Antevisão — World Championships ME - RR
Todos contra Pogačar. O título mundial decide-se agora.
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Introdução
Quando esta prova começar já terão sido disputados provavelmente 63 títulos mundiais, 10 de ciclismo e 53 de paraciclismo, que pela primeira vez desde 1921 - primeira edição dos mundiais - aparecem a ser disputados no mesmo evento.
Isto para dizer que o melhor fica sempre para o fim. Chegou a tão esperada prova de fundo de elite masculina. E, finalmente, parece que vamos ter o duelo Remco Evenepoel vs Tadej Pogačar em provas de um dia dignas desse nome. Com Mathieu van der Poel, o atual campeão do mundo, obviamente à espreita e um Marc Hirschi, ciclista da casa, em grande forma.
A previsão meteorológica para domingo é de uma melhoria no que à chuva diz respeito e as temperaturas irão rondar os 10 e os 15 graus durante a prova. Sendo assim, estão reunidas as condições para mais uma bela prova, como tem sido hábito nas provas de fundo destes mundiais em Zurique.
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O percurso
Vamos ter uma das provas mais duras dos últimos anos de mundiais. São praticamente 274 quilómetros com um acumulado de 4470 metros.
O percurso culminará com sete voltas a um circuito final de 27 quilómetros entre Zurique e os arredores da cidade.
As três grandes dificuldades do percurso são Kyburg (1.3km a 10.2%), Suessblatz (1.7km a 8.7%) e Witikon (1.9km a 6.3%).
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Esta última será aquela que os ciclistas terão de ultrapassar várias vezes ao longo do circuito.
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O que esperar
A corrida será aquilo que Pogačar e a Eslovénia quiserem. E que super equipa levam.
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O esloveno teve sempre como um dos principais objetivos da época ser campeão do mundo e sabemos bem como terminam essas histórias. Ele quer e ele pode fazer por acontecer.
Poderemos ter alguns ataques iniciais, mas sem grande sucesso e chegará a altura em que Poga vai atacar. Depois aí resta saber quem consegue acompanhá-lo. Remco Evenepoel é um dos que está talhado para estas provas e quererá seguir na roda do esloveno, resta saber se aguenta até ao fim ou não. Outro é Mathieu van der Poel. Apesar de ter dito que podia ser demasiado duro para ele, tem estado a fazer uma dieta especifica para perder peso e com o objetivo de se apresentar em forma de renovar o seu título mundial.
Fora os três grandes, temos Marc Hirschi que corre em casa e tem estado em grande forma. Pode ser um dos que consegue entrar nos outros dois lugares disponíveis para o top-5.
Outras seleções que se apresentam aqui muito fortes são a Dinamarca com Mattias Skjelmose e Mads Pedersen à cabeça, a Espanha com Bilbao, Ayuso, Carlitos e mais uns quantos clássicos destas andanças, a França com Madouas e Alaphilippe, a Grã Bretanha com Thomas Pidcock, os irmãos Yates e Stephen Williams e os Estados Unidos com Brandon McNulty e Matteo Jorgenson.
Apesar da nata da nata estar aqui toda presente, quem vai mandar é o maior de todos. Os outros irão gladiar-se pelos restantes lugares.
Nota: A seleção portuguesa leva também uma bela equipa, diria mesmo a melhor possível.
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Favoritos
Tadej Pogačar — Se tudo correr como é esperado, será o novo campeão do mundo.
Remco Evenepoel — Vai conseguir acompanhar Poga durante muito tempo, mas vai quebrar a certa altura.
Mathieu van der Poel — Mais leve vai dar ainda mais luta neste terreno, se calhar até mais do que Remco.
A não perder de vista
Marc Hirschi — Chega aqui em grande forma, mas costuma vacilar quando o nível da concorrência sobe. Candidato ao top-5.
Matteo Jorgenson — Já tem no bolso a Através da Flandres e o Paris Nice este ano. Uma prestação bastante aceitável no Tour. Aqui a forma é boa e o perfil assenta-lhe bem.
Valentin Madouas — Talhado para estes dias, domingo terá mais uma oportunidade para brilhar.
Pello Bilbao — Em Montréal foi aquele que tentou lutar contra a supremacia de Poga. A seleção espanhola que coloque as fichas neles, pode dar frutos.
Toms Skujiņš — A minha aposta para ser uma das surpresas.
Apostas falso plano
Fábio Babau — Poga .
Henrique Augusto — A melhor época de sempre do futuro melhor de sempre. Tadej Pogačar.
O Primož do Roglič — Mathieu van der Poel, bi campeão do mundo.
Miguel Branco — Remco Evenepoel. Ataque a 90 quilómetros. O Mou não percebe nada disto.
Miguel Pratas — Tadej Pogačar.
Ricardo Pereira — Poga.