Antevisão Etapa 12 — Tour de France
Para quem adora a temporada de clássicas, amanhã pode matar a saudade.
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Rescaldo da Etapa 11
Se há dia fácil de explicar, foi o de hoje. Cedo se percebeu que a fuga não iria longe, pois Andrey Amador, Matis Louvel e Daniel Oss nunca chegaram a ter muito tempo de vantagem.
O italiano da Total Energies foi o último a resistir mas, os últimos dez quilómetros já com os ciclistas debaixo de água há algum tempo, as várias rotundas e viragens tanto para a direita, como para a esquerda dificultaram muito a colocação às equipas dos sprinters. Já com a maior parte dos comboios destruídos e o principal favorito, Jasper Philipsen, sem a sua maior bengala, Mathieu Van der Poel, aconteceu o esperado.
Mais uma vitória para o corredor da Alpecin, outra vez sem espinhas. É a quarta para o belga nesta edição do Tour e fizeram-lhe companhia no pódio Dylan Groenewegen e Phil Bauhaus.
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Percurso
O Tour oferece-nos este ano mais uma vez um dia que podia perfeitamente ser o perfil de uma clássica. São quase cento e setenta quilómetros de sobe e desce. Três terceiras categorias e duas segundas, estas nos últimos cinquenta quilómetros e em que destaco o Col de la Croix Rosier, 5.4km a 7.7%.
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O que esperar
Acredito que esta etapa não será para os puros sprinters. Poderá depender daquilo que o pelotão queira, mas creio que homens com um perfil de classicómano podem-se posicionar bem para o dia de amanhã. Ficando no pelotão ou entrando numa fuga, e a questão é mesmo essa.
Será possível a formação de uma fuga consistente e com ciclistas capazes de chegarem ao fim e disputarem a etapa? Eu creio que sim, amanhã várias equipas quererão colocar nomes fortes na frente e saltam-me logo três à cabeça. Wout van Aert, Madouas e Matej Mohorič. Resta saber se a Alpecin lhes dará margem para o fazer, pois Jasper Philipsen está insaciável. Sendo que termina em plano e depois do que o vi fazer na época de clássicas, já não digo nada.
Favoritos
Wout van Aert — A vontade não lhe falta, mas parece que tem faltado sempre qualquer coisa. Se calhar não estar lá Philipsen, amanhã pode ser esse dia.
Matej Mohorič — Classicómano mais puro é difícil de encontrar. Por isso, não poderia deixar de o colocar como um dos favoritos.
Valentin Madouas — Isto é mesmo a cara dele.
A não perder de vista
Matteo Jorgenson — Antes do dia de descanso viu escapar-lhe das mãos uma vitória que parecia certa. Amanhã poderá tentar estar de novo na fuga.
Neilson Powless — Deve querer continuar a vestir a camisola da montanha e amanhã existem várias contagens. Se houver o descuido dos outros ciclistas, pode perfeitamente vencer. Ou até levar consigo o bigode de Magnus Cort Nielsen.
Mattias Skjelmose — Outro que já tentou, mas não foi feliz. Ainda assim, o potencial está lá.
Julian Alaphilippe — Esta aposta é mais amor, do que convicção.
Total Energies — Esta equipa já lançou Latour e Burgadeau, mas ainda não conseguiram ser felizes. Resta saber qual dos dois se lança de novo em busca da vitória.
Alpecin-Deceuninck — Ou Van der Poel na fuga, ou Jasper em modo classicómano.
Intermarché - Circus - Wanty — Rui Costa, Girmay ou Zimmermann. É só escolherem.
Apostas falso plano
Fábio Babau — Nem Skjel sei se isto vai dar em alguma coisa.
Henrique Augusto — Madouas. Alguém que salve a honra do convento francês.
Lourenço Graça — Estou com um feeling que vai dar Madouas.
Miguel Branco — Rui Costa tem 9 letras, amanhã é a etapa 12. É fazer as contas.
Miguel Pratas — Ah é a tal que o Jasper não passa. WvA. É agora ou nunca.
Ricardo Pereira — Champoussin.