Antevisão Etapa 7 — La Vuelta ciclista a España

Calor. Siesta. Sprint.

Antevisão Etapa 7 — La Vuelta ciclista a España
La Vuelta

Rescaldo da Etapa 6

O início da etapa no interior do Carrefour foi qualquer coisa.

E o resto da etapa também, com o pelotão a deixar sair uma fuga numerosa com alguns corredores perigosos na geral como Ben O'Connor, Florian Lipowitz ou Cristián Rodríguez, que estavam a menos de dois minutos do camisola vermelha.

O australiano foi buscar seis segundos de bonificação no sprint intermédio de Ronda, a 62 quilómetros da meta, e logo arrancou, levando consigo Gijs Leemreize. Estavam nesta altura com pouco mais de quatro minutos de vantagem para o pelotão.

Já dentro dos últimos 30 quilómetros, o corredor da Decathlon voltou a acelerar e livrou-se do neerlandês. A partir daí foi sempre a aumentar a diferença para o pelotão, apático, cortando sozinho a meta, 6:31 antes do grupo dos favoritos, que chegou depois de oito fugitivos. Marco Frigo foi segundo, a 4:33 de O'Connor, e Lipowitz foi terceiro, a 5:12.

Ben O'Connor veste a camisola roja. (© AFP)

A etapa ficou marcada também pelo abandono de Rigoberto Urán. O Toro de Urrao sofreu uma queda aparatosa e não conseguiu concluir a etapa. Kenny Elissonde e Jon Aberasturi também foram forçados a abandonar a Vuelta.

A siesta da Red Bull, UAE, entre outras, deu nisto.

O percurso

Os primeiros 140 quilómetros da etapa, com pequenos topos, mas tendencialmente em descida, não têm qualquer contagem de montanha categorizada.

Aos 141.5 km surge o sprint intermédio de Córdoba, mesmo antes de subir ao Alto del 14%, uma contagem de 2.ª categoria a 25 quilómetros da meta — não se deixem enganar pelos 5.6% de pendente média, o penúltimo quilómetro tem 11.6% de inclinação.

Depois é descer até à Medina Azahara, uma cidade-palácio do século X situada às portas de Córdoba, sendo que depois são 10 quilómetros em plano até à meta.

Archidona - Cordoba (180.5km)

O que esperar

A falta de aliciantes (contagens de montanha ou sprints intermédios) nos primeiros 140kms, e tendo em conta o que se viu nas etapas anteriores, espera-se mais uma tarde de siesta para o pelotão.

Vai estar calor em Córdoba.

O final deverá ser discutido ao sprint, mas não descarto a hipótese de um late attack na subida ou na descida do Alto del 14%.

Sagan, em 2011; Degenkolb, em 2014; e Magnus Cort, em 2021; venceram as chegadas a Córdoba, em etapas semelhantes, na Vuelta.

Favoritos

Wout van Aert — A Visma poupou-se na última etapa para ter homens para controlar a fuga nesta etapa e dar mais uma vitória a Van Aert.

Corbin Strong — A Israel tem de meter as fichas nesta etapa. É uma boa oportunidade para o neozelandês.

Jhonatan Narváez — Uma boa etapa para o equatoriano picar o ponto.

A não perder de vista

Kaden Groves — Se sobreviver à subida é o favorito no sprint.

Pavel Bittner — Duvido que passe o Alto del 14%, mas estes miúdos hoje em dia...

Isaac del Toro — É o UAE em melhor forma, além do João Almeida. Se lhe derem uma dúzia de metros é tarde demais.

Oier Lazkano — Durmam a siesta e só o apanham depois da meta.

Mathias Vacek — Está em boa forma e vai ganhar uma etapa nesta edição. Pode ser já aqui.

Lennert Van Eetvelt — Se quiser somar uns segundos de bonificação.

Apostas falso plano

Fábio Babau — Wout van Aert. Desde que vá na roda do Groves e não se esqueça do Bittner.

Henrique Augusto — Vence Quentin Pacher.

O Primož do Roglič — Kron late attack.

Miguel Branco — Alguém da Burgos. Ou isso ou Andreas Kron.

Miguel Pratas — Isaac del Toro, a solo.

Ricardo Pereira — Van Aert.