Antevisão Etapa 2 — Tour de France

Rescaldo da Etapa 1

Quilómetros iniciais animados com a luta pela presença na fuga do dia e o Jan Hirt a partir a cremalheira. Até que a certo momento um grupo muito forte se juntou na frente com Mohorič, Ion Izagirre, Madouas, Champoussin, entre outros e com a Uno-X claramente descontente por não ter ninguém no grupo e a tentar fazer a ponte com Jonas Abrahamsen, que acabaria por ser bem sucedido, com o norueguês a ser um dos grandes destaques do grupo da frente ao mostrar estar em grande forma, sendo premiado com a primeira camisola da montanha desta edição da Volta à França.

A 70 quilómetros da meta, a UAE decidiu aumentar o ritmo e colocar metade do pelotão em dificuldade, afastando muitos dos sprinters versáteis da discussão da etapa, mas Mads Pedersen resistiu (que forma...). Entretanto houve um ataque de Bardet que com a ajuda do colega de equipa que estava na fuga do dia,
Frank van den Broek (grande etapa), e da falta de sentido de urgência de equipas como a Lidl - Trek, conseguiu a vitória na primeira etapa e, pela primeira vez, vestir a camisola amarela, no seu último Tour de France.

O percurso

Etapa com alguns topos que vão afastar os sprinters da luta pela mesma e que deverão tornar este dia num dia importante para os homens da geral.

Continuamos em Itália e o percurso final é bem conhecido do pelotão internacional já que passa duas vezes pela subida utilizada no final do Giro dell'Emilia, a Côte de San Luca. Uma subida curta de apenas dois quilómetros, mas com pendente média de 10.2%. Basicamente é o equivalente a passar quatro vezes pelo Mur de Huy no espaço de 30 quilómetros, com a última ascensão a terminar a cerca de 10 quilómetros da meta.

O que esperar

A estrada vai fazer a seleção, não é garantido que sejam só os homens da geral a disputar a vitória, é até pouco provável, mas as duas ascensões finais são muito duras e podem dar ideias a corredores como Pogačar ou Roglič que são muito bons neste tipo de pendentes. Há ainda assim corredores de média montanha que deverão estar na discussão da etapa e possivelmente beneficiar do entreolhar dos favoritos à geral individual.

Favoritos

Tadej Pogačar — É o melhor do mundo neste tipo de esforços e é também o tipo de subida em que terá maior vantagem em relação a Vingegaard.

Tom Pidcock — Outro corredor muito bom nestas subidas, já com alguns bons resultado no Huy, e a descida técnica a seguir pode beneficiá-lo.

Primož Roglič — Ganhou o Giro dell'Emilia três vezes, portanto conhece a subida final como a palma da sua mão.

A não perder de vista

Maxim Van Gils — É um especialista destas inclinações e hoje provou que está em forma ao acabar em quinto.

Stephen Williams — Vencedor da Flèche Wallone este ano.

Romain Grégoire — Talhado para este tipo de etapas. Não vai ser fácil, mas os líderes da equipa já estão bem para trás o que lhe dá liberdade.

Giulio Ciccone — Vem de doença, mas chegou no grupo principal na primeira etapa e também é muito nestas subidas tendo já bons resultados tanto na Flèche como no Giro dell'Emilia.

Alberto Bettiol — Tenho dúvidas se com esta concorrência é ou não muito duro para ele, mas na forma em que está acredito que se possa apresentar em bom plano.

Remco Evenepoel — Acredito que tenha evoluído muito neste tipo de subidas e, o facto de ser um corredor destemido, pode colocá-lo em boa posição para obter um bom resultado. Já fez quinto na corrida italiana que alberga esta subida, mas uma clássica é corrida de forma diferente.

Apostas falso plano

Fábio Babau — João Almeida. Faz tudo parte do plano.

Henrique Augusto — Sejam bem-vindos ao início do Pogi Show.

Lourenço Graça — Wout ia saber a mel.

Miguel Branco — Mads Pedersen. Ou então a Lidl-Trek depois decide não perseguir a fuga.

Miguel Pratas — Tal como no Giro, Pogačar assume a liderança na segunda etapa.

Ricardo Pereira — Maxim Van Gils é o mais esperto.

Sondagem falso plano