Antevisão — Grand Prix Cycliste de Québec
O Canadá está em festa. Pogačar está de volta. E o Ayuso também...
Introdução
Chegamos ao momento do ano mais aguardado pelos canadianos amantes e simpatizantes do ciclismo.
O Grand Prix Cycliste de Québec é a primeira de duas clássicas a realizarem-se durante esta semana que contam para o calendário World Tour. Em boa verdade, são as únicas duas provas de ciclismo existentes organizadas pela UCI.
No ano passado a vitória só foi conseguida ao sprint e quem levou a melhor foi o jovem belga Arnaud De Lie que emergiu assim para a sua primeira (e única) vitória no WT. Corbin Strong e Michael Matthews completaram o pódio.
O percurso
A organização decidiu manter a receita e defeniu exatamente o mesmo percurso de 2023.
São praticamente 202 quilómetros em circuito. Circuito este que os corredores irão ter de completar por 16 vezes até chegarem ao final.
A passagem no Côte de la Montagne (0.3km - 10%) e no Côte des Glacis (0.4km - 6.0%), que tem um trecho de 100 metros acima dos 11% são sem dúvida as principais dificuldades que irão encontrar ao longo do percurso, o que significa que as irão encontrar dezasseis vezes.
A chegada à meta é um falso plano.
O que esperar
Este é o tipo de prova ideal para puncheurs que queiram lançar um ataque numa das passagens pelo Côte des Glacis — como fez Benoît Cosnefroy em 2022 — e deixar para trás os sprinters que procuram decidir a corrida na linha de meta.
Esta premissa desvanece-se de qualquer cenário de sprint quando temos em prova o melhor ciclista do mundo atualmente, Tadej Pogačar. O esloveno marca assim o seu regresso após a conquista do Tour de France, com vista já à preparação para os mundiais de estrada que terão lugar no final deste mês, na Suíça.
Favorito(s)
Tadej Pogačar — É muito complicado imaginar um cenário em que ele não seja o único favorito.
A não perder de vista
Arnaud De Lie — Vencedor em título e está em muito boa forma nesta altura do ano.
Biniam Girmay — A vir de menos para mais, fez terceiro na BEMER Cyclassics. Só o vejo a ter relevância se a prova terminar ao sprint, coisa que eu não acredito.
Matteo Jorgenson — Bateu-se muito bem nas clássicas da primavera contra Mathiew van der Poel. Veremos se tem pernas para acompanhar Pogačar, quando este "meter o pé".
Valentim Madouas — Incrível na "aproveitação" deste tipo de provas de um dia. Os Jogos Olímpicos comprovam isso mesmo.
Apostas falso plano
Fábio Babau — Tadej Pogačar. 1/2.
Henrique Augusto — Tadej is back.
O Primož do Roglič — Mais uma página na história de Biniam Girmay.
Miguel Branco — Steph Williams. A caminho do arco-íris .
Miguel Pratas — Tadej.
Ricardo Pereira — Pogačar.
