Antevisão — Grand Prix Cycliste de Montréal

Teste final para quem irá estar nos Mundiais na Suíça. Até para o ano América.

Antevisão — Grand Prix Cycliste de Montréal
Grand Prix Cycliste de Montréal

Introdução

De Québec a Montreal, são (quase) três horas de distância, queria ter um avião, para lá ir mais amiúde.

Neste domingo realiza-se a segunda e última prova em terras canadianas e para quem irá estar nos mundiais de estrada, este é o último teste antes do exame no final deste mês, na Suíça.

No ano passado a corrida foi ganha pelo britânico que Adam Yates, que bateu ao sprint o seu atual colega de equipa Pavel Sivakov na altura a correr pela equipa da INEOS. O atual campeão nacional espanhol, Alex Aranburu completou o pódio.

E assim chega ao fim a tour pelo "O Canada! Our home and native land!"

Não é todos os anos que vemos Adam Yates vencer uma prova ao sprint. (©Thierry Laforce / Agence QMI)

O percurso

A receita não muda muito. Um circuito exigente de 12.2 quilómetros situado no Parc du Mont-Royal, local com um legado histórico no ciclismo. Este é o mesmo circuito que testemunhou as vitórias de Eddy Merckx e Geneviève Gambillon com a camisola arco-íris em 1974, e o triunfo olímpico de Bernt Johansson sobre Giuseppe Martinelli em 1976.

Este ano o circuito conta com 17 voltas, num total de 209 quilómetros e mais de 4500 metros. Os pontos chave são: Côte Camillien-Houde (1.8 km @ 8%) com uma secção de 500 metros a 10%, Côte de la Polytechnique (0.8km @ 6%) com uma secção de 200 metros a 11% e o Pagnuelo (0.5km @ 6%) situada a menos três quilómetros da meta. A chegada será feita pela Avenue do Parc (0.6km @ 4%).

Montréal - Montréal (209km)

O que esperar

Depois do primeiro teste no Québec, creio que a UAE irá gerir as coisas de forma diferente e irá procurar controlar a corrida mais cedo para que Tadej Pogačar, não se veja obrigado a atacar num grupo tão alargado de ciclistas, porque sem dúvida que a fuga ter durado tanto tempo acabou por causar problemas ao esloveno.

Com o mundial de estrada como próxima prova, acredito que desta vez Pogačar não irá facilitar e embora a concorrência tenha estado muito bem no Québec, a UAE tem argumentos para não deixar que o desfecho se repita.

Quem também poderá ter uma palavra a dizer é Arnaud De Lie, o belga esteve muito forte neste primeiro teste e a sua equipa também esteve num nível superior, embora o final não tenha sido o mais feliz, com o jovem belga a ficar fora do top-10.

Por outro lado temos também Matteo Jorgenson que mostrou estar com pernas no Québec, depois de ter lançado um ataque a solo já dentro dos quinze quilómetros finais que acabaria por não sortir o efeito desejado. Creio que o americano desta vez irá estar mais cauteloso e consequentemente irá procurar poupar-se para o final, ou para quando o Pogi atacar.

Favoritos

Tadej Pogačar — Tem o desejo de ser campeão do mundo e envergar a camisola do arco-íris. Creio que o irá demonstrar aqui em Montreal.

Arnaud De Lie — Com menos espetáculo e mais eficiência, é possível.

Matteo Jorgenson — Basta seguir na roda de Pogačar, proteger-se e atacar mais perto do final.

A não perder de vista

Michael Matthews — Numa chegada ao sprint, se ele lá estiver é o mais forte neste tipo de chegada.

Biniam Girmay — Foi o mais rápido a sprintar no Québec. Pena foi estar tão mal colocado.

Pello Bilbao — Num grupo reduzido, é muito perigoso devido à sua capacidade de mudança de velocidade em relação a outros favoritos.

Apostas falso plano

Fábio Babau — Sem jet lag. Tadej Pogačar.

Henrique Augusto — Só perdoa uma vez, e é porque o Bling é amigo. Tadej.

O Primož do Roglič — Desta vez, sim. Vai dar Pogačar.

Miguel Branco — Matteo Jorgenson. O único outro nome possível.

Miguel Pratas — Pogačar.

Ricardo Pereira — Pogačar.

Sondagem falso plano