Antevisão Etapa 5 — La Vuelta ciclista a España

Rescaldo da Etapa 4

O dia da primeira chegada em alto correu como se esperava: as equipas dos favoritos a controlarem a fuga — a Red Bull assumiu essa responsabilidade — e a ação principal a surgir apenas na segunda metade do Pico Villuercas.

A fuga do dia foi formada por Bruno Armirail, Pablo Castrillo, Filippo Zana, Sylvain Moniquet e Mikel Bizkarra. Os três últimos foram alcançados a 30 quilómetros da meta, os dois primeiros pouco depois do sprint intermédio de Roturas, onde Groves foi 3.º e recuperou 2 pontos a Van Aert, 4.º. Nas contas da camisola verde o belga fica com 111 pontos, mais 6 do que o australiano. Já na montanha, Moniquet assume a liderança dessa classificação, com 16 pontos, somados nesta etapa.

Foi Pavel Sivakov que abriu as hostilidades, a cerca de cinco quilómetros da meta — e não contente voltou a atacar. Esta movimentação começou a despedaçar o grupo e Felix Gall não hesitou em lançar um forte ataque um quilómetro depois, alcançado já dentro dos três quilómetros finais. João Almeida por esta altura já tinha ficado para trás e dava então início a mais uma Almeidada.

Primož Roglič, Lennert Van Eetvelt e Enric Mas seguiam na frente com João Almeida, Matthew Riccitello e Felix Gall na perseguição. Os dois grupos chegaram ao último quilómetro juntos e a 700 metros da meta Mikel Landa conseguiu juntar-se também e lançou o primeiro ataque nos últimos 300 metros. No final, Roglič ultrapassou Van Eetvelt — para a próxima festeja só depois de cortar a meta — no último metro e conquista desta forma a sua 13.ª etapa na Vuelta — vence em seis edições consecutivas! João Almeida foi o terceiro a cortar a meta e sobe a 2.º na geral.

A subir:

• Roglič & Almeida: são os líderes inequívocos das suas equipas e têm já uma vantagem considerável para os seus adversários;
• Van Eetvelt & Riccitello: fantásticas prestações dos dois miúdos;
• Enric Mas: deu excelentes indicações.

A descer:

• Kuss: esperava-se mais do campeão em título, que foi apenas 11.º e perdeu cerca de 28 segundos para o ex-colega de equipa;
• Carapaz: mais uma etapa ridícula do equatoriano, vai do céu ao inferno em minutos;
• INEOS: continua a desiludir e o seu elemento menos mal colocado na geral é Rodríguez, em 18.º, a já 1:30 da roja.

O percurso

São 178 quilómetros em que a maior dificuldade do dia é o calor. Não é uma etapa plana, há alguns topos para escalar, mas nada que mereça a atribuição de uma contagem de montanha. Há um sprint intermédio a 25 quilómetros da meta.

O que esperar

Muito calor e uma chegada ao sprint em Sevilha, com a etapa a ser controlada pelas equipas dos principais sprinters.

Vai ser mais uma batalha pela camisola dos pontos, que parece neste momento restrita a dois ciclistas: Wout van Aert e Kaden Groves.

Favoritos

Kaden Groves — É o melhor sprinter da startlist e tem toda a equipa ao seu dispôr.

Wout van Aert — É seguir na roda certa — a de Groves, claro está — e dar tudo. A vitória em Castelo Branco retirou-lhe imenso peso de cima das asas e pode voar para mais um triunfo aqui, na chegada a Sevilha.

A não perder de vista

Pavel Bittner — Jovem sprinter chéquio com muita qualidade.

Arne Marit — Falhou o pódio por pouco, em Castelo Branco.

Bryan Coquard — 14.º em Ourém e 8.º em Castelo Branco. Com esta concorrência pede-se mais.

Jon Aberasturi — O veterano foi 7.º e 3.º nos dois sprints realizados em Portugal.

Corbin Strong — Vai estar no top-10 novamente.

Apostas falso plano

Fábio Babau — WVA. Tu és a águia que no céu vai voar.

Henrique Augusto — Os favoritos já comeram, por isso amanhã é dia de surpresa. Pavel Bittner.

O Primož do Roglič — De abelha a águia, já sabem quem é?

Miguel Branco — Kaden Groves. Também não há muito mais...

Miguel Pratas — Groves vence novamente, para festejar a renovação do contrato.

Ricardo Pereira — Groves.