa aqui o seu caminho rumo ao Tour.

400:

  • Einer Rubio — Grande época do pequenino colombiano. Já venceu duas chegadas em alto no WT, uma delas no Giro. É, a meu ver, o principal candidato à vitória na prova.
  • Pierre Latour — Não é que ele esteja a andar bem, mas já viram esta startlist? Já fez top-5 e não me admirava que repetisse o feito.
  • Domenico Pozzovivo — O veteraníssimo italiano viu o seu objetivo para a época esfumar-se quando foi obrigado a abandonar a grande volta do seu país natal. Veremos como recupera. Mas tendo que se subir tanto, eu não vou arriscar deixá-lo de fora.
  • Clément Champoussin — Nas caretas ganha, não penso que isso já dê pontos. Na estrada, acredito num top-10.
  • Iván Sosa — Ai Sosita Sosita, nasceste para estas coisas. Corridas de segundo nível cheias de montanha em que se te levo flopas, se não te levo pareces o Quintana em 2014.
  • Jesús Herrada — É dele a honra de ter sido o primeiro vencedor desta prova. Ganhar ganhar não digo, mas está a andar bem e vai estar entre os melhores.

200:

  • Lenny Martinez — Levem-no. Se andam meio desatentos e ainda não sabem quem é, confiem só e levem-no.
  • Cristián Rodríguez — Anda bem aqui, 5º em 2021 e 6º em 2022. Apesar de não estar a fazer uma grande época, vem de dois top-5 consecutivos em corridas de menor dimensão. Juntando ao histórico na prova, pode obrigar a abrir espaço para ele.
  • Mark Padun — Há dois Paduns. Este ano tem maioritariamente aparecido o péssimo. Não estou para o risco mas se aparece o bom é uma dor de cabeça.
  • Matthew Riccitello — Vem de um Giro onde esteve um pouco abaixo das expetativas, talvez por ter sido afetado por quedas e por as prestações do seu colega Derek Gee lhe terem tirado o protagonismo que poderia ter almejado. Mas é um bom trepador, é muito novo e provou no dia da cronoescalada estar a fechar o Giro em subida de forma.
  • Élie Gesbert — Numa época morna, para ser simpático, tem sido no circuito francês que de vez a vez alcança um top-10. Aqui a concorrência é um pouco maior mas num dia bom pode competir.
  • Valentin Paret-Peintre — O mais jovem dos irmãos Paret-Peintre vem tentando reclamar algum estatuto também para ele. Flashes interessante no Giro fazem-me acreditar que andará bem nesta clássica.
  • Rudy Molard — Época pior que discreta convecem-me que há hipóteses melhores disponiveis. Mas isto cada um tem as suas crenças, e pode acontecer estar bem.
  • Simon Carr — A EF dominou a prova o ano passado e apesar de não se apresentar tão forte este ano, traz alguns nomes que podem surpreender, com o britânico à cabeça. Fechou as últimas duas edições nos lugares pontuáveis.
  • Niklas Eg — À primeira vista parece-me demasiada areia para a camioneta dele. Mas a Uno-X costuma sempre tentar ser protagonista e numa qualquer situação esquisita de corrida o dinamarquês pode aparecer na frente.
  • Roger Adrià — Já fechou top-10 nesta prova e este ano tem alguns bons resultados em clássicas de menor dimensão. Dada a escassez de nomes, acho que é de ponderar seriamente.
  • Mikel Bizkarra — Consistente trepador espanhol não deverá nem falhar o top-20 nem entrar no top-10.
  • José Manuel Díaz — Consistente trepador espanhol não deverá nem falhar o top-20 nem entrar no top-10.
  • Abner González — Já fez terceiro na Torre. Que no fundo é tipo o Ventoux.
  • Chris Froome — É quase uma questão de respeito. Apesar disso, não ficaria chocado se ficasse entre os lugares que dão pontos. Estamos perto do Tour, a preparação já deve ir avançada e o ano passado, no seu pico de forma, ainda mostrou alguma capacidade.

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