Antevisão Etapa 17 — La Vuelta ciclista a España

A última chance para os sprinters.

Antevisão Etapa 17 — La Vuelta ciclista a España
La Vuelta

Rescaldo da Etapa 16

A etapa arrancou a alta velocidade e não foi preciso esperar muito para ver a primeira queda do dia, envolvendo o multi-camisolas Wout van Aert. O belga não ficou mal tratado e integrou a fuga do dia, definida ainda na primeira hora, com 17 elementos, entre eles Zana, Poole e três UAE — Soler, Vine e Toro.

A perseguição assumida pela equipa do camisola vermelha não foi feroz e rapidamente a diferença chegou aos 10 minutos. Isso só mudou na Collada Llomena, quando a Movistar pegou na marreta e preparou o ataque de Enric Mas. Na descida Van Aert, que tinha conquistado as duas KOM, caiu e foi forçado a abandonar a competição.

Ao longo da subida decisiva Marc Soler foi o mais forte e chegou sozinho à meta, depois de descarregar Zana e Poole já dentro dos últimos cinco quilómetros.

Depois de três terceiros lugares na segunda semana, Marc Soler consegue vencer logo na primeira etapa da terceira semana.

Entre os homens da geral, Mas e Landa foram os mais ativos, mas no fim do dia o corredor da Movistar, juntamente com Carapaz e Roglič, foram os mais fortes, não havendo grandes diferenças entre os corredores do top-10 à excepção de Lipowitz que desceu a 9.º e perdeu a camisola da juventude para Carlos Rodríguez.

Mudaram todas as camisolas menos a roja, que se vai manter em O'Connor por escassos cinco segundos. Com o abandono de Van Aert, Groves assume a camisola dos pontos e Vine a camisola da montanha.

O percurso

É uma etapa relativamente curta (140km) que começa logo com uma subida de quilómetro e meio a 8.3%, onde se poderá formar a fuga inicial.

Aos 55 quilómetros, surge o Alto de La Estraguada, uma 2.ª categoria de 5.5 quilómetros em que os dois últimos têm pendente média acima dos 14%. Seguem-se meia dúzia de quilómetros a descer para esticar as pernas antes da última dificuldade relevante do dia, o Alto do Caracol, ainda a 70 quilómetros da meta.

A segunda metade do percurso é praticamente toda em descida ou plano até chegarem a Santander.

Arnuero - Santander (141.5km)

O que esperar

Com uma subida a abrir, a fuga vai-se formar muito cedo.

O abandono de van Aert muda o panorama desta etapa, pois os sprinters já escasseiam e poucas dessas equipas têm ainda capacidade para assumir uma perseguição. A Alpecin, de Kaden Groves, e a dsm, de Pavel Bittner, — se passar as dificuldades — são as principais interessadas em controlar a fuga. A Israel também poderá colaborar, se não meter ninguém na fuga.

Torço por uma vitória da fuga, mas diria 65/35 para um final ao sprint.

Favoritos

Kaden Groves — O camisola verde é o melhor sprinter ainda em prova e conta com toda a equipa.

Pavel Bittner — Bem-vindo a uma terceira semana. Mas se o deixam chegar...

Corbin Strong — Esperava vê-lo a discutir vitórias e, apesar dos dois pódios, nunca esteve verdadeiramente perto de um triunfo. É a última oportunidade.

A não perder de vista

Mathias Vacek — É uma das revelações (ou afirmações) desta edição. Pode vencer tanto na fuga, como no pelotão.

Miquel Pau — Candidato ao pódio em caso de sprint.

Brandon McNulty — As subidas do dia são "peaners" para o americano e tem motor para rolar nos últimos 70 quilómetros.

Kasper Asgreen — Deu baile ao pelotão (e à Alpecin) em Bourg-en-Bresse, no Tour do ano passado.

Riley Sheehan — Deixem este miúdo ir na fuga, por favor.

Victor Campenaerts — De olho na trilogia de vitórias em grandes voltas, vai tentar dar bigode ao pelotão.

Apostas falso plano

Fábio Babau — Kaden Grovens.

Henrique Augusto — Groves. Em terras de pinos, quem tem comboio é rei.

O Primož do Roglič — Narváez, está desesperado.

Miguel Branco — Pau Miquel. Aposto cinco pau.

Miguel Pratas — Riley Sheehan. Fezada.

Ricardo Pereira — Bittner.