Antevisão Etapa 21 — Tour de France
Se terminasse ao sprint o favorito seria o mesmo.
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Rescaldo da Etapa 20
Começo a todo o gás. Depois de Pogačar ter dito no dia anterior que esta seria uma etapa para fuga, toda a gente queria fazer parte dela e vários homens do top-10 tentaram. Mas a equipa do camisola amarela tinha outras ideias e não deixou ninguém bem colocado na geral destacar-se. Enquanto o esloveno se divertia por estradas caseiras, um grupo de três elementos (Kelderman, Mas e Armirail) ganhou alguma vantagem e, mais tarde, outros cinco homens (Carapaz, Tratnik, Bardet, Champoussin e Soler) iriam juntar-se a eles.
A cerca de 70 quilómetros houve mudança na corrida com a Soudal a querer manter a fuga por perto. E chegaram então à última subida com a vitória ao alcance. O comboio de Remco fez o seu trabalho e o belga atacou duas vezes mas na segunda foi contra-atacado por Vingegaard. Carapaz (que garantiu a camisola das bolinhas) foi o último a ser apanhado pelos dois primeiros da geral e, no final, quando as pessoas se questionavam se Pogačar ia oferecer a etapa, o esloveno teve pena e decidiu humilhar o dinamarquês de outra maneira. Sprintou 50 metros e ganhou-lhe 7 segundos. Remco acabou por chegar a quase um minuto e o pódio está fechado.
O percurso
Contrarrelógio de 34 quilómetros com duas subidas, a La Turbie de 8.2 quilómetros a 5.7% e o Col d'Eze que é um murito de menos de 2 quilómetros a 8.8%. E depois a descida, perigosa, até a Promenade des Anglais, com o Tour a terminar na belíssima Place Masséna.
![](https://www.procyclingstats.com/images/profiles/ap/fb/tour-de-france-2024-stage-21-climb-64a1084890.jpg)
O que esperar
É um contrarrelógio para quem está bem fisicamente, não vai interessar muito se são especialistas ou não, se tiverem pernas vão estar bem.
Favoritos
Tadej Pogačar — Se o que interessam são as pernas, o esloveno é quem tem as melhores (de muito longe). Não vou na lenga-lenga de não querer arriscar na descida. Ele quer ganhar o que houver para ganhar. Com jeitinho até ganha na subida o suficiente para não ter de arriscar muito na descida.
Remco Evenepoel — Hoje tentou o segundo lugar, não conseguiu. O prémio de "consolação" será ganhar o contrarrelógio. Confirmar o favoritismo nas duas etapas da sua maior especialidade e fechar pódio, com esta concorrência, seria um Tour muito bom para o belga.
Jonas Vingegaard — Mostrou que ainda tem algo no tanque por isso é candidato mas a descida poderá ser um problema.
A não perder de vista
João Almeida — O quarto mais forte do Tour mas, tal como Vingegaard, tem dificuldades a descer.
Matteo Jorgenson — Está a ter um final de Tour muito bom, a provar que também é um voltista de qualidade, já provou que é bom neste tipo de esforços, tem um lugar na geral para defender e já festejou uma vez em Nice.
Derek Gee — É bom em contrarrelógios, é dos mais fortes em prova e está a 24 segundos de subir um lugar na geral.
Adam Yates — Está bem e quando está bem defende-se bem nos contrarrelógios. Para além disso só tem um segundo de vantagem em relação a Carlos Rodríguez na geral.
Apostas falso plano
Fábio Babau — Remco. The rainbow goes b2b in France.
Henrique Augusto — Aerobullet Evenepoel.
Miguel Branco — Pogačar. E ao sétimo dia, Deus (não) descansou.
Miguel Pratas — Tadej Pogačar chega à meia dúzia.
Ricardo Pereira — Ganhou 6 no Giro, vai ganhar 6 no Tour e acabar com 6 minutos de vantagem. O diabo anda à solta.