Antevisão Etapa 7 — Tour de France

Será que é a primeira na prova rainha para o menino de arco-íris?

Antevisão Etapa 7 — Tour de France
Le Tour de France

Rescaldo da Etapa 6

O pelotão partiu de Mâcon com a noção de que hoje seria um dia traiçoeiro, pelo vento que se fazia sentir em certas secções. Este trabalho de reconhecimento tem vindo a ser feito por algumas equipas para ajudar os diretores no carro a avisar os ciclistas.

Foi um episódio de 10 quilómetros, em que na primeira secção com vento a Visma tomou a frente do pelotão e partiu-o. Curiosamente com este movimento deixaram o camisola amarela completamente sozinho. A UAE não se posicionou no momento certo e teve de pedalar para voltar à frente da corrida, coisa que como disse anteriormente, aconteceu após 10 quilómetros.

Dentro do quilómetro final foi a Astana a comandar a frente do pelotão, para tentar levar Mark Cavendish à 2ª vitória nesta edição do Tour, mas não durou muito tempo até a Alpecin comandar com o seu comboio magnifíco que só não ganha. Mathieu van der Poel com mais um brilhante leadout, secalhar rápido demais, não chegou para Jasper Philipsen fazer a diferença e trazer para casa a primeira vitória. Aliás, pelo segundo ano consecutivo encostou Wout Van Aert às barreiras mas desta vez foi diferente e o belga, que terminou em segundo lugar, acabou relegado para a 107.ª posição.

Agora indo ao que interessa, a vitória. Essa foi para o campeão dos Países Baixos Dylan Groenewegen. Há muito que procurava o showtime e ele finalmente chegou. Depois de tudo o que passou nos últimos anos — por culpa própria — o neerlandês regressou às vitórias nos grandes palcos, vitória essa que foi efusivamente celebrada por toda a equipa.

Sente-se a química no ar. Que bonita vitória de Dylan Groenewegen (créditos: getty images)

O percurso

Não se trata de um percurso muito técnico, mas é ligeiramente a subir com a passagem por Reulle-Veroy (1.6km - 6.5%), a partir daí é rolar e tentar descer o mais depressa para fazer os últimos 6 quilómetros com tudo o que tiverem.

Nuits-Saint-Jorge - Gevrey-Chambertin (25.3km)

O que esperar

O Campeão do mundo está em prova portanto, é de esperar que vá querer aqui voltar a mostrar que é o mais rápido da atualidade nesta modalidade. Por outro lado, temos Tadej Pogačar, João Almeida, Primož Roglič, Jonas Vingegaard, Juan Ayuso, entre outros para tentar não permitir que isso aconteça.

Com esta lenga lenga, quero dizer: não acredito que Pogačar vá perder a amarela, nem Jonas Vingegaard irá ultrapassar Remco Evenepoel na luta pelo segundo lugar.

João Almeida tem uma excelente oportunidade para subir alguns lugares na geral, pois quem sobe Galibier daquela forma, pode subir Ruelle-Verroy numa roda.

Favoritos

Remco Evenepoel — Favorito a levar vitória para casa. Preparou-se para este momento e é o campeão do mundo. Vamos embora.

Tadej Pogačar — Um alien é sempre um alien e quando ali há alien à espreita a gente desconfia. Pode vencer, como pode não vencer, mas não perde a amarela.

Primož Roglič — O canibal. Já bateu o campeão do mundo este ano, pode voltar a repetir a dose.

A não perder de vista

João Almeida — Com esta forma eu já acredito em tudo.

Jonas Vingegaard — Seria favorito não fosse a incerteza do quão bem irá estar por não ter conseguido fazer o reconhecimento devido às lesões causadas pela queda.

Juan Ayuso — Capaz do melhor e do pior, mas a qualidade ninguém lhe nega. Vamos ver o que nos traz amanhã.

Apostas falso plano

Fábio Babau — Remco. Easy.

Henrique Augusto — Remco. Com o tempo que vai ganhar amanhã só acaba a 26 minutos do pogacar.

Lourenço Graça — Jonas Vingegaard. Here we go 2023 again.

Miguel Branco — Tadej Pogačar. A caminho das 36.

Miguel Pratas — Remco porque isto é só Malta fixe.

Ricardo Pereira — Remco a provar que é o melhor do mundo.

Sondagem falso plano