Antevisão Etapa 14 — Tour de France
Uma das etapas decisivas e eu a querer ir para a praia. Sempre a mesma coisa no Tour.
Rescaldo da Etapa 13
O dia começou com uma fuga de 20 elementos a ser estabelecida. Entre eles Latour, Van Gils, Pacher, Kwiatkowski e Mohorič. Após a formação da fuga vimos a UAE a controlar a diferença de forma a que a etapa fosse disputada pelos homens da geral no Grand Colombier.
Chegados à subida, a estratégia das equipas dos favoritos era clara, a UAE ia impôr o ritmo e a Jumbo ia jogar defensivamente, ao fazer descansar algumas peças importantes como Van Aert e Kelderman e deixar Jonas com a tarefa de seguir a roda de Tadej.
Na fuga Kwiatkowski destacou-se dos demais e, contra todas as expectativas, venceu o braço de ferro frente ao pelotão, ganhando a primeira etapa deste Tour para a INEOS (exatamente 1 ano depois da vitória de Pidcock) e confirmando o seu excelente momento de forma.
Lá atrás vimos Adam Yates ao ataque de forma a colocar a Jumbo em cheque mas Kuss é o gregário mais forte das duas equipas. E Pogačar ganhou alguns segundos a Vingegaard no sprint final.
A subir: INEOS e Kwiatkowski, vitória na etapa, subida à liderança da classificação por equipas e manutenção dos dois candidatos ao top-5. Pogačar, ganha mais uns segundos a Vingegaard.
A descer: UAE, tal como na etapa 5 não souberam gerir a fuga e, neste caso, não permitiram ao seu líder disputar a etapa. Os franceses, os homens da geral franceses estão todos a sofrer.
Percurso
Uma das etapas mais importantes desta edição da Volta à França. Dia de sobe e desce constante com uma subida de terceira categoria, três de primeira e uma de categoria especial.
As duas últimas subidas são as típicas do Tour. Muito longas, com pendentes médias ligeiramente abaixo dos 10%, onde se destaca o Col de Joux Plane com 11 quilómetros a 8.5%.
Ainda assim a etapa não acaba com uma chegada em alto, pois há, após a última subida, uma descida de cerca de 13 quilómetros.
O que esperar
É o tipo de dia que a Jumbo tenta armadilhar. Ver Wout van Aert e Benoot na fuga não será uma surpresa e depois podem tentar algo como no Hautacam o ano passado, com Vingegaard e Pogačar a chegarem isolados à última subida e WvA à espera do dinamarquês para lhe dar uma última ajuda. Como aconteceu no dia do Tourmalet.
Quanto à UAE, ter um grande Adam Yates seria uma grande ajuda ao esloveno mas duvido muito que não cheguem apenas os dois favoritos à última subida. Nesse caso, a questão é, em que condições chegarão? Será depois de uma série de ataques de Vingegaard, tal como no Tourmalet? Ou será depois de ataques de Pogačar, como na etapa do Hautacam? A resposta a estas duas perguntas poderá ser a resposta à questão mais importante do dia. Quem sairá por cima no final da etapa?
Em relação aos outros, é bem possível que uma fuga ganhe a etapa, dado que a UAE pode não conseguir, mais uma vez, controlar a fuga e a Jumbo não deve ter interesse nisso devido às bonificações.
Favoritos
Tadej Pogačar — Até aqui parece ser o mais forte. Jonas e a Jumbo dizem que a partir daqui as etapas são mais ao jeito do dinamarquês. Vamos ver.
Jonas Vingegaard — É nestas etapas que tem de fazer a diferença.
A não perder de vista
Wout van Aert — Já o vimos ganhar etapas de alta montanha, no caso uma que também acabava a descer. Se estiver na fuga e não tiver de trabalhar para Jonas, é candidato.
Tobias Halland Johannessen — A camisola da montanha parece ser um objetivo e estando presente numa fuga vencedora pode muito bem sacar a etapa.
Felix Gall — A forma parece que continua a estar lá. O cenário de vitória é o mesmo que o de Tobias.
Thomas Pidcock — Se conseguir manter-se perto dos dois monstros, como hoje, terá depois uma descida para fazer um brilharete.
Ion Izagirre — Já ganhou uma e esta é parecida.
Romain Bardet — Desce bem, já está a muito tempo na geral, pode ter liberdade.
Giulio Ciccone — Caiu recentemente, se estiver bem é candidato numa fuga.
Mikel Landa — Tem de tentar.
Apostas falso plano
Fábio Babau — Tadej. À terceira é de vez.
Henrique Augusto — Poga, se a equipa não se voltar a enganar nas contas.
Lourenço Graça — Claramente, Vingegaard. Amanhã é para rachar.
Miguel Branco — Pidcock, desce sem mãos.
Miguel Pratas — Pogačar. Lançado por Jonas Vingegaard.
Ricardo Pereira — Infelizmente, acho que Pogačar é o mais forte.
