Antevisão Etapa 18 — Tour de France
Amanhã pelo menos o Pogačar não descola. E isso deixa o meu coração mais quente. Isso e uma manita do Philipsen com um sprint irregular.
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Rescaldo da Etapa 17
Foi o descalabro, o colapso, o fim que já na terça-feira havia sido anunciado. Tadej Pogačar perdeu quase seis minutos para Jonas Vingegaard num dia de desfalecimento total das suas forças. O esloveno é humano — coisa de que até aqui ainda sobravam suspeitas. "I'm dead, I'm gone", disse o ainda camisola branca para o carro, via rádio. É sempre um dia triste ver um campeão cair com tanto estrondo, mas a verdade é que não deixou de ser uma bela etapa, com animação na fuga, um super Felix Gall, que havia de se escapar no espectacular e assassino Col de La Loze — rumando sozinho em direcção à meta, deixando Simon Yates a mais de 20 segundos. Quanto ao líder e patrão do Tour, Vingegaard, nem queria acreditar quando viu que o seu rival tinha descolado. Arrancou por aí fora e com mais uns quilómetros de etapa ainda a vencia.
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Percurso
Amanhã é outro dia — normalmente é, pelo menos. E como se pode ver pelo perfil da etapa, é um dia morninho, sem altitude nem grande história para contar. 185 quilómetros até Bourg-en-Bresse.
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O que esperar
Ora bem, é de esperar sprint, claro. Embora alguns sprinters já tenham dado à sola, há ainda uns sobreviventes, com equipas em seu torno para ditar as regras da décima oitava etapa da Volta à França. Também é certo que há ainda quem não tenha vencido etapas e que não tendo grande força para o sprint — casos evidentes da Lotto Dstny, Movistar, EF e Groupama — podem tentar infiltrar corredores numa fuga. Ainda assim, esse cenário parece inverosímil e o mais seguro é uma sprintalhada das boas.
Favoritos
Jasper Philipsen — Fica difícil imaginar outro vencedor. Se for o caso, aí vão cinco.
Mads Pedersen — Foi o único que o conseguiu bater, embora não fosse um sprint em terreno plano. Ainda tem o seu lançador, a equipa não tem muito mais preocupações a não ser a camisola da montanha de Ciccone. Pode ter uma palavra a dizer.
Dylan Groenewegen — Em velocidade, é provavelmente o único capaz de destronar Philipsen. O que não quer dizer que aconteça.
A não perder de vista
Wout van Aert — É o seguinte: o Tour está feito. O belga já tentou tudo e mais alguma coisa, sem efeito e sim, pode estar cansado. Ao mesmo tempo não há grandes obrigações para com a equipa. Alguém fica a proteger Vingegaard e ele e Laporte vão sprintar.
Bryan Coquard — Nunca pensei, à décima oitava etapa, estar aqui a escrever que o Coquard fez um bom Tour. Mas a verdade é que não foi mau: dois quartos lugares, um sexto e um oitavo. Para um sprinter que só costuma vencer em pequenos muros, não está nada mau.
Biniam Girmay — O seu Tour não tem sido nada positivo. Mas ainda por cá ainda e isso faz dele um dos possíveis homens a disputar a vitória.
Apostas falso plano
Fábio Babau — Jasper. La manita.
Henrique Augusto — Só Dylan Groenewegen pode parar o domínio de Philipsen, por isso tenho que apostar nele.
Lourenço Graça — Sobranceria da Jumbo, Ving a lançar Van Aert.
Miguel Branco — Sam Welsford. Vencer na Vuelta a San Juan não faz de ti um sprinter de qualidade, ok? Anda lá.
Miguel Pratas — O Presidente Pratas está de férias. Só manda fotos em barcos, de cerveja na mão. Por isso, eu aposto por ele: Cees Bol.
Ricardo Pereira — Philipsen.