Antevisão Etapa 2 — Giro d'Italia

Primeiro sprint ainda na ressaca da tareia dada por Remco.

Antevisão Etapa 2 — Giro d'Italia
Giro d'Italia

Rescaldo da Etapa 1

Como muitos esperavam (incluindo eu) o menino não desiludiu e já segue de rosa no final da primeira etapa. Remco concluiu a prova em 21 minutos e 18 segundos, deixando para trás toda a concorrência. Ganna e João Almeida completaram o pódio. O nosso João voltou a andar bem num contrarrelógio, um sinal mais para a jihad. Por outro lado, Roglič não começou nada bem e já vai com 43 segundos de atraso.

Remco "Aero Bullet" Evenepoel a destruir a concorrência. (foto: Tim de Waele/Getty Images)

Introdução

A segunda etapa do Giro irá ligar Teramo a San Salvo, naquela que será a primeira de 7 etapas que irão ser disputadas acima dos 200km de distância ao longo de toda a prova. Os atletas irão iniciar com algumas ascenções (Bellante, Controguerra and Colonnella), seguindo então para a Silvi Paese 4,2kms - 5,4%, que será a primeira subida a categorizada (4ª categoria), que obviamente começará a distribuir pontos para a montanha. Depois de passarem por Pescara (local onde se irá dar o primeiro sprint intermédio da prova), a 86kms do final irão passar por Chieti (4,5kms - 6,2%) e Ripa Teatina (1,9kms - 5,8%) também esta a contar para a classificação da montanha. Nos últimos quilómetros o percurso é plano e conta apenas com rotundas que irão dividir os comboios, sendo que nos últimos 1000m, não há curvas e são 8 metros de largura de estrada, boa sorte.

O ano passado Cavendish foi o primeiro sprinter a picar o ponto. Conseguirá repetir a façanha? (foto: Getty Images)

O que esperar

Naquele que será o primeiro dia de estrada para o pelotão, espera-se um dia calmo, onde a fuga irá constituir-se, maioritariamente para ficar com os pontos das duas contagens de montanha e as bonificações do sprint intermédio. No entanto equipas como a Alpecin, Movistar e Trek, que estão aqui, claramente com aspirações à Ciclamino, vão fazer de tudo para que os seus sprinters cheguem tranquilamente ao final e cumpram a sua função. Dito isto, um bunch sprint é o que nos espera e os sprinters querem começar aqui a construir o momentum.

Favoritos

Fernando Gaviria — Saiu da UAE para se mostrar uma aposta válida na Movistar e assim ter o seu espaço numa equipa WT. O comboio não é o melhor, mas ele é o líder da equipa, se não houver comboio, que vá na roda do Groves.

Kaden Groves — Com um início de época decente ao serviço da sua nova equipa, chega ao Giro com uma equipa construída para estar ao seu lado. Tem o melhor comboio da prova, é bom que tenha as melhores pernas para terminar o trabalho.

Mads Pedersen Mais um com uma equipa construída para o apoiar ao longo das 3 semanas. A diferença de Mads para Groves é que este vem de conseguir a camisola dos pontos na última grande volta em que participou e sem dúvida, esse deve ser um fator de motivação exrtra, para não falar da consistente temporada de clássicas que o Neerlandês nos proporcionou.

A não perder de vista

Mark Cavendish — Não ganha em provas WT desde a 3ª etapa do Giro do ano passado, na altura ainda a representar a Quick-Step Alpha Vinyl e com Morkov. Este ano não há um, nem outro. Uma nova equipa, onde para já só conseguiu dar dois terceiros lugares, não o descarto porque sabe o que é ganhar aqui e não havendo concorrência a sério, há esperança.

Alberto Dainese — Corre em casa e de certeza que isso tem de ser um factor mais para o italiano querer trazer à competente DSM um bom início de competição. Uma coisa é certa, a equipa vai colocá-lo lá na hora da decisão. Depois vemos o que ele decide fazer.

Pascal Ackermann  — Não tem o comboio mais profundo do pelotão, pois a UAE tem mais com que se preocupar nesta prova do que com os possíveis top-5's do Pascal. No entanto tem bons lançadores, numa estrada apertada, pode conseguir um bom posicionamento.

Apostas falso plano

Fábio Babau — Fernando Gaviria. Começa assim a temporada quatro de “O Dia que menos se espera”.

Henrique Augusto — Isso pergunta-se? Groves claro.

Lourenço Graça — Todos menos o Groves.

Miguel Branco — Jonathan Milan. Lançado pelo Jack Haig.

Miguel Pratas — Alberto Dainese. A primeira de três para a DSM.

Ricardo Pereira — Apesar de não gostar muito deste conceito de colombianos sprinters, Gaviria.

Sondagem falso plano