Antevisão Etapa 18 — Tour de France

A trilogia completou-se em equatoriano. Quem será o próximo sortudo nesta última hipótese de fuga?

Antevisão Etapa 18 — Tour de France
Le Tour de France

Rescaldo da Etapa 17

Que loucura de etapa. Desde o início existiram várias tentativas de fugas, com vários grupos partidos ao longo da estrada, existindo inclusive abanicos no pelotão.

Mas a primeira fuga que conseguiu efetivamente ganhar alguma distância, sem ser anulada automaticamente por outra, foi uma formada por Tiesj Benoot, Bob Jungels, Magnus Cort e Romain Grégoire. Do nada e mesmo antes de entrarem na primeira subida, que coincidia com o início da parte final e zona mais difícil da etapa, saiu do pelotão um grupo com cerca de cinquenta ciclistas. Rapidamente ganharam cerca de cinco minutos ao bloco do camisola amarela.

Muita gente tentou juntar-se, outros passaram mal e foram ficando para trás, principalmente sprinters, mas do grupo da frente destacaram-se apenas dois, Simon Yates e Richard Carapaz.

O equatoriano conseguiu deixar para trás o britânico durante a segunda categoria e lançou-se para a vitória na etapa, ainda antes da última subida. Simon Yates foi segundo e Enric Mas terceiro. Carapaz completou assim a trilogia de vitórias nas três grandes voltas.

Ao mesmo tempo, no grupo dos favoritos Tadej Pogačar atacou e apesar de ter ganho algum espaço, houve um pronta resposta de Vingeggard e de Remco. Seguiram juntos os três até a um surpreendente ataque do belga que fez com que ganhasse dez segundos a Pogačar e doze a Jonas Vingegaard.

A trilogia completou-se em equatoriano desta vez. (foto: Bikemagazine)

O percurso

Mais um dia bastante acidentado e será a última etapa de média montanha desta edição do Tour.

A jornada vai conter cinco subidas de terceira categoria, em que destaco logo a do início da etapa, Col du Festre (4km - 6.6%), pois pode ser propícia à formação de fuga. E o Côte de Saint-Apollinaire (7.1km - 5.6%) que será a penúltima subida do dia e pode ser usada para dar a machadada final.

Os últimos quarenta quilómetros serão em falso plano e a chegada em plano.

Gap - Barcelonnette (179.5km)

O que esperar

Fuga, fuga e mais fuga. Será a última oportunidade para as equipas tentarem a sua sorte. Prevejo quase todas as equipas a tentarem lançar-se na fuga, inclusive uma que estranhamente não andou por lá ontem, a Alpecin.

Vai ser outra vez sete cães a um osso.

Favoritos

Mathieu van der Poel — The last chance. Go, go.

Romain Grégoire Ontem tentou, mas escolheu a fuga errada e hoje é capaz de ser mais a sua cara.

Alex Aranburu O jeito que dava no Velogames. E se escolher o grupo certo, acho que tem fortíssimas possibilidades.

A não perder de vista

Ben Healy — Já fez dois top-10. Pode ser o bis para a EF.

Oier Lazkano Meio desaparecido e a desiludir-me, tem de tentar algo.

Wout van Aert Vai querer acompanhar o seu eterno rival Van der Poel.

Matej Mohorič Descidas destas, depois de curtas subidas, são com ele. Meio metro de liberdade e já foram.

Jasper Stuyven Esteve bem na etapa de gravilha e creio que a Lidl-Trek não se importava de acrescentar uma vitória de etapa a um top-10 final.

Apostas falso plano

Fábio Babau — Ben Healy, o Jonathan vai dizer que foi o melhor Tour de sempre.

Henrique Augusto — Mathieu van der Poel. Pelo menos uma vez a mostrar o monstrinho que é.

Lourenço Graça — Uma à la Mathieu van der Poel.

Miguel Branco — Jonas Abrahamsen. A cereja no topo do armário.

Miguel Pratas — Não consigo decidir entre Stuyven e Mohorič.

Ricardo Pereira — Rui Costa.