Antevisão Etapa 13 — La Vuelta ciclista a España

Hora prevista de chegada: entre as 16:00 e as 16:20. Metam despertador às 15:45 para não perderem a chegada a Montilla.

Antevisão Etapa 13 — La Vuelta ciclista a España
Ronda - Montilla (168.4 km)

Rescaldo Etapa 12

Esperava-se uma etapa para a fuga e isso confirmou-se: 30 quilómetros depois da partida esta formou-se e logo com mais de trinta elementos onde se destacam nomes como Carapaz, Vine, Kelderman, Soler ou Lutsenko.

No ínicio a Groupama-FDJ, sem elementos na fuga, ajudou a Quick-Step Alpha-Vinyl na perseguição. Depois se resignaram e deixaram-na seguir viagem. A 45 quilómetros do final, o camisola roja caiu numa curva e o pelotão esperou, tendo dado ainda mais margem à fuga, que seguia já com 11:30 de vantagem. Wilco Kelderman chegou a estar virtualmente no pódio.

A fuga iniciou a subida em Peñas Blancas (18.9 km a 6.5%) com mais de 11 minutos de vantagem. Assim que Matteo Fabbro assumiu as despesas da fuga, dando o peito ao vento por Wilco Kelderman, os fugitivos foram caindo um a um. A seis quilómetros da meta apenas restavam oito corredores: Brenner, Carapaz, Gésbert, Hagen, Kelderman, Polanc, Soler e Vine. Gésbert ainda tentou sair um par de vezes mas foi a arrancada de Carapaz, a dois quilómetros da meta, que saiu vitoriosa.

Primeira vitória para um ecuatoriano na Vuelta. (foto: twitter La Vuelta)

No grupo dos favoritos foi Enric Mas quem abriu as hostilidades. Responderam de imediato Remco Evenepoel e Miguel Ángel López. Roglič, Ayuso e Rodríguez conseguiram recuperar e juntar-se ao trio pouco depois. Desde aí foi o camisola roja quem impôs ritmo até ao final. Mas, Roglič e Ayuso conseguiram aguentar até à meta sem ceder, López chegou seis segundos atrasado e Carlitos Rodríguez cedeu onze.

João Almeida chegou trinta e três segundos após Remco Evenepoel e encontra-se a 7:18 do líder. Desceu do sexto para o oitavo lugar, tendo sido ultrapassado por Wilco Kelderman e Miguel Ángel López na classificação geral.

A subir:

  • O número de ciclistas infetados com covid;
  • A posição de Wilco Kelderman na GC. Enorme prestação do discípulo de Guillaume Martin;
  • A quantidade de ciclistas da UAE Emirates no top 10. Já são três;
  • O meu ego, por mais uma etapa controlada pelo Remco.

A descer:

  • O número de corredores em prova;
  • O ego do Henrique, por ver o Remco sem quebras e o Almeida a vacilar;

O percurso

Dia de calor. Quase 170 quilómetros, começa a 800 metros de altitude e termina a 400. Não tem contagens de montanha mas tem algum acumulado que poderá pesar nas pernas dos sprinters mais frágeis.

Os últimos seis quilómetros têm algumas secções com desnível positivo. São 1.9km a 2.8%, 800m a 5.3% seguidos de uma pequena descida antes da rampa final com 800m a 5%.

Não há muito para esmiuçar. A etapa começa na famosa cidade de Ronda.

A Ponte Nova de Ronda é um dos monumentos mais emblemáticos de toda a Andaluzia (foto: Wikimedia)

Esta cidade andaluza já recebeu um final de etapa em 2014, onde John Degenkolb derrotou Nacer Bouhanni, naquela que foi a sua segunda de quatro vitórias nessa mesma edição.

John Degenkolb, na altura na Giant-Shimano, ganha a segunda etapa consecutiva na Vuelta 2014. (foto: Cycling Magazine)

Tarde de sesta, ponham despertador

Típica etapa com fuga com os pinos das equipas espanholas na frente, sem grandes chances. Não existem pontos da montanha em disputa e existe uma meta volante a cerca de onze quilómetros da meta, algo que a Trek - Segafredo deverá querer garantir e desse modo sentenciar a luta pela camisola verde.

Não há um claro favorito entre os sprinters por isso a Trek deverá ter bastante ajuda das outras equipas. A BikeExchange Jayco irá certamente ajudar no controlo da etapa, à semelhança da Bora-Hansgrohe ou da Cofidis, por exemplo. A mini-rampa final não deverá assustar homens rápidos como Pedersen, Groves, Van Poppel e Coquard.

A chave será o posicionamento. E os homens rápidos terão a concorrência dos corredores da GC, que querem evitar deslizes a todo o custo.

Favoritos

Mads Pedersen - Tem aqui uma bela oportunidade de vitória, principalmente se conseguir descartar Merlier e Groves. É o favorito.

Kaden Groves - Se chegar ao final bem colocado, o bis é uma forte possibilidade.

Danny Van Poppel - O melhor lançador do mundo agora tem de assumir o papel principal. E este final é perfeito para ele. Está a andar muito rápido e se conseguir um bom posicionamento dificilmente será batido.

Tim Merlier - O Merlier que eu conheço ganhava isto. Este Merlier não.

Bryan Coquard - O Coquard que eu conheço disputava isto. Este Coquard não.

Primož Roglič - O canibal vai querer estar na frente. O Roglič que eu vi na quarta etapa limpa isto sem dó nem piedade apesar de não ser assim tão duro.

Apostas falso plano

Henrique Augusto - Mads Pederson. KO na verde.

Lourenço Graça - Mads Pedersen: vê lá se é desta, começa a parecer mal...

Miguel Branco - Primož Roglič. O melhor puncheur do mundo não vai desperdiçar esta oportunidade.

Miguel Pratas - O segundo melhor puncheur esloveno da atualidade não vai desperdiçar esta oportunidade: Primož Roglič.

Ricardo Pereira - Quentin Pacher. Eu sei que não vai ganhar mas faço o que eu quiser.

Sondagem falso plano