Antevisão Etapa 14 — La Vuelta ciclista a España
A Vuelta está ao rubro. São fugas e só fugas.
Rescaldo da Etapa 13
Dizia eu que ia dar geral... Nunca me levem a sério, por favor. Mas lá que foi um etapon, lá isso foi.
Desde cedo se percebeu que a fuga iria vingar. Vinte e quatro ciclistas saíram em busca da glória e Van Aert foi o primeiro a obter frutos. Foi o primeiro a passar no Alto Campo de Arbre e ascendeu à primeira posição na luta pela camisola da montanha.
Os ciclistas continuaram a rolar e a cinquenta quilómetros do final já eram quinze os minutos que separavam a fuga do pelotão. Alguns foram ficando pelo caminho e no Puerto de Lumeras Van Aert, Schmid, Vine, Soler, Woods, Sam Oomen e McNulty foram os primeiros a passar.
Na descida McNulty teve uma queda, que podia ter sido bem mais grave, mas ainda assim deixou o americano todo ensanguentado.
Com o aproximar da subida final, Puerto de Ancares, Schmid atacou, Woods foi na roda e a certa altura decidiu que era melhor ir sozinho. E fez muito bem, pois alcançou mais uma bela vitória para o seu currículo. Mauro Schmid fez segundo e Marc Soler, novamente, terceiro.
No que à geral diz respeito, tivemos a Movistar a trabalhar até ao início do Puerto de Ancares e a Red Bull meteu-se, finalmente, a todo o gás no início da subida.
Quando faltavam quatro quilómetros para o final, o camisola roja, perdeu o contacto com os homens da geral devido ao ritmo alto imposto por Roglič, já depois de Vlasov e Martínez abrirem para o lado. O esloveno continuou na sua missão, restando então apenas Mas e Landa. Pouco depois estes também não foram capazes de seguir o seu ritmo e o homem da Red Bull acabar por ganhar tempo a toda a concorrência.
Dar nota das boas performances de Skjelmose, Carlitos Rodríguez, Lipowitz e Richard Carapaz. Já Enric foi de Mas a menos.
O percurso
A etapa começa em falso plano até à primeira ascensão. Puerto de Cerredo é uma terceira categoria em que a maior pendente ronda os 6%.
Depois descida e a "grande" dificuldade do dia, Puerto de Leitariegos. A maior dificuldade é mesmo a subida ser longa, porque a pendente nunca ultrapassará os 5%.
O final é em descida e depois o último quilómetro será plano.
O que esperar
Disse que a etapa 13 daria fuga e deu geral. Agora digo que dá fuga, aposto que vou errar, novamente.
Mas com a dificuldade que os ciclistas passaram e o esforço que fizeram, creio que será mesmo mais uma oportunidade para a fuga.
Favoritos
Wout van Aert — Está em busca de conquistar a montanha. Vai tentar novamente.
Jhonatan Narváez — Já tentou, mas sem sucesso. As pendentes pouco elevadas nesta etapa favorecem-no.
Max Poole — Já fez terceiro e segundo. Só falta vencer.
A não perder de vista
Quinten Hermans — Sobe bem e já fez segundo na etapa 11.
Mauro Schmid — Esteve perto nesta etapa 13 e vai tentar novamente. A forma está lá desde antes do início da Vuelta.
Marco Frigo — A Israel vai lá meter alguém outra vez.
Marc Soler & Jay Vine — A dupla da UAE para a montanha.
Apostas falso plano
Fábio Babau — Mauro Schmid. Sem Garmin.
Henrique Augusto — Max Poole.
O Primož do Roglič — Van Aert consegue mais uma vitória e vai rumo ao bis nas camisolas.
Miguel Branco — Wout van Aert. O melhor trepador da Vuelta.
Miguel Pratas — Bis Castrillo.
Ricardo Pereira — Wout.
