Antevisão Etapa 3 — Giro d'Italia
Dia de comboios em Itália. E dia para talvez evitarem o comboio se pensarem em ir para Lisboa.

Rescaldo da Etapa 2
A etapa não teve grande emoção até entrarmos dentro dos 20 quilómetros finais. A fuga inicial foi composta por cinco elementos, onde se destacou Andrea Piccolo, o mais lutador da etapa, que apenas foi alcançado quando faltavam cerca de 6.5 quilómetros para o final. Mas recuemos ligeiramente para trás, depois de um dia em que INEOS, UAE e Bora comandaram a perseguição à fuga, foi a 11.2 quilómetros da meta que a emoção aconteceu. Tadej Pogačar furou a roda da frente e já enquanto aguardava pela equipa a baixa velocidade, perdeu o controlo da bicicleta e acabou por cair. No entanto, nada impediu o alien esloveno de recolar no pelotão para a subida final. A quatro quilómetros do final, Majka abriu para o lado e lá foi ele. Ben O'Connor ainda tentou, mas no final pagou a fatura e ficou fora do top-10. Dani Martinez que foi de menos a mais na última subida ficou em segundo lugar, à frente de Geraint Thomas. Posto isto, Tadej Pogačar é agora o líder da classificação geral com Geraint Thomas (2.º) e Daniel Martínez (3.º) a 45 segundos.

O percurso
São 166 quilómetros entre Novara e Fossano, num percurso praticamente plano que conta com uma quarta categoria ainda dentro dos primeiros 50 quilómetros, a ascensão a Lu (3.4km a 3.8%). Fora isso, a chegada a Fossano será talvez a parte mais traiçoeira com um pequeno topo de 1.8 quilómetros a 4.2%, que irá deixar os corredores a 3 quilómetros da meta.

O que esperar
Tudo indica que será a primeiro teste para os sprinters que estão presentes nesta edição do Giro. Blocos como o da Soudal, DSM, ou Wanty têm as suas equipas construídas em torno dos homens rápidos e irão tentar certificar-se que ninguém ataca de longe. Só não teremos um sprint compacto se alguém atacar a ascensão a Fossano e tentar roubar a vitória evitando o sprint compacto.
Favoritos
Tim Merlier — Depois de ter salvo — dentro do possível — a época de clássicas da Soudal. A par de Olav Kooij, atualmente é dos sprinters mais confiantes.
Olav Kooij — É tecnicamente o mais rápido em prova e estou muito expectante para perceber como vai estar.
Jonathan Milan — Vencedor da última ciclamino e despensa apresentações. Tem estado muito forte desde que começou a época. De certeza que irá querer repetir o feito da época passada, embora a concorrência este ano seja mais dura
A não perder de vista
Fabio Jakobsen — De menos para mais, é assim que tenho visto a prestação do neerlandês pela nova equipa. É dos mais rápidos do pelotão, mas nem sempre tem conseguido discutir o sprint com os melhores.
Kaden Groves — A época está longe de estar a ser bem conseguida, mas no fundo isso foi o que aconteceu até chegar à Vuelta e limpar a camisola dos pontos.
Biniam Girmay — Longe vai a Surf Coast Classic onde o eritreu venceu pela última, e única, vez este ano. Biniam tem história com o Giro e acredito que vai estar entre os melhores.
Caleb Ewan — O Australiano gosta muito de dar o ar da sua graça nas Grandes Voltas antes de as abandonar na terceira semana, no entanto os tempos são outros, mas é o tipo de corredor que quanto menos esperarmos mais ele pode dar.
Juan Sebastián Molano — Quem é lançado pelo Rui Oliveira, tem tudo para terminar entre os melhores e inclusive ganhar.
Apostas falso plano
Fábio Babau — Tim Merlier. Estou a fazer figas.
Henrique Augusto — Girmay rumo à Ciclamino.
Lourenço Graça — Jonathan Milan. A primeira rumo à Ciclamino.
Miguel Branco — Tim Merlier. Anda lá não sejas Jakobsen.
Miguel Pratas — Ethan Vernon vence na primeira oportunidade.
Ricardo Pereira — Marquês de Pombal ao sprint.