Cycling Fantasy — Boucles de la Mayenne - Crédit Mutuel

A única oportunidade da semana para ver ciclismo sem dar cabo das unhas.

Cycling Fantasy — Boucles de la Mayenne - Crédit Mutuel
Boucles de la Mayenne - Crédit Mutuel
Benjamin Thomas conquistou a última edição à frente de Benoît Cosnefroy e Alex Aranburu. (foto: Rafa Gomez/SprintCyclingAgency)

Análise ao percurso: Bem sei que andamos todos a pensar noutras coisas, mas por França também há ciclismo. Com uma startlist assim assim, para ser simpático, e um percurso onde 1km a 3.5% é contagem de montanha de segunda categoria, mas continua a ser ciclismo. Vejam a coisa pelo lado positivo, ao menos não é preciso contenção orçamental. Vai jogar-se tudo nas bonificações, quer das chegadas quer dos sprints intermédios, e para os puncheurs terem as suas hipóteses terão de fazer as etapas de sobe e desce muito mais duras do que o seu perfil sugere.

  • Prólogo — Na pitoresca cidade de Laval decidir-se-á quem sai de amarelo. De tão curto, este prólogo pode ser vencido quer por alguma espécie de contrarrelogista (se é que os há) quer por um sprinter. Ninguém deverá perder mais de dez/quinze segundos. Segundo o PCS, Ivo Oliveira é o melhor especialista em prova, e quem sou eu para o contrariar?
Laval - Laval (4 km)
  • Etapa 1 — Provavelmente a tirada mais "dura" da prova, terá de ser aproveitada por homens como Hirschi e Cosnefroy para tentarem fazer diferenças. Acredito que os ataques começem cedo e que a corrida chegue bastante partida.
Saint-Mars-Sur-Colmont - Lassay-Les-Châteux (185.5 km e duas terras com nomes demasiado compridos)

  • Etapa 2 — Apesar do pequeno topo no final, este é o dia que mais garantias dá de ser discutido entre os homens rápidos. Estamos quase em Junho e Démare tem tantas vitórias este ano como eu por isso ainda é capaz de ser enganado pelo De Kleijn ou assim.
Saint-Berthevin - Meslay-Du-Maine (182 km)
  • Etapa 3 — Até podem ter vontade de retocar a classificação final neste último dia mas não sei se o percurso deixará. No circuito final a subida é muito acessível e as dificuldades que o antecedem poderão ser ainda demasiado longe da meta. A disputa será entre os sprinters e alguns corajosos que, à falta de ponta final e com necessidade de recuperar segundos, se atirem para a frente da corrida.
Montsûrs - Laval (166.5 km)

Shortlist falso plano

1200: Esse mundo em que o Démare valia 1200 já não existe. E mais nenhum ciclista desse estatuto se mete nisto.

1000:

  • Arnaud Démare — Lá vamos todos ter de o levar não é? Demasiado óbvio embora seja sempre um momento triste para mim.

600:

  • Marc Hirschi — O homem que deu a entender ter capacidade para limpar monumentos dia sim dia não, acabou agora de vencer na Hungria e vem aqui à procura de repetir o feito nesta grande corrida francesa. Nem o Nibali descia tão rápido.

400:

  • Max Walscheid — Adoro e vou levar. Em tempos foi bom contrarrelogista e tem pernas para chegar com os melhores todos os dias. A minha aposta para vencer o prólogo.
  • Benoît Cosnefroy — Acho que este rapaz nem sequer devia andar nestas coisas, mas pronto. Claro que se a corrida partir será, a par de Hirschi, o homem mais forte em prova e por isso também está na minha equipa.
  • Gonzalo Serrano — De vez a vez faz umas aparições interessantes, sobretudo quando pode exibir a sua ponta final em chegadas com alguma dificuldade. Demasiado inconsistente para estar no meu "nove" mas não ficaria super surpreendido se chegasse com os melhores na etapa 1.
  • Arvid de Kleijn — Muito consistente e cada vez mais a pedir para dar o salto, o neerlandês é dos mais rápidos em prova e vai disputar a(s) chegada(s) ao sprint.
  • Nacer Bouhanni — Este ano tem pouco ou nada para mostrar, mas ele é rápido. Ou pelo menos era, já não digo nada.

200:

  • Axel Zingle — Zingle sempre.
  • Milan Menten — Será que já gastou os cartuchos todos? Não vou arriscar.
  • Matteo Moschetti — O homem da "roleta-russa". Deixo somente ao vosso critério o que fazer com ele.
  • Jason Tesson — Não está a deslumbrar mas na época passada, a da sua afirmação, foi por esta altura que começou a dar cartas. Acho que vou levar, desiludir-me e depois da próxima levá-lo outra vez.
  • Franck Bonnamour — Jogador de equipa pequena. Desde que veio brincar com os grandes nunca mais tocou na bola.
  • Manuel Peñalver — Costuma ser certinho nas chegadas em pelotão compacto. Uma aposta conservadora da qual tenho tantas certezas que dará pontos como tenho que não serão muitos.
  • Clement Venturini — Em Maio correu quatro vezes, sempre no circuito francês e o pior que fez foi sexto. Devo arranjar espaço.
  • Oier Lazkano — One hit wonder? Eu acho que sim.
  • Dries Van Gestel — Vem de dois top-10 consecutivos e adora terrenos acidentados. Tentará estar nos movimentos decisivos e se acertar pode ser um dos trunfos desta edição.
  • Marco Tizza — Igual ao de cima mas em menor dimensão. Também será muito menos escolhido por isso a correr bem o prémio é maior.
  • Chad Haga — Vocês sabiam que ele tinha ganho um contrarrelógio no Giro? Depois não digam que não aprendem nada comigo.
  • Miles Scotson — Mais um contrarrelogista decente. Não me parece que compense mas à falta de melhor é uma hipótese.
  • Álvaro José Hodeg — Lançado pelo comboio dos Oliveiras, o tão amado pelos falsoplanistas regressará aqui às vitórias. Ou aos pódios, vá.

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