Antevisão — Strade Bianche
Será que ele este ano vai em zona 2 até à via de Santa Caterina?

Introdução
A Strade Bianche está de volta, para os amantes do ciclismo é apelidada de “sexto monumento”, para a jihad tuga é desde 2022 o “sétimo monumento“ do ciclismo world tour. Sim, a Figueira é a Figueira.
Ainda não passaram vinte anos, mas popularidade da clássica italiana é indiscutível, sendo atualmente considerada uma das clássicas mais importantes da primavera, pela sua característica mistura entra a icónica chegada pela via de Santa Caterina e o manto branco de poeira dos setores de gravel que a antecedem.

Estes setores de gravel têm vindo a ser uma vantagem para alguns ciclistas de outras modalidades que não a de estrada, como Tom Pidcock, Mathieu van der Poel, ou Wout van Aert, mas a via de Santa Caterina sempre foi o momento de decisão para os puncheurs como Julian Alaphilippe.
No ano passado estreámos uma nova forma de vencer. Depois dos cinquenta quilómetros a solo em 2022, Tadej Pogačar foi mais longe e na entrevista rápida antes do início da sua primeira prova do ano, tornou público que o local do ataque seria no Monte de Sante Marie, a oitenta quilómetros da meta. O resto é história.

O percurso
Este ano a corrida terá uma extensão de duzentos e treze quilómetros, dos quais mais de oitenta serão em gravel, que estarão distribuídos pelos dezasseis setores existentes. De ano para ano a organização tem vindo a endurecer ligeiramente a corrida, numa tentativa de misturar as montanhas com os setores de gravel de forma a garantir a versatilidade do pelotão World Tour.

O que esperar
É difícil de prever um cenário que não inclua um esloveno numa bicicleta, que saiu de Siena com um grupo e chegou sozinho à Piazza del Campo. Atualmente Tadej Pogačar é o favorito número um a revalidar o título da tão desejada Strade Bianche. O seu ataque no ano passado aliado ao endurecimento da corrida para este ano, foram a fórmula para que nomes como Mathieu van der Poel, Wout Van Aert ou Julian Alaphilippe optassem por não incluir esta corrida no seu calendário, para assim se pouparem para o flagelo de ver o esloveno desaparecer por entre a poeira.
Favoritos
Tadej Pogačar — Só um furo o pode travar. Se 2024 foi brilhante, 2025 promete ser mais ainda.
Tom Pidcock — A viver um início de sonho na estreia pela Q36.5, tem o carisma e a confiança necessária. Isso é algo que o pode colocar numa posição favorável durante a corrida e esgueirar-se para uma potencial épica vitória.
Matej Mohorič — Talvez longe dos holofotes que no passado já o perseguiram, no entanto, não deixa de ser um ex-campeão mundial de gravel e uma carta muito importante no baralho da Barhain.
A não perder de vista
Romain Grégoire — Está num momento de forma assustador. O francês tem o kick e a versatilidade para conseguir um excelente resultado.
Pello Bilbao — Outro que está num momento de forma muito positivo. Se fosse a primeira prova da época não estaria aqui, mas o espanhol está num início de época muito sólido e conta com um bloco muito forte.
Michał Kwiatkowski — Com muito custo teve de iniciar o ano na Austrália, mas colheu os frutos, mais precisamente, a azeitona d'ouro em Jaén e é um ex-vencedor desta prova. Está no sweet spot para tentar fazer algo bonito.
Christian Scaroni — O braço direito e esquerdo, perna direita e esquerda da Astana está a voar. Estou muito expectante porque achava que as pilhas se iam acabar entretanto, mas o italiano não pára de me surpreender. Astana dá-te asas.
Apostas falso plano
André Dias — Salvatore Puccio.
Fábio Babau — Já Tadej.
Henrique Augusto — O primeiro dos mortais será Tadej Pogačar.
O Primož do Roglič — Romain Grégoire, depois de um furo de Pogačar.
Miguel Branco — Oh, falar para quê?
Miguel Pratas — Montalcino, a 150 quilómetros da meta.
Nuno Gomes — Poga, do jeito que ele quiser.
Rogério Almeida — Grégoire faz quinto.