Antevisão Etapa 5 — Tour de France
Um falso plano de 12.9 quilómetros e duas lombas categorizadas.
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Rescaldo da Etapa 4
A etapa iniciou-se com várias tentativas de fuga mas a UAE Emirates foi controlando. Mads Pedersen levou os 20 pontos do sprint intermédio em Castel del Bosco e pouco depois recomeçaram os ataques e formou-se a fuga do dia, composta por 17 elementos. Por outro lado, alguns corredores foram-se desligando e formou-se o grupetto do dia, com a presença do camisola verde Jonas Abrahamsen. As duas contagens de 2.ª categoria foram conquistadas por Stephen Williams.
Na subida ao Col du Galibier foi a UAE Emirates que assumiu a perseguição: primeiro foi Politt — o alemão conduziu o pelotão por quase 100 quilómetros! —, depois Wellens. A quinze quilómetros do topo, ataque de Oier Lazkano, quando a fuga já tinha menos de minuto e meio para o pelotão. Entretanto foi Soler a render Wellens — nesta fase da corrida o vento soprava com muita intensidade. Fim de turno: sai Soler, entra Sivakov ao trabalho e as trutas começam a posicionar-se. Lazkano é alcançado a cerca de sete quilómetros do final da subida e diz adeus ao cheque de 5000€ para o primeiro a passar o topo do Galibier.
A seis quilómetros da contagem de categoria especial é João Declercq Almeida quem se chega à frente e dá início à verdadeira etapa: aumenta o ritmo e despedaça o grupo dos favoritos. Thomas Pidcock foi o primeiro a ficar, Simon Yates berrou, Richard Carapaz ficou cortado e Enric Mas rebentou completamente. A Red Bull dá más indicações e deixa Roglič sozinho; pouco depois é Jorgenson a ficar e a deixar Vingegaard à sua sorte. Almeida, Yates e Ayuso foram alternando os turnos entre os três e a pouco mais de um quilómetro do cume surge o esperado ataque de Tadej Pogačar. Jonas Vingegaard foi o único a conseguir acompanhar o esloveno, mas por pouco tempo: o vencedor do Giro manteve a intensidade e descolou o dinamarquês, passando a contagem de categoria especial com cerca de 8 segundos de vantagem.
Na descida o líder da Emirates conseguiu ir aumentando a vantagem e cortou a meta 35 segundos (e bonificou +18) antes de Evenepoel, Ayuso, Roglič, Vingegaard e Rodríguez — foram-se juntando ao longo da descida — e pouco depois chegaram Landa e Almeida, a 53 segundos do vencedor.
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A subir:
- A UAE Emirates — Yates desiludiu mas os restantes deram muito boas indicações. Neste momento têm o principal candidato à vitória e dois potenciais candidatos ao pódio: Ayuso & Almeida;
- Evenepoel & Landa — prestação sólida dos líderes da Soudal;
- Rodríguez — já não há dúvidas de quem é o líder da INEOS.
A descer:
- A Visma e a Red Bull ficaram muito mal na fotografia — deixaram os seus líderes isolados;
- Carapaz — ia ser difícil segurar a amarela mas não era preciso ser desta forma;
- Mas — começa amanhã a preparação para a Vuelta.
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O percurso
Etapa plana com um falso plano de 12.9 quilómetros e duas lombas categorizadas.
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Os últimos três quilómetros vão ser agitados. São três rotundas — duas delas com viragem na primeira saída — seguidas de uma reta de praticamente um quilómetro, antes da última curva, já dentro dos derradeiros 400 metros.
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O que esperar
Sprint compacto.
As equipas dos sprinters de segunda linha deverão meter corredores na fuga do dia para obrigar os principais comboios a desgastarem-se.
Favoritos
Jasper Philipsen — É o melhor sprinter e tem o melhor comboio. Na segunda-feira não correu bem, com o problema de MvdP e ele próprio a ficar bloqueado com a queda na fase derradeira da etapa.
Dylan Groenewegen — Talvez o único que consegue rivalizar com Philipsen em velocidade de ponta. Parece-me estar bem.
Arnaud De Lie — É só fazer como nos campeonatos nacionais da Bélgica.
A não perder de vista
Biniam Girmay — Venceu o primeiro sprint desta edição. Se for outro final caótico pode fazer o bis.
Mads Pedersen — Lançado por Stuyven é sempre candidato.
Mark Cavendish — Mais uma chance para o 35.
Jonas Abrahamsen — Se se esquecerem dele.
Apostas falso plano
Fábio Babau — Ackermann. Se até o Gaviria luta vale tudo.
Henrique Augusto — Philipsen ou a minha equipa da fantasy vai lá dar cabo dele.
Lourenço Graça — Estou a sentir De Lie.
Miguel Branco — Philipsen. Agora sim.
Miguel Pratas — O Jasper Disaster não falha duas seguidas.
Ricardo Pereira — Philipsen.