Antevisão — Grand Prix Cycliste de Montréal
É igual à de sexta mas diferente. Nunca percebi bem o conceito de gémeos falsos. Mas enfim cheira-me que as odds do Pogačar para os mundiais vão baixar.
![Antevisão — Grand Prix Cycliste de Montréal](/content/images/size/w1200/2022/09/GPC_22_Header_QC_MTL_2000x1080-FR-EN_v02-1-2.jpg)
Introdução
As coisas boas vêm aos pares, expressão que também se aplica ao ciclismo. Não, não estou a falar dos irmãos Yates. Eu disse coisas boas. Estou, obviamente, a falar das clássicas do Canadá. São também elas gémeas, mas pelo menos estas nunca desiludem. (Não digam a ninguém, mas não faço ideia se desiludem porque acho que nunca vi nenhuma destas clássicas).
Outra prova que não é corrida há dois anos, outra prova WorldTour que vale tantos pontos UCI como o Paris-Roubaix.
Se querem saber mais sobre a história desta prova leiam a introdução que foi feita para o Grand Prix Cycliste de Québec porque é basicamente igual. Por isso, vou aproveitar este espaço para vos dar a conhecer algumas curiosidades sobre os guaxinins no Canadá.
— Início de locução (voz de Eduardo Rêgo) —
O guaxinim tornou-se no animal que melhor sobrevive no meio urbano. No Canadá, há cidades em que a população de guaxinins passa os 1,1 milhões de indivíduos. Com o tamanho de um gato grande, o guaxinim é na verdade uma espécie de cão inteligente.
Este animal faz uso das suas patas semelhantes às dos primatas para solucionar os mais variados desafios, como abrir portas ou caixotes do lixo, evitando assim ter de caçar para sobreviver.
— Fim de locução —
Sigam-me para mais factos e curiosidades acerca dos guaxinins.
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O percurso
Mais um circuito, com 17 voltas (até enjoa), desta feita na cidade de Montréal e com um total de duzentos e vinte e sete quilómetros — escrevi por extenso para ocupar mais espaço.
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O circuito apresenta apenas uma subida, de 2.3 quilómetros a 6.3% com rampas a quase 10%. Será nestes momentos que os chamados puncheurs terão de fazer a diferença em relação aos homens mais rápidos.
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O que esperar?
A startlist será praticamente igual à do Québec mas, dada a maior dureza deste percurso, é de esperar mais ataques desde mais cedo. Pogačar disse que, se estiver num bom dia, irá tentar um bom resultado em Montréal e aí temos mais um indicador de que podemos assistir a uma corrida mais caótica. Para além disso, o pelotão tem agora uma maior noção sobre quem está e quem não está em forma o que irá afetar positiva e negativamente a confiança de alguns corredores. Espera-se um final parecido com a prova de sexta-feira, provavelmente com um grupo mais pequeno a chegar junto mas com o mesmo tipo de corredores a disputar a prova. Poderá haver mais espaço para bons resultados de corredores que sobem melhor como o já mencionado Pogačar, Bilbao ou Gaudu.
Favoritos
Wout Van Aert — Mais duro ou não, será sempre o favorito. Não há percurso que não assente bem às suas características.
Michael Matthews — Foi o mais rápido do pelotão no Québec. Estará por isso com a confiança em alta.
Tadej Pogačar — Já avisou.
Ninguém ficaria surpreendido com…
Biniam Girmay — Se conseguir chegar no grupo da frente estará sempre nos dois ou três maiores favoritos.
Cosnefroy — Ganhou na sexta, com certeza quererá ganhar em Montréal também, o percurso assenta-lhe ainda melhor. Tem um sprint fortíssimo.
Bilbao — 12.º lugar na sexta, este percurso é ainda melhor para as suas características. Outro com um sprint muito bom.
Estar atento a…
Barguil — O mesmo que Bilbao.
Greg Van Avermaet — Gosta do Canadá. Irá muito provavelmente terminar no Top-15.
Alberto Bettiol & Rúben Guerreiro — A EF Education Easy-Post põe a carne toda no assador para se salvar. Vão estar na luta. Outra vez.
Apostas falso plano
Diogo: Matthews com leadout do amigo Pogačar.
Henrique Augusto: Bardet.
Lourenço Graça: Winner? Anacona.
Miguel Branco: Pogačar. Começo a ficar preocupado.
Miguel Pratas: Pogačar.
Ricardo Pereira: Boivin.