Antevisão Etapa 8 — Tour de France

Aquela etapa clássica que quem gosta de ciclismo não pode perder.

Antevisão Etapa 8 — Tour de France
Le Tour de France

Rescaldo da Etapa 7

Tudo correu como era de esperar e sem grandes surpresas ou mudanças no Top-10 da geral.

Remco Evenepoel mostrou logo na primeira oportunidade na prova rainha o porquê de ser o campeão do mundo na especialidade de contrarrelógio e acabou à frente de toda a concorrência, tendo sido por esse motivo o único que não perdeu no dia de hoje.

Destacar ainda que Tadej Pogačar ganhou mais 30 segundos a Jonas Vingegaard, perdendo apenas tempo para o campeão do mundo belga. O dinamarquês está agora a 42 segundos do belga e a um minuto e quinze do esloveno.

Ainda dentro do top-10 geral no fim do 7.º dia, Roglič relegou Juan Ayuso para a 5.ª posição, ocupando assim ele a 4.ª posição. Fazer referência também para o nosso grande João Almeida que subiu dois lugares na classificação geral e ocupa agora a 6.ª posição.

Por entre portas e travessas e para que não passe despercebido, o top-5 ficou fechado pela surpreendente prestação de Victor Campenaerts. Talvez a maior surpresa do dia. "Ainda bem que há dias assim (assim)."

A cara de quem vence não é igual à de quem perde. (créditos: Gettyimages)

O percurso

A etapa 8 leva-nos para um percurso que no papel é uma etapa plana, mas olhando em detalhe para o perfil, percebemos que isto é tudo menos plano. O percurso é bastante sinuoso e conta com 5 contagens de montanha a que se soma um sprint intermédio ainda na primeira metade da corrida.

Semur-en-Auxois - Colombey-les-Deux-Églises (183.4km)

O que esperar

Podíamos estar aqui a dizer que iria ser um dia calmo para o pelotão, mas estamos no Tour de France e há muito boa gente que ainda tem contas a ajustar com esta edição.

Posto isto, aquilo que eu espero é que com este perfil a corrida seja animada com ataques de ciclistas que estão para trás na geral e querem agitar as coisas. O percurso é ideal para uma escapada em grupo reduzido — nesse sentido só não levem Mads Pedersen, Bini, Philipsen ou De Lie na roda, pois irão arrepender-se na linha de meta — ou com um solo ao estilo de Mathieu van der Poel, Remco, ou Healy. Não acredito que Remco se atreva a tal visto estar (ainda) em 2.º lugar na classificação geral e tendo vencido a etapa anterior.

A previsão em Portugal aqui para a zona litoral é de muito vento, por isso fiquem em casa e enconstem-se no sofá.

Favoritos

Mathieu van der Poel — Está a ser o seu Tour mais discreto, também por força da Alpecin ainda não ter vencido. Amanhã pode perfeitamente ser um à van der Poel.

Mads Pedersen — Só tem um objetivo, a camisola verde. Amanhã é o dia ideal para começar a pontuar significativamente. Espero que esteja bem, depois de ter caído na etapa 5.

Arnaud De Lie — O touro belga tem estado bem nesta primeira semana do Tour, tenho esperança que pingue e amanhã o percurso é ideal para fazer make it rain.

A não perder de vista

Jasper Philipsen — É o sprinter mais rápido, mas também passa bem curtas dificuldades. Não o levem para a linha de meta se não quiserem chorar no fim.

Ben Healy — Estou a sentir que amanhã pode ser o dia do nosso fella.

Remco Evenepoel — Se ele quisesse era favorito, mas eu creio que há bigger fish on his mind.

Biniam Girmay — O camisola verde está a mostra grande forma neste Tour e é mais um dia bem ao seu jeito.

Apostas falso plano

Fábio Babau — Ben Healy. Aquele solo irlandês que até vai fazer Sol na Irlanda.

Henrique Augusto — Parece uma clássica, isto. E está presente o melhor classicómano do mundo, Mathieu van der Poel.

Lourenço Graça — Arnaud De Lie.

Miguel Branco — Van der Poel. Embora giro giro fosse uma vitória do Remco com ataque a 50kms da meta.

Miguel Pratas — Jasper Philipsen. Last chance.

Ricardo Pereira — De Lie.

Sondagem falso plano