Antevisão — Paris 2024 Olympic Games ME - ITT
Quatro galos para três poleiros.
![Antevisão — Paris 2024 Olympic Games ME - ITT](/content/images/size/w1200/2024/07/1196-the-paris-2024summer-olympics-and-paralympics.jpg)
Introdução
Acabou o Tour, mas nem por isso deixamos de estar de olhos postos no que se passa em França. É já este sábado que se realiza a prova de contrarrelógio, pelas ruas de Paris, numa edição em que contamos com 3/4 candidatos destacados às medalhas.
Especialistas como Ganna e Tarling, colegas de equipa na INEOS, têm este dia marcado na agenda há muito. É o seu grande objetivo para 2024. Os belgas Evenepoel e Van Aert andam bem nisto, mas concluíram o Tour há poucos dias. Veremos se ainda tem pilhas, no caso da estrela da Soudal e se já tem pilhas, no caso do corredor da Visma.
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O percurso
Percurso praticamente plano e mais curto do que o normal, são 33 quilómetros para irem em full gas.
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O percurso conta com longas retas, mas também com algumas curvas na fase intermédia que, no entanto, não exigem muita técnica.
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O que esperar
Vai ser a rasgar desde o primeiro ao último quilómetro, não há outra táctica.
A não ser que aconteça alguma intercorrência meteorológica ou queda, dificilmente alguém fora dos 3/4 favoritos vai ficar no pódio.
Ganna (16:20:00), Tarling (16:15:30) e Evenepoel (16:21:30) partem em pé de igualdade uma vez que saem para a estrada praticamente ao mesmo tempo. Isto pode beneficiar (ou não) candidatos como Van Aert (16:06:30), que sai para a estrada uns minutos antes, uma vez que há a possibilidade de aguaceiros no decorrer da prova.
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Candidatos às medalhas
Filippo Ganna — É inegável que é o seu grande objetivo da temporada, provavelmente a sua última oportunidade para ir ao ouro olímpico. Não está a fazer uma época arrasadora: já perdeu alguns contrarrelógios onde era o claro favorito — mais curtos, é certo.
Joshua Tarling — É o prodígio dos contrarrelógios. Este ano venceu de forma clara n'O Gran Camiño e nos nacionais britânicos. No dauphiné perdeu para Evenepoel num percurso com alguma inclinação. É mais cujo objetivo primordial da temporada é este.
Remco Evenepoel — O percurso e a distância agradam-lhe embora preferisse um pouco mais de altimetria, tendo em conta os rivais presentes. Veremos como as pernas reagem após três semanas de alta intensidade.
Wout van Aert — Muita gente acha que vai ser uma luta a três, devido à fraca forma recente do belga, mas eu acho que vai estar bem e se falhar as medalhas vai ser por pouco.
Candidatos ao top-5
Mikkel Bjerg — Tri-campeão mundial nesta especialidade, entre 2017 e 2019, nunca conseguiu chegar perto desse estatuto em sénior. É inegável a sua qualidade como gregário, mas nesta componente esperava que pudesse mostrar algo mais. Com uma boa preparação, num dia bom, pode fechar o top-5.
Stefan Küng — Em 2021, falhou a medalha de bronze por centésimos de segundo. A distância está no limite (inferior) para mostrar o seu melhor rendimento. Nos nacionais suíços, num percurso semelhante, deu mais de um minuto ao seu compatriota Stefan Bissegger.
Brandon McNulty — Temporada fantástica nesta componente: venceu no UAE Tour (12km), na Romandia (15km) e foi campeão nacional (33km).
Magnus Sheffield — Outro motor americano potentíssimo.
Derek Gee — O homem está on fire.
Tobias Foss — Foi campeão do mundo em 2022.
Apostas falso plano
Fábio Babau — Joshua Tarling. It's coming home.
Henrique Augusto — Ganna. Big stage performer.
Lourenço Graça — Remco continua a subir de forma em terras de França.
Miguel Branco — Wout van Aert. Esteve-se a poupar no Tour.
Miguel Pratas — Aposto no melhor corredor da startlist: Remco Evenepoel.
Ricardo Pereira — Tarling.