Antevisão — Gree-Tour of Guangxi

Tínhamos saudades desta prova. Covid, eu sei que ainda estás aí.

Antevisão — Gree-Tour of Guangxi

Introdução

É com muita pena que chegamos à última prova World Tour de 2023. O Gree-Tour of Guangxi começou em 2017, mas em seis anos apenas se realizou três vezes (2017, 2018 e 2019), tendo sido cancelado nos três anos seguintes. Este ano volta novamente a acontecer e ditará, sem dúvida, o fecho de uma época emocionante, intensa e que muita tinta ainda vai fazer correr. Em 2019, último ano em que a prova se realizou, foi o espanhol Enric Mas, na altura com 24 anos e a representar a Deceuninck - Quick Step, que levou a melhor sobre a concorrência.

Enric Mas foi o último vencedor desta prova em 2019. Foto: Getty Images

O percurso

Etapa 1 — Etapa básica de sprint em torno de Beihai, que conta com um final num circuito de duas voltas com uma pequena ascensão de terceira categoria (1.5km - 4.7%).

Beihai - Beihai (136km)

Etapa 2 — O mesmo perfil da etapa anterior, desta vez o pelotão irá passar pela Wangbu Village em direção a Qinzhou, onde terão pela frente mais um circuito de duas voltas, desta feita sem ascensões pelo meio.

Etapa 3 — Mais arroz e um circuito de quatro voltas com uma "mini parede" de segunda categoria (1.4km a 11.6%) pelo meio.

Etapa 4 — Dia da geral. Nada de muito emocionante, mas a chegada a Nongla Scenic Area (3.3km - 6.6%) promete ser o mais emocionante que poderão retirar destas seis etapas.

Etapa 5 — Se esta etapa acontecesse antes da anterior teria muito mais piada, posto isto, é apenas mais um sprint com as únicas dificuldades a aparecerem nos últimos 40 quilómetros. Duas contagens de montanha praticamente seguidas irão deixar o pelotão a menos de 30 quilómetros do final em Guilin.

Etapa 6 — Muito idêntica à etapa anterior, a última etapa do Tour of Guangxi conta com um percurso praticamente todo plano excepto as duas contagens de montanha que terão início a pouco mais de 50 quilómetros da meta e terminam a menos de 45 quilómetros.

O que esperar

O arquivo diz que nunca se conseguiu uma diferença maior que dez segundos entre os dois primeiros classificados, acredito que este ano será idêntico. É na quarta etapa que a geral vai ser disputada, sendo que pela pequena distância, a subida final não é suficiente para grandes diferenças. O que pode fazer com que os segundos de bonificação sejam mais significativos do que propriamente a diferença entre os dois primeiros na meta.

Favoritos

Matteo Jorgenson — O americano tem aqui uma hipótese para terminar a época da mesma forma que começou.

Arnaud de Lie — "Reparei no que fazes com as laranjas... se te trouxer uma vaca, tiras-lhe o leite?" Eu acho que tira. Atualmente o atleta mais em forma nesta startlist.

EF Education-EasyPost — O melhor bloco em prova. Entre Urán, Carthy e Chavito, um deles vai ter de lá estar no fim.

Tim Wellens — Vencedor da primeira edição desta prova em 2017. Venceu recentemente o Renewi Tour e tem tudo para vencer aqui também.

A não perder de vista

Ethan Hayter e Jonathan Narváez — Estão ambos numa forma muito interessante. Narváez venceu o Tour of Austria e Hayter fechou o pódio na CRO Race. Vão estar protegidos e isso garante que possam ter hipóteses para discutir a amarela.

Sebastian Berwick — Segundo lugar no Tour of Hainan com uma etapa e a Israel tem estes foguetes de 23 anos a aparecerem assim em Outubro.

Iván Sosa — A malta vai-se passar quando vir isto aqui. Se o perderem de vista a culpa não foi vossa.

Apostas falso plano

Fábio Babau — Tim Wellens. Pai Wellens todo poderoso.

Henrique Augusto — Wellens. De Janeiro a Janeiro.

Lourenço Graça — A maior parte das apostas do Lourenço são da autoria de quem escreve o texto porque ele nunca as entrega a tempo. Desta vez, optámos por responsabilizá-lo e não colocar nenhum nome. Espero que estejas bem, bro.

Miguel Branco — Urán. Rigo Starr mostra que ainda é do roque.

Miguel Pratas — Madis Mihkels. Até ficam de olhos em bico.

Ricardo Pereira — Narváez ganhar.

Sondagem falso plano