Antevisão Etapa 18 — Tour de France
A trilogia completou-se em equatoriano. Quem será o próximo sortudo nesta última hipótese de fuga?
![Antevisão Etapa 18 — Tour de France](/content/images/size/w1200/2024/07/Untitled-design---18.png)
Rescaldo da Etapa 17
Que loucura de etapa. Desde o início existiram várias tentativas de fugas, com vários grupos partidos ao longo da estrada, existindo inclusive abanicos no pelotão.
Mas a primeira fuga que conseguiu efetivamente ganhar alguma distância, sem ser anulada automaticamente por outra, foi uma formada por Tiesj Benoot, Bob Jungels, Magnus Cort e Romain Grégoire. Do nada e mesmo antes de entrarem na primeira subida, que coincidia com o início da parte final e zona mais difícil da etapa, saiu do pelotão um grupo com cerca de cinquenta ciclistas. Rapidamente ganharam cerca de cinco minutos ao bloco do camisola amarela.
Muita gente tentou juntar-se, outros passaram mal e foram ficando para trás, principalmente sprinters, mas do grupo da frente destacaram-se apenas dois, Simon Yates e Richard Carapaz.
O equatoriano conseguiu deixar para trás o britânico durante a segunda categoria e lançou-se para a vitória na etapa, ainda antes da última subida. Simon Yates foi segundo e Enric Mas terceiro. Carapaz completou assim a trilogia de vitórias nas três grandes voltas.
Ao mesmo tempo, no grupo dos favoritos Tadej Pogačar atacou e apesar de ter ganho algum espaço, houve um pronta resposta de Vingeggard e de Remco. Seguiram juntos os três até a um surpreendente ataque do belga que fez com que ganhasse dez segundos a Pogačar e doze a Jonas Vingegaard.
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O percurso
Mais um dia bastante acidentado e será a última etapa de média montanha desta edição do Tour.
A jornada vai conter cinco subidas de terceira categoria, em que destaco logo a do início da etapa, Col du Festre (4km - 6.6%), pois pode ser propícia à formação de fuga. E o Côte de Saint-Apollinaire (7.1km - 5.6%) que será a penúltima subida do dia e pode ser usada para dar a machadada final.
Os últimos quarenta quilómetros serão em falso plano e a chegada em plano.
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O que esperar
Fuga, fuga e mais fuga. Será a última oportunidade para as equipas tentarem a sua sorte. Prevejo quase todas as equipas a tentarem lançar-se na fuga, inclusive uma que estranhamente não andou por lá ontem, a Alpecin.
Vai ser outra vez sete cães a um osso.
Favoritos
Mathieu van der Poel — The last chance. Go, go.
Romain Grégoire — Ontem tentou, mas escolheu a fuga errada e hoje é capaz de ser mais a sua cara.
Alex Aranburu — O jeito que dava no Velogames. E se escolher o grupo certo, acho que tem fortíssimas possibilidades.
A não perder de vista
Ben Healy — Já fez dois top-10. Pode ser o bis para a EF.
Oier Lazkano — Meio desaparecido e a desiludir-me, tem de tentar algo.
Wout van Aert — Vai querer acompanhar o seu eterno rival Van der Poel.
Matej Mohorič — Descidas destas, depois de curtas subidas, são com ele. Meio metro de liberdade e já foram.
Jasper Stuyven — Esteve bem na etapa de gravilha e creio que a Lidl-Trek não se importava de acrescentar uma vitória de etapa a um top-10 final.
Apostas falso plano
Fábio Babau — Ben Healy, o Jonathan vai dizer que foi o melhor Tour de sempre.
Henrique Augusto — Mathieu van der Poel. Pelo menos uma vez a mostrar o monstrinho que é.
Lourenço Graça — Uma à la Mathieu van der Poel.
Miguel Branco — Jonas Abrahamsen. A cereja no topo do armário.
Miguel Pratas — Não consigo decidir entre Stuyven e Mohorič.
Ricardo Pereira — Rui Costa.