Antevisão Etapa 17 — Tour de France
Será que antes da etapa rainha, foi anunciada a manutenção do reinado dinamarquês no Tour?
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Rescaldo da Etapa 16
O que dizer deste contrarrelógio? No mínimo, arrasador por parte de Jonas Vingegaard.
Eu esperava uma vantagem para o homem da Jumbo no final da etapa, mas uma ligeira vantagem, não um minuto e trinta e oito segundos. Não é que Tadej Pogačar tenha feito um mau ITT, bem pelo contrário, mas o dinamarquês pulverizou tudo aquilo que o seu rival vinha a fazer.
Num certo ponto da subida final, Pogačar vinha a rodar a 18km/h e Vingegaard quando passou pelo mesmo rodava a 24km/h. Outro dos fatores que me pareceu relevante foi a troca de bicicleta por parte de Pogačar e o mesmo não aconteceu com Vingegaard, ainda mais pelo facto do tempo que o ciclista da Emirates já vinha a perder.
Tirando a luta dos dois "monstros", a destacar ainda a subida de Adam Yates ao pódio, trocando com Carlos Rodríguez.
Terá sido esta etapa a decisiva no Tour deste ano?
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Percurso
Depois da etapa épica que tivemos no dia de hoje, as expectativas para amanhã continuam lá em cima. Nada mais, nada menos do que a etapa rainha desta edição.
São duas primeiras categorias e uma especial, com uma segunda categoria pelo meio. Das seis ascenções que os ciclistas irão fazer, quatro delas serão todas acima dos 1500 metros de altitude, inclusive uma delas com 2300 metros. Col de la Loze será a última das subidas e serão 28.3km a 5.9%.
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Após esta ascensão, a jornada termina numa ligeira descida de cerca de seis quilómetros. Não será suficiente para recuperar muito tempo, ou seja, os ataques que surgirem na parte mais dura da subida podem fazer algumas diferenças.
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O que esperar
Ataque de Tadej Pogačar no Côte de Longefoy. E a partir daí é desfrutar.
O ciclista esloveno precisa de atacar e creio que não deixará a subida final para esse efeito. Ele tentará logo sentir o seu rival nessa subida, até porque acho que lhe assenta bem. Não muito longa e com pendentes nunca a baixo dos 6%.
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A Emirates irá controlar qualquer tipo de fuga que queira ganhar muita vantagem, pois todos os segundos podem fazer a diferença. E claramente, Pogačar quererá deixar outra imagem e isso só poderá acontecer se vencer e ganhar bom tempo a Vingegaard.
Da parte da Jumbo, caberá controlar a vantagem que têm, apesar de me parecer que Vingegaard é o homem mais forte desta terceira semana. Não só pelo dia de hoje, mas pela forma como conseguiu responder ao esloveno no passado domingo.
A luta pelo pódio também será outro ponto interessante de seguir. Creio que também a dois, Adam Yates e Carlos Rodríguez. O espanhol poderá ter uma ligeira vantagem, pois a Emirates neste momento tem de se concentrar em tentar inverter a situação do seu líder.
Favoritos
Jonas Vingegaard — O ciclista em melhor forma nesta terceira semana. Ele e a sua equipa sabem muito bem o que andam a fazer.
Tadej Pogačar — Se bem o conhecemos irá fazer de tudo para adiar aquilo que parece inevitável. E se existe alguém capaz de o fazer, é ele. Espero um primeiro ataque bem mais cedo do que tem sido habitual.
A não perder de vista
Adam Yates — Tem-se mostrado um belo gregário e a boa prestação tem-lhe valido estar na luta pelo terceiro lugar.
Carlos Rodríguez — Mais uma grande volta, mais uma vez o melhor Ineos. Na luta pelo terceiro lugar e já com uma etapa, o futuro é super promissor para o ciclista de 22 anos.
Sepp Kuss — Melhor gregário do mundo e o segundo melhor trepador.
Giulio Ciccone — Terá de tentar fazer algo, senão vai ver a camisola das bolinhas fugir-lhe por entre os dedos.
Apostas falso plano
Fábio Babau — (Em branco, como o Pogačar).
Henrique Augusto — Eu aposto no Poga. Só desistimos em Paris.
Lourenço Graça — Pogačar ganha quatro segundos na meta a Vingegaard.
Miguel Branco — Vingegaard. Mas com pouca diferença, para não ser demasiado mau.
Miguel Pratas — Berranço do Vingegaard. Etapa e amarela para Tadej Pogačar.
Ricardo Pereira — Tadeu ao sprint. Ou então o Ving espeta-lhe mais 2 minutos.