Antevisão Etapa 18 — La Vuelta ciclista a España

Rescaldo da Etapa 17

Desde cedo se percebeu que a Jumbo-Visma queria a etapa. Deixaram o Remco juntar-se à fuga do dia mas nunca deixaram a margem chegar aos 3 minutos. Na primeira subida do dia, o Alto de la Colladiela, Cattaneo seguiu com Evenepoel na sua roda para lhe oferecer de bandeja os primeiros 10 pontos do dia na montanha. Entretanto Marc Soler atacava e rapidamente a sua vantagem para os homens da geral chegou ao minuto e meio.

No início da subida ao Alto del Cordal, Cattaneo desligou o taxímetro e deixou Remco seguir viagem sozinho, na altura com 2 minutos de vantagem para Soler e 3 minutos para o pelotão. Pouco depois a Bahrain assume a perseguição. No topo, mais 10 pontos da montanha para o belga. Soler é apanhado pelo pelotão pouco depois, já na descida.

Na subida ao Angliru, a Bahrain continuou a dar gás, e não demoraram muito a alcançar Evenepoel. Os corredores iam ficando aos poucos e num dado instante os 7 corredores da frente eram 4 Bahrain e 3 Jumbo. Roglič abriu as hsotilidades mas não conseguiu ganhar muitos metros e não demorou muito até este grupo ficar reduzido a 3 elementos. Adivinhem quais...

A 2 quilómetros do fim, Kuss começou a ficar para trás e Roglič e Vingegaard seguiram viagem. O americano foi apanhado por Mikel Landa, que o "ajudou" a minimizar perdas e a segurar a roja por 8 segundos. Primož Roglič foi o primeiro a cortar a meta, com Jonas Vingegaard na sua roda.

Ayuso teve um dia mau mas segurou o 4.º lugar, Landa subiu ao top-5 e Mas desceu a 6.º. Estes três estão separados por apenas 30 segundos. A luta pelo top-5 vai ser até ao fim. João Almeida ficou em 6.º na etapa e subiu a 9.º na geral, beneficiando do adeus de Soler às contas da GC.

Percurso

Mais uma etapa duríssima e com mais quilometragem do que as últimas. Não há Tourmalet nem Angliru mas o acumulado é imenso. Ao todo são 5 subidas categorizadas, 3 de 1.ª categoria.

A primeira grande dificuldade do dia surge ainda na primeira metade do percurso. O Puerto de San Lorenzo tem 10 quilómetros de extensão e metade deles são feitos acima de 10% de pendente média.

A mais de 50 quilómetros do fim surge ainda o Alto de Tenebredo, uma subida curta mas muito dura. O último quilómetro tem uma inclinação superior a 12%.

Até ao fim ainda vão ter de subir por duas vezes o Puerto de La Cruz. Nada fácil.

O que esperar

Há dois cenários possíveis: ou a Jumbo quer ganhar a etapa e faz 1-2-3 no final; ou deixam Remco Evenepoel ir em fuga e conquistar a sua 3.ª etapa nesta edição da Vuelta.

Ou isto ou o João tem um dia daqueles e vai à procura da etapa. #BotaLume

Favoritos

Jonas Vingegaard — Não o estou a ver deixar o Roglič limpar duas seguidas.

Primož Roglič — No fim da etapa disse que estava aqui para correr... Se queres a roja tens de te pôr a caminho amanhã.

Remco Evenepoel — Se a Jumbo deixar...

A não perder de vista

Sepp Kuss — A luz da reserva já acendeu mas também já falta pouco. Era giro ver o Kuss a atacar os dois "amigos".

João Almeida — A forma está boa e tem margem. Vai para a etapa, João. Tops-10 já tens muitos, João. Estamos todos a torcer por ti, João.

Wout Poels — Está naquela forma... A fazer lembrar os tempos áureos na Sky.

Juan Ayuso — Se queres o top-5 deixa-te estar. Mas se queres o pódio...

Apostas falso plano

Fábio Babau — Geraint Thomas, que, tal como eu, está desaparecido em combate.

Henrique Augusto — Almeida. Se vale tudo na UAE, é aproveitar.

Lourenço Graça — Remco em modo contrarrelógio.

Miguel Branco — Hugh Carthy. Sonhar é de borla.

Miguel Pratas — Etapa para o João Almeida e roja para o Jonas Vingegaard.

Ricardo Pereira — Cian à frente do João.

Sondagem falso plano