Antevisão Etapa 18 — Giro d'Italia

Mais uma bujarda do Toro di Buja.

Antevisão Etapa 18 — Giro d'Italia
Giro d’Italia

Rescaldo da Etapa 17

O início inclinado da etapa já o previa e desde cedo vimos corredores a ceder — e não é muitos, e não são poucos... bastantes! —, como Mikkel Bjerg, que apenas um quilómetro (!) depois do apito inicial já pedia substituição. Os interessados em ir para fuga eram muitos e um quarteto formou-se antes da contagem de categoria especial do Passo Sella, onde Giulio Pellizzari levou os 50 pontos à frente de Nairo Quintana, Julian Alaphilippe e Amanuel Ghebreigzabhier.

Durante a descida outros quatro aventureiros conseguiram juntar-se: Davide Ballerini, Damiano Caruso, Marco Frigo e Georg Steinhauser. Pouco depois do sprint intermédio de Predazzo, conquistado pelo corredor da Astana, juntaram-se Nicola Conci e Attila Valter, e iniciaram a subida ao Passo Rolle com cerca de um minuto e meio de vantagem para o pelotão. O miúdo da VF Group - Bardiani CSF - Faizanè voltou a passar primeiro e somou 40 pontos na contagem de 1.ª categoria do Passo Rolle.

O pelotão passou pelo topo com cerca de um minuto de desvantagem para os fugitivos mas a perseguição feroz liderada pela sky-dsm-firmenich alcançou a fuga ainda na subida ao Passo Gobbera. Ghebreigzabhier atacou e passou a contagem de 3.ª categoria sozinho, tendo sido alcançado por Steinhauser pouco depois. Neste momento já era a INEOS Grenadiers a assumir o controlo do pelotão de composto por cerca de trinta resistentes que foi mantendo a vantagem para os dois fugitivos abaixo do minuto e meio. A 33 quilómetros da meta o alemão da EF Education despediu-se do eritreu da Lidl - Trek e chegou ao alto do Passo Brocon com cerca de 1:40 de vantagem para o pelotão. À entrada para a subida final, Steinhauser tinha uma vantagem de 2:30 para o pelotão e cerca de 30 segundos para Ghebreigzabhier que ainda não se tinha resignado.

Ben O'Connor foi o primeiro dos favoritos a ceder e logo depois surgiu o ataque de Daniel Martínez, que abriu as hostilidades a 2.5 quilómetros. A 2100 metros da meta Tadej Pogačar saturou-se da companhia e seguiu sozinho, ao seu ritmo, apesar de já ser tarde para alcançar Steinhauser que seguia com dois minutos de vantagem e confirmou o triunfo nesta edição do Giro, tal como previmos no último episódio do podcast falso plano. Tadej Pogačar chegou 1:24 minutos depois e o grupo encabeçado por Antonio Tiberi a 1:42.

Triunfo mais do que merecido para o miúdo Georg Steinhauser. (©twitter @EFprocycling)

O percurso

Etapa predominantemente descendente com alguns topos na primeira metade do percurso. Os últimos 65 quilómetros, entre Treviso e Padova, são completamente planos.

O que esperar

Passeio cicloturista do pelotão com a fuga do dia a ser composta por pinos das equipas continentais italianas. Deverá terminar em sprint compacto no Prato della Valle, se os blocos dos principais sprinters não se desleixarem.

Favoritos

Jonathan Milan — O melhor sprinter com o melhor comboio.

A não perder de vista

Tim Merlier — É segundo melhor sprinter mas nunca venceu na terceira semana de uma grande volta.

Kaden Groves — Forte candidato a fazer 2.º pela terceira vez.

Alberto Dainese — Já só há duas ocasiões para fazer a sua aparição anual no Giro d'Italia.

Juan Molano — Lançado por Tadej Pogačar e por Rui Oliveira pode bater o Toro di Buja.

Laurence Pithie — A escassez de sprinters presentes permite-me acreditar na sua primeira vitória numa grande volta.

Tadej Pogačar — Just in case.

Apostas falso plano

Fábio Babau — AC Jonathan.

Henrique Augusto — Dainese, pois tá claro.

Lourenço Graça — Milan, só para cumprir calendário.

Miguel Branco — Tim Merlier. Os melhores do mundo vencem nas grandes voltas.

Miguel Pratas — É a quarta vitória para Jonathan Milan, que sentencia a luta pela maglia ciclamino.

Ricardo Pereira — Milan.

Sondagem falso plano