Antevisão Etapa 21 — La Vuelta ciclista a España

A consagração do meme que ganhou uma grande volta.

Antevisão Etapa 21 — La Vuelta ciclista a España
La Vuelta

Rescaldo da Etapa 20

Com tudo decidido na GC, foi a fuga que lutou pela etapa que trouxe alguma emoção a este dia que tinha um perfil para ser um must watch, mas que acabou por não o ser. A fuga com cerca de 30 homens formou-se relativamente rápido e o pelotão logo demonstrou que hoje não estava para essa luta. Remco trouxe consigo 3 companheiros que assumiram as despesas da corrida, mas desta vez deixou as decisões para a subida final, dando logo uma indicação de que até os super homens sentem desgaste. Quem abriu as hostilidades na última subida (bastante enganadora no perfil, pois tinha periodos bem duros) foi Wout Poels, com Van Eetvelt na sua roda. Soler viria a fazer a ponte e ainda antes do final da subida Pelayo Sanchéz (bela última semana do corredor da equipa continental espanhola) e Remco Evenepoel juntaram-se ao grupo de cinco que seguiu junto até final.

Por estradas estreitas se fez o sprint final onde Poels aproveitou uma curva para lançar a 400 metros da meta o seu ataque. Remco respondeu quase de imediato, mas o espaço estava criado e já não conseguiu chegar à roda do neerlandês, faltaram 50 metros de estrada. Grande época de Poels, que vence aqui à frente de Remco depois de ter vencido no Tour à frente de Wout van Aert. A Bahrain adora, os belgas nem por isso.

Poels supreendeu ao lançar o sprint de longe e tirou a quarta a Remco (foto: GCN)

Entre os favoritos ainda existiram pequenos testes na subida final mas apenas Cian perdeu tempo, levando à única alteração no top-10 onde trocou de posições com Vlasov, seu colega de equipa.

Para o fim ficou o primeiro momento de consagração para o escudeiro que esta semana foi, após muita polémica, escudado pelos homens aos quais ajudou já a levar de vencidos 6 GT's. Um final de Vuelta controverso, um vencedor que não foi o mais forte, uma equipa completamente dominadora e uma história bonita para uns, injusta para outros, mas indiscutivelmente histórica.

Os vencedores das grandes voltas de 2023 numa foto. GC Kuss já não é um meme. (foto: Twitter Jumbo)

Percurso

Cinquenta quilómetros levam ao circuito madrileno, onde se vão realizar seis voltas. É um circuito perto de plano e onde o sprint parece inevitável.

Hipódromo de la Zarzuela - Madrid (101km)

O que esperar

Uma procissão, algum champanhe e uma luta entre os mais rápidos para fechar a Vuelta com chave de ouro.

Favoritos

Kaden Groves — A verde está (quase garantida) pelo que se poderá concentrar no sprint final. Precisa desta vitória para que seja inequívoco o seu domínio nos sprints desta Vuelta.

Alberto Dainese — Só costuma aparecer uma vez por grande volta. Mas está em forma.

Filippo Ganna — Já bateu na trave duas vezes. À terceira é de vez?

A não perder de vista

Marijn van den Berg — Tem vindo a melhorar as suas classificações e na última chegada já fez terceiro. Penso que lhe falta um pouquinho de ponta final.

Juan Sebastián Molano — Se estiver (for guiado) no sitio certo à hora certa, pode ganhar, como já mostrou.

Rui Oliveira — O ano passado o lançador do sprinter da UAE venceu a última etapa. Vamos ao back-to-back?

Remco Evenepoel — Ataca no último quilómetro, aproveita alguma desorganização e lá vai ele. E ganha a verde sem querer.

Apostas falso plano

Fábio Babau — Grega Bole.

Henrique Augusto — Ganna. O G é especialista em lançamentos de etapas de consagração.

Lourenço Graça — Grega, Kuss.

Miguel Branco — Molano. Ele sabe como acabar.

Miguel Pratas — Rui Oliveira a fazer de Molano em Madrid.

Ricardo Pereira — Dainese. (Já sabem, não apostem nele.)

Sondagem falso plano