Antevisão — Tour de Pologne

Sabiam que na Polónia também se festeja o São João? Soltam lanternas de papel, cantam, dançam, vestem um tuga de amarelo e fazem-no abrir uma garrafa de champagne. Tal e qual o São João do Porto.

Antevisão — Tour de Pologne
Tour de Pologne

Introdução

Chegámos então à Volta à Polónia, uma das pior provas World Tour do calendário actual, daquelas que ninguém sabe o porquê de ser World Tour.

Vencida por nomes como Zamana, Przydział, Baranowski ou João Almeida, é, neste momento uma prova usada maioritariamente como preparação para a Vuelta mas, também, para acabar com carreiras (RIP Lambrecht e carreira do Jakobsen).

João Almeida de máscara. Que raio de moda... (foto: EPA)

O percurso

Etapa 1 — Etapa plana para começar. Não tem muito que saber, vai aparecer um Lazkano qualquer a tramar o pelotão.

Poznań - Poznań (183.7 km)

Etapa 2 — Etapa com final duro com a subida final a ter 3.7 quilómetros a 6.9%. Esperam-se algumas diferenças (a primeira parte da subida é durinha), aposto num corredor a chegar sozinho com 10 segundos de vantagem.

Leszno - Karpacz (202.9 km)

Etapa 3 — A segunda categoria antes da meta não é muito dura pelo que não deverá ser suficiente para afastar os puncheurs. Um atacante a chegar sozinho à meta ou um sprint num grupo reduzido, diria.

Wałbrzych - Duszniki-Zdrój (163.3 km)

Etapa 4 — Sprint.

Strzelin - Opole (198.6 km)

Etapa 5 — Etapa rompe pernas com algumas subidas bem durinhas mas longe da meta. Sprint num grupo de cerca de 20 homens, suponho.

Pszczyna - Bielsko-Biala (198.8 km)

Etapa 6 (ITT) — Etapa decisiva para a geral. Contrarrelógio plano de 17 quilómetros.

Katowice - Katowice (16.6 km)

Etapa 7 — Mais um sprint.

Zabrze - Kraków (166.6 km)

O que esperar

Muitos sprints e a geral a ser decidida pelo contrarrelógio. Não é a corrida mais espetacular do mundo mas há sempre aquela tensão, para ver quem é o melhor, dos quilómetros finais.

Enquanto na geral devemos ter a lutar pela vitória os nomes que irei mencionar de seguida e mais uns quantos como: Cattaneo, Caruso, Higuita, Ruben Guerreiro, Eetvelt, McNulty, Onley, Poole, etc. No que toca aos sprints temos aqui um lote que mete respeito com: Kooij, Thijssen, Merlier, Bennett, entre outros.

Favoritos

Michał Kwiatkowski — Se chegar na forma que mostrou no Tour é um grande candidato. Tem as características necessárias, já ganhou a prova antes e corre em casa.

João Almeida — Também ex-vencedor, o nosso João vem aqui para preparar a Vuelta. O percurso é bom para ele portanto, suponho que ande pelos lugares cimeiros da classificação.

Ilan Van Wilder — Suponho que venha aqui também em preparação mas é um percurso semelhante à Volta ao Algarve que ele terminou no pódio.

A não perder de vista

Kévin Vauquelin — Uma das revelações da temporada. Parece ter o que é preciso para ser um voltista e vai poder mostrá-lo aqui mais uma vez. Não corre desde Abril.

Lennard Kämna — Vem de um top-10 no Giro. Sobe bem, tem um contrarrelógio razoável. Deve estar na luta.

Matteo Sobrero — Dá-se bem com as subidas curtas e tem um bom contrarrelógio. É candidato.

Tobias Foss — Características semelhantes a Sobrero e bom resultado no Algarve como Van Wilder. Para além disso, é campeão do mundo de contrarrelógio e na última prova como tal deverá querer mostrar o porquê.

Apostas falso plano

Fábio Babau —  It'll be a Poole party.

Henrique Augusto — O João limpa isto fácil.

Lourenço Graça — João Almeida - só paramos no marquês.

Miguel Branco — Antonio Tiberi. A curiosidade matou o gato.

Miguel Pratas — A primeira volta para o futuro vencedor de grandes voltas: Thymen Arensman.

Ricardo Pereira — Kwiatkowski, o domestique que podia ter sido uma lenda ainda maior do desporto.

Sondagem falso plano