Antevisão Etapa 17 — Tour de France

Last call para os puncheurs.

Antevisão Etapa 17 — Tour de France
Le Tour de France

Rescaldo da Etapa 16

No arranque da etapa dois corredores não compareceram na partida: Maxim Van Gils e Chris Harper. Foi mais um dia "sem fuga". O pelotão rolou tranquilamente até ao sprint intermédio de Les Matellettes onde Bryan Coquard foi o mais forte, batendo de forma autoritária Philipsen, Turgis, Girmay e De Lie.

Depois do sprint, Thomas Gachignard, da TotalEnergies, lançou-se ao ataque, seguiu sozinho e foi buscar os pontos da montanha do Côte de Fambetou. O francês foi apanhado pelo pelotão a cerca de 25km da meta. O pelotão rolou a alta velocidade sem precalços até à curva a 1500 metros da meta, onde uma queda afetou o camisola verde Biniam Girmay, impedindo o mesmo de disputar a etapa.

Bini cortou a meta escudado pelos seus colegas de equipa. (© BELGA)

No sprint final, MvdP voltou a servir de bandeja Jasper Philipsen que faz o hat-trick, igualando o número de vitórias do seu rival eritreu. Phil Bauhaus foi o segundo a cortar a meta, à frente de Alexander Kristoff.

Nas contas da camisola verde, Girmay continua a liderar, com 376 pontos, enquanto Philipsen soma 344. Faltam quatro sprints intermédios. Vai ser até ao fim.

Hat-trick para Jasper Philipsen.

O percurso

Percurso em falso plano praticamente desde o quilómetro 0 até ao quilómetro 130.

Os últimos quarenta quilómetros têm as três subidas categorizadas do dia. As ascenções ao Col Bayard (6.9km @ 7.1%) e ao Col du Noyer (7.6km @ 7.9%) são idênticas e têm trechos com pendentes bastante duras (> 9%). Vai ser um festival.

A derradeira subida é o Montée de Superdevoluy (3.9km @ 5,7%) , uma subida com quase quatro quilómetros que começa nos 8% e vai aligeirando — o último quilómetro ronda os 4% de inclinação.

Saint-Paul-Trois-Châteaux - Superdévoluy (177.8km)

O que esperar

Como as diferenças na geral estão, não há razão para a UAE e a Visma não deixarem a fuga ter sucesso. As derradeiras batalhas vão ficar para as últimas três etapas.

Espero uma fuga com muita qualidade: puncheurs como Rui Costa terão aqui a sua última oportunidade para picar o ponto. Sprint reduzido ou até mesmo uma vitória a solo são os desfechos mais prováveis para esta tirada.

Equipas como a Decathlon, EF e a Groupama estão a fazer um Tour fraquinho mas têm mão-de-obra para competir neste género de etapas. Têm obrigatoriamente de meter gente na frente.

Favoritos

Stephen Williams — Que Tour discreto para o vencedor da Flèche Wallonne. Esta é a sua última oportunidade para levantar os braços e fazer melhor que o top-50 da etapa 4.

Romain Grégoire — Nem um top-10 para amostra até agora. Chegou o dia.

Ben Healy — Se não tiver de trabalhar para o Carapaz...

A não perder de vista

Rui Costa — É a última oportunidade para o campeão nacional. O português e a EF bem têm tentado mas ainda não conseguiram ser felizes.

Neilson Powless — Mais uma boa opção dentro da EF. Não descarto uma vitória a solo aqui. Sean Quinn é outro americano que pode andar bem neste terreno.

Paul Lapeira — Não é só vestir a camisola de campeão francês. Tens de dar ao pedal e esta é uma boa oportunidade.

Richard Carapaz — Ex-voltista #1.

Simon Yates — Ex-voltista #2.

Tadej Pogačar — Just in case.

Apostas falso plano

Fábio Babau — Magnus Cort in blue.

Henrique Augusto — Richard Carapaz. Tanto bate até que fura.

Lourenço Graça — Rui Costa.

Miguel Branco — Jonas Vingegaard. Bate Pogačar ao sprint.

Miguel Pratas — Vou com o meu puto da Israel, Stephen Williams.

Ricardo Pereira — Simon Yates.

Sondagem falso plano