Antevisão Etapa 21 — Tour de France

A história que nunca foi e aquela que se repete.

Antevisão Etapa 21 — Tour de France
Tour de France

Rescaldo da Etapa 20

Último dia de montanha que não nos trouxe grandes surpresas, apenas confirmações.

Desde o início da etapa se percebeu que as equipas da Emirates e da Jumbo iriam querer lutar pela etapa, ou seja o braço de ferro com quem queria sair para constituir uma fuga foi interessante de se assistir. Infelizmente, a fuga surgiu de uma queda de Carlitos Rodríguez e Sepp Kuss que originou que ambos perdessem lugares na classificação geral (o espanhol desceu a quinto e o norte americano a décimo segundo da geral).

Com a fuga formada, Ciccone foi o ciclista mais ativo com o objetivo de garantir a camisola da montanha. Ao quilómetro cinquenta e quatro, no fim do Col de la Schlucht o italiano garantiu que lhe basta chegar a Paris no dia de amanhã para ser coroado como o rei da montanha na edição deste ano do Tour.

A partir desse momento, surgiu outro protagonista. E que bonita história podia ter sido. Thibaut Pinot a certa altura lançou-se ao ataque, saindo da fuga, na sua última etapa de montanha no Tour e chegou-se a pensar que poderia vencê-la, que aquela enorme mancha de apoio que teve no final da subida ao Petit Ballon pudesse ser a energia que faltava para o conseguir.

Thibaut Pinot rodeado pelos seus fãs (foto: twitter Équipe Cycliste Groupama-FDJ)

Mas, como em toda a carreira do francês, foi apenas um quase. No Platzerwasel, Tadej Pogačar atacou e levou com ele primeiro Vingegaard e depois o esloveno decidiu esperar por Gall para ter alguém que o rebocasse.

E assim foi. Foram os três, acabando com o sonho de Pinot e de outros que sobravam da fuga. Surgiu ainda, novamente, a sociedade Yates, pois com a queda de Carlitos e a consequente falta de capacidade para os acompanhar, Simon estava perto do quarto lugar que acabaria por garantir no final da jornada.

Os dois irmãos conseguiram chegar à frente da corrida e mais uma vitória ao sprint para Pogačar. É um prémio de consolação para o esloveno, pois se nada acontecer até Paris vai ver o seu rival dos últimos anos no Tour, Jonas Vingegaard, subir ao lugar mais alto do pódio pelo segundo ano consecutivo.

O melhor sprinter do Tour, Tadej Pogačar. (foto: twitter Tour de France)

Percurso

Dia de cicloturismo até Paris.

Saint-Quentin-en-Yvelines - Paris (115.1km)

O que esperar

Três coisas são certas no dia de amanhã. Vai existir o tradicional brinde entre os homens da Jumbo no decorrer da etapa, alguém vai tentar pavonear-se fora do pelotão pelas ruas de Paris nos últimos quilómetros e Jasper Philipsen vai vencer nos Champs Elysées.

Favoritos

Jasper Philipsen O super favorito a vencer. Ninguém lhe fez frente quando o sprint foi puro e creio que amanhã será igual.

A não perder de vista

Mads Pedersen — Que bela prestação. As minhas poucas esperanças de Philipsen não vencer estão aqui.

Dylan Groenewegen Andou várias vezes quase lá, mas o quase foi sempre longe.

Christophe Laporte Seria bonito.

Luca Mozzato Um sólido top-10.

Bryan Coquard Não me surpreenderia um novo top-3.

Mark Cavendish Vai vencer em 2024.

Apostas falso plano

Fábio Babau — Grega Bole.

Henrique Augusto — Kristoff. A Uno-X merecia.

Lourenço Graça — Inversão de papéis. Ciccone a lançar Mads Pedersen.

Miguel Branco — Luca Mozzato. Estilo pizza 4 queijos.

Miguel Pratas — Ganha o sprinter mais rápido: Cees Bol.

Ricardo Pereira — Ganha o favorito à etapa. Laurent Pichon.

Sondagem falso plano