Antevisão Etapa 21 — Tour de France
A história que nunca foi e aquela que se repete.
![Antevisão Etapa 21 — Tour de France](/content/images/size/w1200/2023/07/8mX_dsXW_400x400-15.jpg)
Rescaldo da Etapa 20
Último dia de montanha que não nos trouxe grandes surpresas, apenas confirmações.
Desde o início da etapa se percebeu que as equipas da Emirates e da Jumbo iriam querer lutar pela etapa, ou seja o braço de ferro com quem queria sair para constituir uma fuga foi interessante de se assistir. Infelizmente, a fuga surgiu de uma queda de Carlitos Rodríguez e Sepp Kuss que originou que ambos perdessem lugares na classificação geral (o espanhol desceu a quinto e o norte americano a décimo segundo da geral).
Com a fuga formada, Ciccone foi o ciclista mais ativo com o objetivo de garantir a camisola da montanha. Ao quilómetro cinquenta e quatro, no fim do Col de la Schlucht o italiano garantiu que lhe basta chegar a Paris no dia de amanhã para ser coroado como o rei da montanha na edição deste ano do Tour.
A partir desse momento, surgiu outro protagonista. E que bonita história podia ter sido. Thibaut Pinot a certa altura lançou-se ao ataque, saindo da fuga, na sua última etapa de montanha no Tour e chegou-se a pensar que poderia vencê-la, que aquela enorme mancha de apoio que teve no final da subida ao Petit Ballon pudesse ser a energia que faltava para o conseguir.
![](https://www.falsoplano.pt/content/images/2023/07/pinot_lastdance_tour2023-1.png)
Mas, como em toda a carreira do francês, foi apenas um quase. No Platzerwasel, Tadej Pogačar atacou e levou com ele primeiro Vingegaard e depois o esloveno decidiu esperar por Gall para ter alguém que o rebocasse.
E assim foi. Foram os três, acabando com o sonho de Pinot e de outros que sobravam da fuga. Surgiu ainda, novamente, a sociedade Yates, pois com a queda de Carlitos e a consequente falta de capacidade para os acompanhar, Simon estava perto do quarto lugar que acabaria por garantir no final da jornada.
Os dois irmãos conseguiram chegar à frente da corrida e mais uma vitória ao sprint para Pogačar. É um prémio de consolação para o esloveno, pois se nada acontecer até Paris vai ver o seu rival dos últimos anos no Tour, Jonas Vingegaard, subir ao lugar mais alto do pódio pelo segundo ano consecutivo.
![](https://www.falsoplano.pt/content/images/2023/07/poga_stage20_tour2023.jpg)
Percurso
Dia de cicloturismo até Paris.
![](https://www.falsoplano.pt/content/images/2023/07/tour-de-france-2023-stage-21-profile-n2-44709f2336.png)
O que esperar
Três coisas são certas no dia de amanhã. Vai existir o tradicional brinde entre os homens da Jumbo no decorrer da etapa, alguém vai tentar pavonear-se fora do pelotão pelas ruas de Paris nos últimos quilómetros e Jasper Philipsen vai vencer nos Champs Elysées.
Favoritos
Jasper Philipsen — O super favorito a vencer. Ninguém lhe fez frente quando o sprint foi puro e creio que amanhã será igual.
A não perder de vista
Mads Pedersen — Que bela prestação. As minhas poucas esperanças de Philipsen não vencer estão aqui.
Dylan Groenewegen — Andou várias vezes quase lá, mas o quase foi sempre longe.
Christophe Laporte — Seria bonito.
Luca Mozzato — Um sólido top-10.
Bryan Coquard — Não me surpreenderia um novo top-3.
Mark Cavendish — Vai vencer em 2024.
Apostas falso plano
Fábio Babau — Grega Bole.
Henrique Augusto — Kristoff. A Uno-X merecia.
Lourenço Graça — Inversão de papéis. Ciccone a lançar Mads Pedersen.
Miguel Branco — Luca Mozzato. Estilo pizza 4 queijos.
Miguel Pratas — Ganha o sprinter mais rápido: Cees Bol.
Ricardo Pereira — Ganha o favorito à etapa. Laurent Pichon.