Antevisão Etapa 17 — Giro d'Italia
Mais atrasado do que esta antevisão só mesmo um certo corredor da Jumbo-Visma. Bota lume!

[Nota do revisor: o artigo não foi publicado mais cedo por minha indisponibilidade. Fui a A-dos-Francos a pé cumprir uma promessa.]
Rescaldo da Etapa 16
A etapa 16 do Giro proporcionou-nos o melhor momento (até agora) enquanto espectadores, amantes, e acima de tudo, enquanto portugueses.
No que podemos chamar de primeiro confronto entre os homens da geral, João Almeida levou a melhor sobre toda a concorrência. O português partiu para esta etapa na 4ª posição da geral, atrás de Roglič (20s) e G. Thomas (22s). Primeiro deixou para trás o esloveno, que terminou 25 segundos depois do português, e seguiu para o final acompanhado por Geraint Thomas, deixando o britânico sentado depois de lançar o sprint final que o levou a esta consagração.
Pelo meio tivemos o nosso ente querido Ben Healy a subir para a liderança da maglia azzurra. O irlandês, à semelhança de João Almeida, era 4º, mas mostrou ser o mais forte entre os candidatos à montanha, assumindo assim a liderança desta classificação. A EF pode vir aqui a garantir a segunda maglia azzurra em quatro anos.
João Almeida entra assim para um grupo restrito de ciclistas portugueses que já conseguiram vencer no Giro, juntando-se a Ruben Guerreiro (2020) e Acácio da Silva (5x entre 1985 e 1989) e tornou-se no 11º português a vencer uma etapa numa Grande Volta.

Percurso
A etapa 17 conta com um percurso ligeiramente descendente no seu início em que o pelotão irá passar por dois topos não categorizados. No geral etapa é longa, mas as estradas bem pavimentadas e largas, deverão permitir ao pelotão passar o dia sem grandes incidentes.

O que esperar
Com certeza que esta etapa vai terminar num sprint massivo, a menos que o pelotão diga o contrário. A ciclamino encontra-se neste momento bem guardada por Jonathan Milan e sendo muito sincero, creio que a Bahrain vai fazer de tudo para que as coisas fiquem como estão. Atenção a possíveis tentativas de solo nos quilómetros finais, o pelotão irá ter de colocar um ritmo alto para evitar que isso aconteça.
Favoritos
Jonathan Milan — É o sprinter do momento e de certeza que quando terminar o Giro, tudo vai ser diferente. Elevou o seu standard para um patamar superior e neste momento é o mais forte em prova.
Pascal Ackermann — Já ganhou uma etapa e certamente que o irão colocar na tentativa de disputar a segunda. Tem experiência, veremos se tem pernas.
A não perder de vista
Mark Cavendish — Fechou no terceiro lugar na última chegada ao sprint. A esperança aumenta a cada sprinter que desiste.
Marius Mayrhofer — O jovem da DSM ainda não conseguiu aqui melhor que um quinto lugar, no entanto é uma aposta válida para amanhã.
Vicenzo Albanese — O italiano teima em não conseguir estar na discussão pela vitória. Terceira semana, vamos ver o que poderá fazer com já tantos quilómetros nas pernas.
Stefano Oldani — À semelhança de Mayrhofer, o italiano ainda não conseguiu melhor que um quinto lugar nesta edição do giro, no entanto acredito que estará metido ao barulho no sprint final.
Derek Gee — É atualmente a maior ameaça para Milan no que à ciclamino diz respeito.
Apostas falso plano
Fábio Babau — Jonathan Milan. Mas há dúvidas?!
Henrique Augusto — Mark Cavendish. Anda Cav, dá-nos esperança do 35.
Lourenço Graça — Ackermann. É outra vez a descer até à meta.
Miguel Branco — João Almeida. A atacar ao quilómetro zero, melhor corredor a descer presente em prova.
Miguel Pratas — L'ultimo missile di Mark Cavendish.
Ricardo Pereira — Derek Gee. Depois de Milan cair.