Antevisão — Renewi Tour
Depois deste sismo, bem que precisamos de ver mais ciclismo para sentir outras coisas.
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Introdução
De volta a onde o ciclismo reina, e que temporada nos deu este ano este país dominante que é a Bélgica. Agora para uma prova por etapas, que se partidas em cinco poderiam ser quatro clássicas e um ITT.
O antigo Eneco, BinckBank, Benelux e agora Renewi Tour marca o regresso à competição de alguns dos colossos do pelotão e depois deste sismo, bem que precisamos de ver mais ciclismo para sentir outras coisas.
No ano passado, a geral foi vencida pelo OG Wellens, que sem vencer uma única etapa conseguiu fazer melhor que Floria Vermeersch (2.º) e Yves Lampaert (3.º).
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O percurso
Etapa 1 — Etapa ao bom com o perfil de uma clássica belga, com o "Green KM" a cerca de 30 quilómetros para a meta, que irá valer 3, 2 e 1 segundos de bonificação para os três primeiros a lá passarem. O final é um falso plano.
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Etapa 2 (ITT) — Percurso com início e final em Tessenderlo, terra de Quinten Hermans aka Quanta Hermans. Praticamente plano com com uma primeira parte ligeiramente técnica, mas depois com uma parte intermédia e final para rolar.
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Etapa 3 — Aquele sprint do costume que abriu a edição do ano passado. Assim que chegarem a Ardooie irão entrar num circuito com cinco voltas em que o "Green KM" se situa na penúltima volta a menos de 30 quilómetros para o final.
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Etapa 4 — Mais um dia para os homens rápidos do pelotão. A última vez que o Renewi Tour terminou em Aalter foi em 2020. Depois a vitória – em sprint – foi para Mads Pedersen . O sucessor provavelmente também terá pernas rápidas, já que há poucos ou nenhum obstáculo no menu.
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Etapa 5 — Para fechar, a organização presenteou os espectadores com uma espécie de "Mini Tour de Flandres". A última etapa desenrola-se nas famosas Ardenas Flamengas e os seus "bergs": Kluisberg (1,8 km - 6,4%), Knokteberg (1,2 km - 7,4%), Paterberg (0.4km - 9%), Oude Kruisberg (1,4 km - 5,5%) e Berg ten Houte (1,1 km - 6,2%), serão algumas das primeiras, até passarem a meta em Vesten, onde iniciarão um circuito com cerca de 25 quilómetros que será percorrido três vezes e que incluem súbidas como o Muur van Geraardsbergen (1,2 km - 7,8%), depois o Bosberg (1,4 km - 5%), Onkerzele Berg (2,3 km - 3,2%) e Denderoordberg (0,7 km - 7,5%).
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O que esperar
Embora o Renewi Tour aconteça durante a Vuelta, as equipas WT trouxeram o chamado crème de la crème dos sprinters. Jasper Philipsen, Tim Merlier, Olav Kooij, Jonathan Milan, Biniam Girmay, Sam Welsford, Sam Bennett, Fabio Jakobsen e Dylan Groenewegen, são alguma da nata que estará presente na partida.
Por outro lado temos o campeão do mundo em prova, Mathieu van der Poel — que não compete desde os Jogos Olímpicos em Paris — inicia a época de Outono aqui na Bélgica, resta saber com que intenções, mas a julgar pelo momento do ano, creio que o neerlandês irá querer tirar o máximo partido das últimas vezes que irá vestir a camisola do arco-íris. Se por um lado irá lançar Philipsen nas etapas planas acredito que irá querer ter uma palavra a dizer na primeira e última etapas.
Como seria de esperar Van der Poel não é o único corredor a ter em atenção, nomes como Tim Wellens, Cristophe Laporte, Jasper Stuyven, Filippo Ganna ou Matej Mohorič, são outros dos possíveis candidatos a levar a geral para casa.
Favoritos
Mathieu van der Poel — Quando é que ele não é favorito? A última etapa parece que foi feita a pensar nele.
Tim Wellens — Atual campeão em título e costuma estar num ótimo momento de forma nesta altura do ano.
Cristophe Laporte — O medalha de bronze nos Jogos Olímpicos tem aqui uma semana ao seu estilo. Costuma dar-se muito bem nestes terrenos, ainda que este ano tenha estado uns furos abaixo do esperado.
A não perder de vista
Matej Mohorič — Outro que não está a ter uma época particularmente feliz, mas sem dúvida um corredor a ter em atenção para a geral.
Jasper Stuyven — A fazer uma época boa, ia explodir aqui na Bélgica mas a queda na Dwars door Vlaanderen hipotecou a luta pelo seu segundo monumento. Tem aqui uma oportunidade para novamente se tentar destacar.
Arnaud De Lie — O touro que aquece os nossos corações e que é perfeito para todas as etapas excepto o ITT. Venceu na Dinamarca e está num ótimo momento de forma.
Filippo Ganna — Embora tenha estado abaixo do expectável na Alemanha (Deutschland Tour), o ITT aqui poderá dar-lhe mais margem que o prólogo anterior e com isso conseguir uma boa classificação geral.
Apostas falso plano
Fábio Babau — Mathieu van der Poel. Estou curioso para ver o mix da camisola da geral com a de campeão do mundo.
Henrique Augusto — Tanto sprinter e ganha o Bjerg.
O Primož do Roglič — Milan continua a fazer sorrir a Lidl-Trek.
Miguel Branco — Mathieu Van der Poel. Já que o mundial é para o Poga.
Miguel Pratas — Søren Kragh Andersen aproveita as atenções centradas em MVdP.
Ricardo Pereira — Ganna.